EDSON E SUA GUITAR
EDSON D´AQUINO É O COMANDANTE DO GRAVETOS & BERLOTAS E NOS CONCEDEU UMA ENTREVISTA QUE MARCARÁ ÉPOCA. CONVERSAMOS SOBRE MÚSICA, POLÍTICA, CONTRACULTURA E TUDO O QUE TINHAMOS DIREITO E ESQUERDA RSRSRSRS. NÃO
VAMOS À ENTREVISTA.
ESSA É NOSSA PRIMEIRA PERGUNTA. QUEM É O EDSON AQUINO FORA DO UNIVERSO BLOG?
Mesmo não sendo a pessoa mais adequada a opinar sobre isso, vou arriscar uns palpites. Antes de mais nada, o Edson d’Aquino é pai de família extremamente amoroso, formado em Desenho Industrial (muito embora nunca tenha exercido a profissão, pois ninguém sabia à época pra que merda servia isso, nem eu!) e músico-OMB 30083 de 30.07.82 - com curta, mas muito bem aproveitada formação em conservatório e que tentou, por 17 anos, sobreviver desta sua grande paixão. Hoje, um nano empresário do ramo de seguros, após alguns anos gerenciando uma das gigantes do ramo no país e, acredite se quiser, síndico já em seu terceiro mandato. Mas ele também tem uma faceta mais normal como dormir no máximo 6 horas por dia, matar a larica com sanduíches de biscoito maizena (com manteiga e queijo, é o bicho!) e Toddynho, torcer pelo Botafogo, ainda usar sunga para ir à praia, usar brinco desde os 14, estar sempre atualizado com os verbetes da Desciclopédia, gostar de Billy Joel e Prince, esquecer datas de aniversário (inclusive a dele por 2 vezes), não gostar de kraut rock, achar a Priscilla BBB meio gordinha (mas traça cheio de vontade assim mesmo!), etc.
No entanto, talvez a melhor definição para o Edson d’Aquino é a de ser um cara normal até demais, daqueles que esbarramos todos os dias no metrô, no buzum, no supermercado, no boteco, mas que esconde um grande segredo: desde moleque teimou que não precisava de ar para sobreviver, pois he bastava à música e ainda hoje tem enormes dificuldades em acreditar que isto não seja verdade.
Além disso, é um amigo leal e um camarada profundamente apegado à ética. E sacana bagarai!
VAMOS À ENTREVISTA.
ESSA É NOSSA PRIMEIRA PERGUNTA. QUEM É O EDSON AQUINO FORA DO UNIVERSO BLOG?
Mesmo não sendo a pessoa mais adequada a opinar sobre isso, vou arriscar uns palpites. Antes de mais nada, o Edson d’Aquino é pai de família extremamente amoroso, formado em Desenho Industrial (muito embora nunca tenha exercido a profissão, pois ninguém sabia à época pra que merda servia isso, nem eu!) e músico-OMB 30083 de 30.07.82 - com curta, mas muito bem aproveitada formação em conservatório e que tentou, por 17 anos, sobreviver desta sua grande paixão. Hoje, um nano empresário do ramo de seguros, após alguns anos gerenciando uma das gigantes do ramo no país e, acredite se quiser, síndico já em seu terceiro mandato. Mas ele também tem uma faceta mais normal como dormir no máximo 6 horas por dia, matar a larica com sanduíches de biscoito maizena (com manteiga e queijo, é o bicho!) e Toddynho, torcer pelo Botafogo, ainda usar sunga para ir à praia, usar brinco desde os 14, estar sempre atualizado com os verbetes da Desciclopédia, gostar de Billy Joel e Prince, esquecer datas de aniversário (inclusive a dele por 2 vezes), não gostar de kraut rock, achar a Priscilla BBB meio gordinha (mas traça cheio de vontade assim mesmo!), etc.
No entanto, talvez a melhor definição para o Edson d’Aquino é a de ser um cara normal até demais, daqueles que esbarramos todos os dias no metrô, no buzum, no supermercado, no boteco, mas que esconde um grande segredo: desde moleque teimou que não precisava de ar para sobreviver, pois he bastava à música e ainda hoje tem enormes dificuldades em acreditar que isto não seja verdade.
Além disso, é um amigo leal e um camarada profundamente apegado à ética. E sacana bagarai!
2. COMO SURGIU A IDÉIA DE MONTAR O EXCELENTE BLOG GRAVETOS & BERLOTAS? QUAL É O NORTE DO BLOG?
Paulão, lá se vão 10 anos que faço do PC um meio de adquirir material via downloads. Mesmo assim, jamais poderia imaginar que um dia haveria alguma alternativa para aqueles jurássicos sistemas de compartilhamento P2P que, agravados pela conexão discada, faziam com que fechar um álbum fatalmente se transformasse em uma odisséia de 15 dias. Mas, aí, chegou a banda larga! E estava tudo caminhando muito bem, pois já existiam e-mules, torrents, etc e, a partir daí, já levava apenas umas generosas 5 horas pra baixar um disco inteiro, ueba! Num certo dia de junho de 2006, um amigo me enviou um e-mail com um link para o Lágrima Psicodélica e trombetas soaram. Comecei a baixar discos inteiros –de lá e de outros blogs que fui descobrindo, sempre com o intuito de repor digitalmente o material que tinha ainda em vinil ou adquirir o que sempre quis e nunca tive oportunidade e/ou grana pra comprar- com uma voracidade assustadora. Daí, com a ajuda do Johnny F, decidi montar um blog pra disponibilizar meu acervo –na época, uns 5000 CDs e 800 vinis (esse número já foi de 11000 vinis e 300 CDs e hoje ta em uns 25000 CDs e 500 vinis!)- já que era constantemente amaldiçoado e minha mãe ameaçada de seqüestro pelos meus amigos por não emprestar CDs, LPs e K7s nem que bancassem a Juliana Paes pra me fazer uma, digamos assim, massagem. Mas este era apenas um dos motivos. Na realidade, sempre gostei muito de escrever e percebi que eram poucos os blogs musicais em que havia uma resenha de ‘própria digitação’, mesmo que curta, acompanhando a postagem. Para mim não fazia sentido, com toda a bagagem de vida e o bom conhecimento de um assunto que transpiro desde que nasci há exatos 50 anos, apenas limitar-me a postar uma imagem e um link. E isso acabou sendo o diferencial do G&B, incentivando outros a fazerem o mesmo. Já o nome Gravetos & Berlotas foi moleza, pois o criei, ali pelos 14 anos, pra uma banda que nunca saiu da minha imaginação. Foi ‘discretamente’ baseado (ooops!) no Secos & Molhados, que bombava na época.
Agora, esse papo de norte não rola, Paulão, pois o G&B não reconhece os pontos cardeais, hehehe. Um lugar que posta Billy Joel e, pouco depois, Pandora e Blood Of The Sun e onde ainda se encontra a discog de bandas como The Mars Volta, System Of A Down e Avenged Sevenfold, é uma verdadeira ilha de ‘Lost’ pois enlouquece qualquer bússola. No mínimo, um belo caso psiquiátrico. A única certeza é que o lema do blog -‘Só Posto O Que Gosto’- é seguido à risca. E, pelo visto, existe uma meia dúzia de malucos que concordam, hehehe. Sacanagem, não tenho do que reclamar, pois o volume de comentários é sempre muito alto e a quantidade de downs é impressionante. Acho que consegui amealhar uma credibilidade bacana, ao ponto de conseguir que quase 250 incautos (até o momento) baixassem –em uma pegadinha de 1º de Abril que já se tornou tradição no site- uma banda inexistente, Damned Trick, e cujo conteúdo do link era uma seleção criteriosíssima de sucessos do...Odair José, hehehe.
CONCORDO COM VOCÊ, DEVEMOS POSTAR O QUE GOSTAMOS. MAS FICOU UMA CURIOSIDADE: EXISTE ALGO REGISTRADO DOS “QUASE FAMOSOS” GRAVETOS & BERLOTAS?
RESPOSTA: Porra nenhuma, Paulão. A banda Gravetos & Berlotas só existiu em cartazes fictícios que criava no meu caderno de escola e na areia da praia com babaquices como ‘Ingressos: Homens-1 baseado de manga rosa/Mulheres-1 boquete no líder da banda’ –meninas, não se chateiem pois -parafraseando vovô Erasmo Carlos- eu ‘era uma criança e não entendia nada’. Propus esse nome pra algumas bandas, mas sempre era rejeitado. Não sei porque, é um nome tão singelo, hehehe. Mas tenho alguns rolões e ¼’ de outras bandas em que toquei, mas me dá uma tremenda paúra de mexer naquelas caixas e tudo virar farelo; na verdade, gostaria de digitalizar esse material, mas precisaria de um daqueles jurássicos Tascam pra poder trabalhar e é muito difícil de encontrar um estúdio que tenha. Tenho também umas K7 com ensaios e demos de diversas bandas e de vez em quando ainda escuto. De material mais recente em cd tenho muitíssimo pouca coisa.
Paulão, lá se vão 10 anos que faço do PC um meio de adquirir material via downloads. Mesmo assim, jamais poderia imaginar que um dia haveria alguma alternativa para aqueles jurássicos sistemas de compartilhamento P2P que, agravados pela conexão discada, faziam com que fechar um álbum fatalmente se transformasse em uma odisséia de 15 dias. Mas, aí, chegou a banda larga! E estava tudo caminhando muito bem, pois já existiam e-mules, torrents, etc e, a partir daí, já levava apenas umas generosas 5 horas pra baixar um disco inteiro, ueba! Num certo dia de junho de 2006, um amigo me enviou um e-mail com um link para o Lágrima Psicodélica e trombetas soaram. Comecei a baixar discos inteiros –de lá e de outros blogs que fui descobrindo, sempre com o intuito de repor digitalmente o material que tinha ainda em vinil ou adquirir o que sempre quis e nunca tive oportunidade e/ou grana pra comprar- com uma voracidade assustadora. Daí, com a ajuda do Johnny F, decidi montar um blog pra disponibilizar meu acervo –na época, uns 5000 CDs e 800 vinis (esse número já foi de 11000 vinis e 300 CDs e hoje ta em uns 25000 CDs e 500 vinis!)- já que era constantemente amaldiçoado e minha mãe ameaçada de seqüestro pelos meus amigos por não emprestar CDs, LPs e K7s nem que bancassem a Juliana Paes pra me fazer uma, digamos assim, massagem. Mas este era apenas um dos motivos. Na realidade, sempre gostei muito de escrever e percebi que eram poucos os blogs musicais em que havia uma resenha de ‘própria digitação’, mesmo que curta, acompanhando a postagem. Para mim não fazia sentido, com toda a bagagem de vida e o bom conhecimento de um assunto que transpiro desde que nasci há exatos 50 anos, apenas limitar-me a postar uma imagem e um link. E isso acabou sendo o diferencial do G&B, incentivando outros a fazerem o mesmo. Já o nome Gravetos & Berlotas foi moleza, pois o criei, ali pelos 14 anos, pra uma banda que nunca saiu da minha imaginação. Foi ‘discretamente’ baseado (ooops!) no Secos & Molhados, que bombava na época.
Agora, esse papo de norte não rola, Paulão, pois o G&B não reconhece os pontos cardeais, hehehe. Um lugar que posta Billy Joel e, pouco depois, Pandora e Blood Of The Sun e onde ainda se encontra a discog de bandas como The Mars Volta, System Of A Down e Avenged Sevenfold, é uma verdadeira ilha de ‘Lost’ pois enlouquece qualquer bússola. No mínimo, um belo caso psiquiátrico. A única certeza é que o lema do blog -‘Só Posto O Que Gosto’- é seguido à risca. E, pelo visto, existe uma meia dúzia de malucos que concordam, hehehe. Sacanagem, não tenho do que reclamar, pois o volume de comentários é sempre muito alto e a quantidade de downs é impressionante. Acho que consegui amealhar uma credibilidade bacana, ao ponto de conseguir que quase 250 incautos (até o momento) baixassem –em uma pegadinha de 1º de Abril que já se tornou tradição no site- uma banda inexistente, Damned Trick, e cujo conteúdo do link era uma seleção criteriosíssima de sucessos do...Odair José, hehehe.
CONCORDO COM VOCÊ, DEVEMOS POSTAR O QUE GOSTAMOS. MAS FICOU UMA CURIOSIDADE: EXISTE ALGO REGISTRADO DOS “QUASE FAMOSOS” GRAVETOS & BERLOTAS?
RESPOSTA: Porra nenhuma, Paulão. A banda Gravetos & Berlotas só existiu em cartazes fictícios que criava no meu caderno de escola e na areia da praia com babaquices como ‘Ingressos: Homens-1 baseado de manga rosa/Mulheres-1 boquete no líder da banda’ –meninas, não se chateiem pois -parafraseando vovô Erasmo Carlos- eu ‘era uma criança e não entendia nada’. Propus esse nome pra algumas bandas, mas sempre era rejeitado. Não sei porque, é um nome tão singelo, hehehe. Mas tenho alguns rolões e ¼’ de outras bandas em que toquei, mas me dá uma tremenda paúra de mexer naquelas caixas e tudo virar farelo; na verdade, gostaria de digitalizar esse material, mas precisaria de um daqueles jurássicos Tascam pra poder trabalhar e é muito difícil de encontrar um estúdio que tenha. Tenho também umas K7 com ensaios e demos de diversas bandas e de vez em quando ainda escuto. De material mais recente em cd tenho muitíssimo pouca coisa.
3. COMO FOI QUE VOCÊ ENTROU PARA O UNIVERSO ROCK? QUAL DISCO ENTRE, OS PRIMEIROS QUE OUVIU, AINDA HOJE ESTÁ EM SEU ALTAR DO ROCK?
Cara, me considero um privilegiado por –quando todos meus dois neurônios permitem- me lembrar de eventos extremamente remotos mas, no caso específico do rock, acho que a sua entrada na minha vida ocorreu de forma tão natural que nem percebi. Na verdade, meus pais sempre foram muito musicais. Minha mãe escutava boleros e sambas-canções (de rock só tinha uns discos de Pat Boone) e meu saudoso pai curtia de tudo desde que servisse pra demonstrar suas habilidades como pé-de-valsa, mas era, também, um talento em eletrônica. Como aparelhagens de som eram caríssimas, ele mesmo as montava, através de esquemas encartados naquelas revistinhas de eletrônica vendidas em bancas de jornal, do toca-discos ao receiver estéreo valvulado com um módulo pra cada canal. O coroa era foda! Bem, conforme o velho subia de patente (era militar do Corpo de Saúde da Marinha), a vida melhorava e começavam a entrar bons equipamentos importados, e também a tal da televisão, no nosso barraco. Talvez meu primeiro contato com o rock tenha sido através da TV e os programas da Jovem Guarda e pequenos flashes que assistia de Beatles e Stones.
Dos primeiros discos que ouvi e que continuam no meu altar particular, vou tomar a liberdade de citar dois. Até meus 8 anos, o que conhecia era muito generalizado, pois vinha das informações restritas da TV e dos programas de rádio que ouvia através do meu Transglobe (lembra disso?) velho companheiro carinhosamente acomodado debaixo de meu travesseiro. Eram os deliciosos pop e bubblegum da época com Tommy James & The Shondells, Bill Deal & The Deals, Lulu, The Turtles, 1910 Fruitgum Co., e um ou outro Moody Blues, Procol Harum, Beatles e Stones, etc. Comprava pilhas e pilhas de compactos (singles) por mês pois, por increça que parível, disco era barato já que a crise do petróleo ainda estava muito longe de ocorrer. Certo dia, já quase adormecido, começou a tocar ‘Suzie Q’ com Creedence Clearwater Revival e meus olhos imediatamente se abriram e só consegui dormir depois que o locutor disse o nome da música e da banda. Como estava perto de meu aniversário pedi como presente uma grana pra comprar uma montoeira de compactos e lá fui todo pimpão e consegui comprar meu primeiro LP em meio a mais de 30 compactos. Chamava-se, simplesmente, ‘Creedence Clearwater Revival’ e, até hoje, mesmo tendo lançado discos bem melhores posteriormente (‘Green River’ e ‘Cosmo’s Factory’, por exemplo), tenho um carinho especial por este trabalho (a cover de ‘I Put A Spell On You’ é um esculacho!), além de ter sido a primeira banda da qual realmente me tornei fã. Só que o reinado da CCR durou por muito pouco. No ano seguinte, 1969, em férias com a família em Correias/RJ, fui apresentado ao que considero um ‘marco zero’ musical pra mim. O primo mais velho de uma amiga me aplicou o primeiro disco de uma nova banda, recém-lançado e imported. Seu nome? Led Zeppelin. Enquanto a minha amiga tampava os ouvidos e gritava pra que abaixasse o volume, o meu queixo já havia colado ao chão e de lá só soltou-se depois de umas cinco audições na íntegra daquele petardo. Foi paixão à primeira orelhada! A partir de então corri atrás não só de tudo que passou a rolar de novidade –Deep Purple, Black Sabbath, Uriah Heep, Yes, Genesis, Santana, a cena Woodstock, etc- como também do que havia ficado pra trás em um passado recentíssimo, resgatando Hendrix, Janis, Jefferson Airplane, Cream e aprofundando-me em Beatles e Stones. O resto é história.
E O QUE VOCÊ ACHOU DO RETORNO DO LED ZEPPELIN?
DO CARALHO!!!!! Recentemente assisti aquele video boot que o Miguelito (aka Sarah Celeste, O Traveco Tribufú da Zona da Leopoldina, ex-beato, ex-judeu e agora SEM-budista) postou lá no SDN em 84(!!!) partes –valeu, César por gravá-lo pra mim!- em Rapidshit e...não é que a bandinha tem futuro? Mais uns ensaios e dava pra encarar uma turnê mundial de enorme sucesso. Sinceramente, achei sacanagem o Plant dar pra trás na empreitada devido ao tour de promoção daquele belo –mas meio sonolento- trabalho com a Alison Krauss. Bastava escolher uns 30 países –incluindo o Brasil e tendo como sede o Rio de Janeiro, é claro- para um farewell tour. Realmente, estava esperançoso. Agora, que não me apareçam por aqui com outro vocalista (por melhor que seja) porque será empulhação!
Cara, me considero um privilegiado por –quando todos meus dois neurônios permitem- me lembrar de eventos extremamente remotos mas, no caso específico do rock, acho que a sua entrada na minha vida ocorreu de forma tão natural que nem percebi. Na verdade, meus pais sempre foram muito musicais. Minha mãe escutava boleros e sambas-canções (de rock só tinha uns discos de Pat Boone) e meu saudoso pai curtia de tudo desde que servisse pra demonstrar suas habilidades como pé-de-valsa, mas era, também, um talento em eletrônica. Como aparelhagens de som eram caríssimas, ele mesmo as montava, através de esquemas encartados naquelas revistinhas de eletrônica vendidas em bancas de jornal, do toca-discos ao receiver estéreo valvulado com um módulo pra cada canal. O coroa era foda! Bem, conforme o velho subia de patente (era militar do Corpo de Saúde da Marinha), a vida melhorava e começavam a entrar bons equipamentos importados, e também a tal da televisão, no nosso barraco. Talvez meu primeiro contato com o rock tenha sido através da TV e os programas da Jovem Guarda e pequenos flashes que assistia de Beatles e Stones.
Dos primeiros discos que ouvi e que continuam no meu altar particular, vou tomar a liberdade de citar dois. Até meus 8 anos, o que conhecia era muito generalizado, pois vinha das informações restritas da TV e dos programas de rádio que ouvia através do meu Transglobe (lembra disso?) velho companheiro carinhosamente acomodado debaixo de meu travesseiro. Eram os deliciosos pop e bubblegum da época com Tommy James & The Shondells, Bill Deal & The Deals, Lulu, The Turtles, 1910 Fruitgum Co., e um ou outro Moody Blues, Procol Harum, Beatles e Stones, etc. Comprava pilhas e pilhas de compactos (singles) por mês pois, por increça que parível, disco era barato já que a crise do petróleo ainda estava muito longe de ocorrer. Certo dia, já quase adormecido, começou a tocar ‘Suzie Q’ com Creedence Clearwater Revival e meus olhos imediatamente se abriram e só consegui dormir depois que o locutor disse o nome da música e da banda. Como estava perto de meu aniversário pedi como presente uma grana pra comprar uma montoeira de compactos e lá fui todo pimpão e consegui comprar meu primeiro LP em meio a mais de 30 compactos. Chamava-se, simplesmente, ‘Creedence Clearwater Revival’ e, até hoje, mesmo tendo lançado discos bem melhores posteriormente (‘Green River’ e ‘Cosmo’s Factory’, por exemplo), tenho um carinho especial por este trabalho (a cover de ‘I Put A Spell On You’ é um esculacho!), além de ter sido a primeira banda da qual realmente me tornei fã. Só que o reinado da CCR durou por muito pouco. No ano seguinte, 1969, em férias com a família em Correias/RJ, fui apresentado ao que considero um ‘marco zero’ musical pra mim. O primo mais velho de uma amiga me aplicou o primeiro disco de uma nova banda, recém-lançado e imported. Seu nome? Led Zeppelin. Enquanto a minha amiga tampava os ouvidos e gritava pra que abaixasse o volume, o meu queixo já havia colado ao chão e de lá só soltou-se depois de umas cinco audições na íntegra daquele petardo. Foi paixão à primeira orelhada! A partir de então corri atrás não só de tudo que passou a rolar de novidade –Deep Purple, Black Sabbath, Uriah Heep, Yes, Genesis, Santana, a cena Woodstock, etc- como também do que havia ficado pra trás em um passado recentíssimo, resgatando Hendrix, Janis, Jefferson Airplane, Cream e aprofundando-me em Beatles e Stones. O resto é história.
E O QUE VOCÊ ACHOU DO RETORNO DO LED ZEPPELIN?
DO CARALHO!!!!! Recentemente assisti aquele video boot que o Miguelito (aka Sarah Celeste, O Traveco Tribufú da Zona da Leopoldina, ex-beato, ex-judeu e agora SEM-budista) postou lá no SDN em 84(!!!) partes –valeu, César por gravá-lo pra mim!- em Rapidshit e...não é que a bandinha tem futuro? Mais uns ensaios e dava pra encarar uma turnê mundial de enorme sucesso. Sinceramente, achei sacanagem o Plant dar pra trás na empreitada devido ao tour de promoção daquele belo –mas meio sonolento- trabalho com a Alison Krauss. Bastava escolher uns 30 países –incluindo o Brasil e tendo como sede o Rio de Janeiro, é claro- para um farewell tour. Realmente, estava esperançoso. Agora, que não me apareçam por aqui com outro vocalista (por melhor que seja) porque será empulhação!
4. OS ANOS 70 FORAM BEM DIVERSIFICADOS PARA O ROCK: HARD ROCK, PROGRESSIVO E O APARECIMENTO DO METAL. QUE ANÁLISE VOCÊ FAZ SOBRE AQUELE PERÍODO?
Antes de mais nada, é bom esclarecer que, musicalmente, uma década inicia-se sempre em finais da anterior. O rock dos 70 é fruto imediato do rock que passou a ser produzido a partir de 67; assim como o rock dos 80 iniciou-se em 77/78. Considero que a década de 60 foi prodigiosa em criatividade, tudo era permitido. Foi o momento da total permissividade musical (e, lógico, em todos os segmentos sociais e culturais), onde criou-se o ambiente propício a tudo que passou a rolar nos 70, com a galera mais blues sedimentando o hard rock e os que vinham da psicodelia invariavelmente engrossando as fileiras do que passou a denominar-se progressive rock. Já o termo heavy metal foi cunhado não para descrever o gênero como o conhecemos a partir dos 80. Particularmente, costumo definir como bandas que mereceram o cunho heavy do período aquelas que, mesmo enfileiradas como hard, tinham pouco ou quase nada de blues em sua receita. Acho que uma análise por essa ótica é o que nos permite enquadrar bandas como Black Sabbath, Uriah Heep e algumas outras poucas, sob essa bandeira: um som pesado, denso, utilizando a rodo do recurso de temas em mid-tempo, vocalizações mais impostadas e...branco.
Mas isso tudo é só ‘viagem’ de um maluco que, mesmo precocemente, viveu todas estas fases e que considera que o melhor do rock foi feito mesmo durante os 70 porque os músicos tomaram as rédeas do seu trabalho, não se preocupavam mais em só lançar singles e encaravam a gravação de um álbum com a seriedade de um artista plástico frente a uma tela em branco. Qualquer disco –alguns anos após ‘Rubber Soul’ ter apontado nessa direção- finalmente passava a ser encarado como uma obra de arte. Infelizmente, hoje este conceito está morrendo... mas isso já é papo pra umas geladas com provolone à milaneza num boteco.
MAS, NENHUMA BANDA ATUAL PRODUZIU ALGO QUE VOCÊ PODERIA CHAMAR DE OBRA-DE-ARTE?
RESPOSTA: Obra de arte? Hummmm....deixe-me pensar, professor! Não, com certeza. Existem dezenas de novas bandas que produziram discos memoráveis como The Mars Volta (‘De-Loused In The Commatorium’), Muse (‘Absolution’), The Answer (‘Rise’), Pure Reason Revolution (‘The Dark Third’), Black Mountain (‘In The Future), Lotus (‘Complete Fruitage’), SOAD (‘Mesmerize’/’Hypnotize’), Avenged Sevenfold (o último, de 2007), etc, mas obra de arte acho que não. Todas essas aí chegaram bem perto disso, faltou um tantinho assim. Mas considero que o cenário atual é muuuuiiiiito bom, bem superior -quantitativa e qualitativamente- aos 80/90 e isso pode perfeitamente ainda acontecer ainda.
5. NOS ANOS 70 O BRASIL VIVEU SOB A DITADURA MILITAR E MUITAS MARCAS FICARAM EM NOSSA HISTÓRIA. VOCÊ VÊ ESSAS MARCAS NO ROCK DA ÉPOCA OU ACHA QUE A CENSURA CASTROU TAMBÉM A REBELDIA PRÓPRIA DO ROCK?
Paulão, EU VI o golpe militar, literalmente, ocorrer na porta de minha casa. Morava –na verdade, morei por 28 anos- na Rua Ipiranga, bairro Laranjeiras/RJ, em um prédio bem em frente ao final da R. São Salvador. Pra melhor localizar a galera, a rua em questão é paralela à Rua Pinheiro Machado, onde se localiza o Palácio da Guanabara, sede do governo à época. Na noite anterior, meu pai não havia retornado, pois ficara aquartelado no Ministério da Marinha. Acordamos -eu, minha mãe e meus dois irmãos- com a rua tomada por soldados e tanques. Enquanto achávamos -eu e meus irmãos- aquilo tudo do caralho, minha mãe demonstrava uma apreensão incomum, pois não conseguia se comunicar com meu pai pra saber o que estava ocorrendo. Por sua vez, assim que pode, o velho ligou pra casa e ordenou (e que ela alertasse o máximo possível de vizinhos da rua) que evacuasse todo o prédio imediatamente, pois toda a artilharia pesada estava focada na sede do governo, situada quase que exatamente atrás de meu prédio, e uma tragédia aconteceria caso não houvesse rendição. E lá fomos todos para os fundos do prédio, pois os militares deram toque de recolher e ninguém deveria sair à rua. Em um breve vacilo de minha progenitora fui pra rua e virei atração entre os soldados. Lembro-me perfeitamente da sua cara de espanto ao ver aquele moleque de apenas cinco anos desfilando com o fuzil e o capacete de um deles. Naquele mesmo dia, o golpe foi confirmado e todos saíram à rua pra confraternizar com os militares sem imaginar o que viria depois.
Mas é claro que esse namoro com as Forças Armadas não duraria muito e já em 70/71 saia à rua pichando muros com palavras de ordem tão ‘originais’ quanto ‘Abaixo a Ditadura!’, ‘O Governo é do Povo!’ e que tais, mesmo que fizesse pouca –ou quase nenhuma- idéia do que aquilo significava. Cheguei a ser flagrado pelo diretor de minha escola, o saudoso Prof. Fernando, em um destes atos ‘subversivos’, que apenas me passou um esporro em consideração ao fato de me conhecer desde os quatro anos de idade quando, peitando a Secretaria De Educação, corajosamente aceitou-me como aluno no C.A. ao constatar que eu já sabia ler consideravelmente bem e de forma autodidata. Aos poucos fui me engajando em movimentos estudantis, grêmios e freqüentando passeatas, pra desespero de meus pais, sempre temendo pelo pior; no entanto, apesar de politicamente esclarecido e engajado, essa fase passou, até porque creio que o país tinha pessoas mais capacitadas a desenvolver esta árdua tarefa.
O rock brazuca da época –em sua fase inicial representado pela Jovem Guarda, sempre cantando a namorada de um amigo, uma dor de corno qualquer ou dando beijinhos barulhentos no cinema- era esforçado, mas muito pobre em engajamento. Na verdade, a resistência à ditadura militar heroicamente partiu da galera da MPB que frequentemente tinha suas letras censuradas e seus ícones perseguidos, presos e virulentamente interrogados; no entanto, essa dificuldade fez com que a criatividade destruísse estas barreiras e o período tornou-se extremamente prolífico em termos poéticos, com letras até hoje consideradas verdadeiras obras-primas. Já os 70, salvo raríssimas exceções, trouxeram pro rock tupiniquim uma poética recheada de ácidos, duendes e juras de amor eterno à mãe natureza. Musical e tecnologicamente, deu um enorme passo adiante –apesar da proibição da importação de equipamentos ainda vigorar- mas, enquanto catalisador dos anseios de rebeldia de toda uma juventude (e que é uma das premissas do gênero, mas cada vez mais rara mesmo hoje no rock), continuou deixando muito a desejar.
6. ENQUANTO FAÇO AS PERGUNTAS ESTOU ESCUTANDO MARTIN BARRE, O QUE NOS REMETE AO ROCK PROGRESSIVO. VOCÊ ESTÁ FAZENDO UM EXCELENTE TRABALHO DE RECUPERAR BANDAS FORA DO EIXO USA E INGLATERRA. DE ONDE VEIO ESSA IDEIA? VOCÊ PRETENDE "RADICALIZAR" E POSTAR AS BANDAS ARGENTINAS, JAPONESAS E DE OUTRAS ÁREAS? E QUE BANDA BRASILEIRA MERECE ENTRAR NESSA POSTAGEM?
É isso que dá fumar uma morra e sentar em frente ao PC pra fazer uma postagem!
Na verdade, não sei de onde tirei essa idéia de criar a coluna ‘Fora Do Eixo’. Afinal, já disponibilizo material com essa temática desde o início das atividades do G&B, em meados de 2006. Acredito que essa idéia não vá adiante, pois não tenho tanto material assim do gênero –embora conheça muita coisa interessante de outras paragens como Grécia, Egito, Marrocos, Holanda, Suécia, Noruega, etc.- e o que tenho poderia perfeitamente continuar sendo disponibilizado da forma tradicional. Mas uma coisa posso te adiantar: provavelmente, não vai rolar nada de nossos hermanos dieguitos, apesar de gostar de Pappo’s, e dos japinhas. A verdade é que conheço o rock argentino e sempre o achei muito desinteressante; já o produzido na terra do sol nascente, apesar de sempre muito bem executado, é quase que totalmente –pelo menos das mais de 10 bandas recomendadíssimas que ouvi até hoje movido pela simples curiosidade- desprovido de criatividade, uma clichezada danada. Acho que só salvo da reta a Flower Travelin’ Band –que conheci através de Miguelito- e, assim mesmo, só o ‘Satori’. Quanto às bandas brasileiras, apesar de considerar que, no geral, estamos (ou apenas já estivemos?) em melhor situação –qualitativamente falando, já que temos algumas bandas consideradaças no exterior- que as argentinas e japonesas, o nosso rock ainda é ruim. E nossos produtores, em sua enorme maioria, em nada ajudam já que ainda não aprenderam a gravar um timbre de guitarra descente, a voz é sempre colocada em primeiríssimo plano, o som de bateria é pífio e, pasmem!, Ainda costumam gravar o baixo direto em linha (sem uso de amp)!!!!
Mas, voltando ao tema, o disco de rock brazuca que mais curto já está postado (e repostado) lá no G&B há bastante tempo em versão ‘remasterizada’ do vinil por mim, e bem elogiada pelo baterista da banda, Geraldo Darbilly, e chama-se ‘Em Busca do Tempo Perdido’ do Peso. Tenho quase certeza que todos aqui já conhecem esse disco, com uma sonoridade invejável pro rock brazuca da época, apesar de todo gravado em um estúdio caseiro. Encaixaria também a discog d’A Barca Do Sol, pois a considero o melhor folk prog já feito por estas plagas e uma obra de nível internacional.
Hoje, ando muito impressionado com o trabalho da Mindflow, principalmente o último CD, ‘Destructive Device’(2008). É heavy prog da melhor qualidade e os caras estão muito bem conceituados entre os gringos -até com verbete em inglês na Wikipedia. Mas fica difícil não citar Macaco Bong e Pata de Elefante, né? Duas bandas instrumentais brazucas que botam no chinelo muito gringo.
P...a, VOCÊ NÃO CITOU O DICK & MUTLEY RSRSRRSRS CHEGOU A OUVIR A NOSSA INSANIDADE QUE ESTÁ POSTADA NO SERES DA NOITE? SINCERAMENTE, SE VOCÊ FOSSE O “SAUDOSO” FLÁVIO CAVALCANTE QUEBRARIA NOSSO DISCO?
RESPOSTA: Paulão, confesso que não cheguei a baixá-lo. Cheguei a salvar o link no meu txt, mas, por que será?, Não consigo chegar até lá. Sempre tem um link que passa a frente. Mas prometo corrigir esta falha, hehehe.
7. COMO VOCÊ É DO RIO DE JANEIRO TALVEZ TENHA TIDO CONTATO COM A GALERA DO MÓDULO 1000. VOCÊ ACHA QUE O CULTO AO DISCO ‘NÃO FALE COM PAREDES’ É VÁLIDO? QUANDO OFEREÇO VINIL DE BANDAS BRASILEIRAS EM SITES DO EXTERIOR TODO MUNDO QUER ESSA RELÍQUIA. E O GERAÇÃO BENDITA (SPECTRUM)? ASSISTIU AO FILME?
Não tive contato com nenhum dos integrantes do Módulo 1000 à época da banda, mas conheci o Luiz Paulo e o Candinho na época do Viana em um sarau –junto com o Veludo- no Colégio S. Vicente. Tive o ‘Não Fale Com Paredes’ até pouco mais de cinco anos atrás quando me ofereceram uma graninha razoável, apesar da horrorosa capa estar meio baleada, e não pensei duas vezes em negociá-lo. Sabe, até que gosto do disco (a primeira vez que o escutei fiquei com o mantra ‘Ipso fato! Ipso Fato! Turpe Est Sine Crine Caput!’ durante uma semana rondando meu cérebro, hehehe) mas, sei lá, não sei se é pra todo esse auê não. Ao menos a banda tinha a pretensão de fazer um trabalho bem acabado, apesar das limitações de nossos estúdios à época, pois anunciavam no encarte que cada lado do disco foi limitado a 16 minutos para manter a qualidade do áudio. Sei que é mole encontrá-lo pela rede, mas ainda não o baixei porque não está entre as minhas prioridades. Temos que levar em consideração que o colecionador –principalmente os de prog e psych- é um eterno obcecado em descolar coisas estranhas de países esquisitos, não se guiando necessariamente pela qualidade da obra. É como se, com isso, quisessem dizer: ‘Vejam! Até um país de merda desses tinha uma banda de prog/psych!’. Já que você citou a ‘Spectrum’: nunca os ouvi (e nem assisti o filme ‘Geração Bendita’, do qual é trilha) mais gordos -questionei, inclusive, colecionadores amigos e bem mais ‘cascudos’ que também não faziam a menor ideia do que se tratava- e só fiquei conhecendo esse ‘Santo Graal’ há uns três anos, aproximadamente, através da grande rede. Sinceramente, achei uma merda. Mas, se os gringos querem pagar uma grana...
OS GRINGOS COMPRAM QUALQUER COISA, EU VENDI UM SÉRGIO PAPAGAIO POR R$ 1.000,00 PÁRA UM ALEMÃO. ALIÁS, JÁ OUVIU O SÉRGIO PAPAGAIO? ACHO QUE ERA O ÚNICO CARA DO MUNDO A TER ESSE DISCO E O COMPACTO DO ZERO HORA DE 1979...
RESPOSTA: KKKKKKK... Sérgio Papagaio é phoda, professor!!! Na faço idéia do que seja, mas de uma coisa tenho certeza: deverias ter sido enquadrado como 171 porra. Isso poderia ter gerado um conflito diplomático de proporções tsunâmicas. Que irresponsbilidade! hehehe
ESTOU BRINCANDO EDSON, ATÉ TENTEI VENDER, MAS NINGUÉM QUIS COMPRAR. NÃO QUER APROVEITAR A OPORTUNIDADE KAKAKAKA, VOU POSTAR NO ATITUDE EM BREVE E TE AVISO OK.
8. EM UMA DE SUAS RESENHAS, VOCÊ DIZ ESTAR COM MUITA SORTE PARA DESCOBRIR NOVAS BANDAS. QUAIS VOCÊ INDICARIA PARA A GALERA DO ATITUDE?
KKKKKKKKK, por acaso essa frase foi usada na postagem do malfadado disco de estréia da nova sensação do rock canadense (e, quiçá, mundial!), Damned Trick. Na verdade, como já disse, foi uma sacanagem de 1º de Abril e a banda é totalmente fake, fruto de minha mente ensandecida. Mas a verdade é que tenho descoberto, sim, coisas excelentes nestes 10 anos de espoliação pela grande rede e, das mais recentes, The Answer, Black Stone Cherry, Rose Hill Drive, Back Door Slam, The Parlor Mob, Plankton, Black Bonzo, Blood Of The Sun, Earl Greyhound, White Cowbell Oklahoma, Black Mountain, Antler, Wolfmother, Los Lonely Boys, Indigenous, Pure Reason Revolution (apesar de o disco novo ser meio decepcionante), e muitas outras mais, estão no topo. Na verdade, anda ocorrendo uma onda retro muito forte. De um lado -e em maioria esmagadora, mas sem acesso às rádios- as bandas influenciadas pelos 70; de outro, as apaixonadas pela sonoridade oitentista com suas baterias triggadas e ridículos timbres de Casiotone (já reparou como todas estão soando Duran Duran, Spandau Ballet, e similares?). Sinceramente, procuro sempre algo mais. É claro que meu gosto pessoal sempre recairá sobre as influenciadas pelos seventies mas não quero clones. Quando leio uma resenha do tipo ‘...a banda é tão boa que se o ouvinte fechar os olhos pensará estar ouvindo Black Sabbath em seu auge criativo...’, nem me dou ao trabalho de baixar. Eu quero escutar bandas que acrescentem o máximo que puderem de identidade própria à sua música. Sempre digo que a banda (ou músico, ou cantor (a)) perfeita é aquela que consegue ser identificada aos primeiros acordes. É isso que procuro hoje e sempre na música.
LEGAL!!! EU BAIXEI, MAS AINDA NÃO OUVI.. MAS AGORA FIQUEI VIDRADO.. QUERO OUVIR PARE DE TOMAR A PÍLULA kakakakakaaa
(Ah, sei, aquele petardo chamado ‘Stop Takin’ The Pill’, KKKKKKK)
Não tive contato com nenhum dos integrantes do Módulo 1000 à época da banda, mas conheci o Luiz Paulo e o Candinho na época do Viana em um sarau –junto com o Veludo- no Colégio S. Vicente. Tive o ‘Não Fale Com Paredes’ até pouco mais de cinco anos atrás quando me ofereceram uma graninha razoável, apesar da horrorosa capa estar meio baleada, e não pensei duas vezes em negociá-lo. Sabe, até que gosto do disco (a primeira vez que o escutei fiquei com o mantra ‘Ipso fato! Ipso Fato! Turpe Est Sine Crine Caput!’ durante uma semana rondando meu cérebro, hehehe) mas, sei lá, não sei se é pra todo esse auê não. Ao menos a banda tinha a pretensão de fazer um trabalho bem acabado, apesar das limitações de nossos estúdios à época, pois anunciavam no encarte que cada lado do disco foi limitado a 16 minutos para manter a qualidade do áudio. Sei que é mole encontrá-lo pela rede, mas ainda não o baixei porque não está entre as minhas prioridades. Temos que levar em consideração que o colecionador –principalmente os de prog e psych- é um eterno obcecado em descolar coisas estranhas de países esquisitos, não se guiando necessariamente pela qualidade da obra. É como se, com isso, quisessem dizer: ‘Vejam! Até um país de merda desses tinha uma banda de prog/psych!’. Já que você citou a ‘Spectrum’: nunca os ouvi (e nem assisti o filme ‘Geração Bendita’, do qual é trilha) mais gordos -questionei, inclusive, colecionadores amigos e bem mais ‘cascudos’ que também não faziam a menor ideia do que se tratava- e só fiquei conhecendo esse ‘Santo Graal’ há uns três anos, aproximadamente, através da grande rede. Sinceramente, achei uma merda. Mas, se os gringos querem pagar uma grana...
OS GRINGOS COMPRAM QUALQUER COISA, EU VENDI UM SÉRGIO PAPAGAIO POR R$ 1.000,00 PÁRA UM ALEMÃO. ALIÁS, JÁ OUVIU O SÉRGIO PAPAGAIO? ACHO QUE ERA O ÚNICO CARA DO MUNDO A TER ESSE DISCO E O COMPACTO DO ZERO HORA DE 1979...
RESPOSTA: KKKKKKK... Sérgio Papagaio é phoda, professor!!! Na faço idéia do que seja, mas de uma coisa tenho certeza: deverias ter sido enquadrado como 171 porra. Isso poderia ter gerado um conflito diplomático de proporções tsunâmicas. Que irresponsbilidade! hehehe
ESTOU BRINCANDO EDSON, ATÉ TENTEI VENDER, MAS NINGUÉM QUIS COMPRAR. NÃO QUER APROVEITAR A OPORTUNIDADE KAKAKAKA, VOU POSTAR NO ATITUDE EM BREVE E TE AVISO OK.
8. EM UMA DE SUAS RESENHAS, VOCÊ DIZ ESTAR COM MUITA SORTE PARA DESCOBRIR NOVAS BANDAS. QUAIS VOCÊ INDICARIA PARA A GALERA DO ATITUDE?
KKKKKKKKK, por acaso essa frase foi usada na postagem do malfadado disco de estréia da nova sensação do rock canadense (e, quiçá, mundial!), Damned Trick. Na verdade, como já disse, foi uma sacanagem de 1º de Abril e a banda é totalmente fake, fruto de minha mente ensandecida. Mas a verdade é que tenho descoberto, sim, coisas excelentes nestes 10 anos de espoliação pela grande rede e, das mais recentes, The Answer, Black Stone Cherry, Rose Hill Drive, Back Door Slam, The Parlor Mob, Plankton, Black Bonzo, Blood Of The Sun, Earl Greyhound, White Cowbell Oklahoma, Black Mountain, Antler, Wolfmother, Los Lonely Boys, Indigenous, Pure Reason Revolution (apesar de o disco novo ser meio decepcionante), e muitas outras mais, estão no topo. Na verdade, anda ocorrendo uma onda retro muito forte. De um lado -e em maioria esmagadora, mas sem acesso às rádios- as bandas influenciadas pelos 70; de outro, as apaixonadas pela sonoridade oitentista com suas baterias triggadas e ridículos timbres de Casiotone (já reparou como todas estão soando Duran Duran, Spandau Ballet, e similares?). Sinceramente, procuro sempre algo mais. É claro que meu gosto pessoal sempre recairá sobre as influenciadas pelos seventies mas não quero clones. Quando leio uma resenha do tipo ‘...a banda é tão boa que se o ouvinte fechar os olhos pensará estar ouvindo Black Sabbath em seu auge criativo...’, nem me dou ao trabalho de baixar. Eu quero escutar bandas que acrescentem o máximo que puderem de identidade própria à sua música. Sempre digo que a banda (ou músico, ou cantor (a)) perfeita é aquela que consegue ser identificada aos primeiros acordes. É isso que procuro hoje e sempre na música.
LEGAL!!! EU BAIXEI, MAS AINDA NÃO OUVI.. MAS AGORA FIQUEI VIDRADO.. QUERO OUVIR PARE DE TOMAR A PÍLULA kakakakakaaa
(Ah, sei, aquele petardo chamado ‘Stop Takin’ The Pill’, KKKKKKK)
9. COMO É SEU RELACIONAMENTO COM A GALERA DO SERES DA NOITE? O QUE SIGNIFICA FAZER PARTE DESSA TURMA QUE, MESMO SEM CONHECERMOS, CONSIDERAMOS AMIGOS NO ROCK?
Pô, Professor, agora tu pegou pesado. Será que devo lembrar-lhe do termo contratual deixando bem claro que não contaria detalhes comprometedores da vida de nenhum de meus amigos bloggers? Hehehe
Que nada, Paulão, é pura pilha. Acho que como eu, César (porra, que alívio ter decidido assumir sua verdadeira identidade) e Miguelito nos conhecemos todos já sabem pelas entrevistas deles, né? Só posso corroborar o sentimento de empatia imediata que tivemos e que foi perfeitamente descrita pelo IrmãoSão (César) e IrmãoSão GGG (Miguelito, aka Sarah Celeste, o Traveco Tribufú da Zona da Leopoldina). Aliás, é muito engraçado como, sempre que nos reunimos -quase que desde o início já com o IrmãoSinho (Maddy Lee)-, encontramos assunto pra mais de 10 horas!!! Achava que só as mulheres tinham essa capacidade, hehehe. Outro ponto interessante é que, como eu e Miguelito estamos em constante zoação mútua nos comentários (e muitas vezes nas próprias postagens), percebe-se um suspense entre os visitantes novatos, do tipo: ‘Daqui a pouco isso não vai prestar!’. Imagine se lessem nossas trocas de e-mail!!!
O ZéNato é um caso à parte, um gentleman e um excelente churrasqueiro mas que, infelizmente, convivi por poucas horas. Mas tenho certeza que ainda nos veremos muito. Já o Celsão, esse é o mais genioso e turrão de todos. Um verdadeiro ogro de coração mole, sempre me salvando quando tenho dificuldades em encontrar um disco em especial. Tenho uma curiosidade da porra em conhecê-lo pessoalmente. Tenho certeza que iríamos falar muita merda! hehehe
Mermão, resumindo, é tutti buona gente.
Pô, Professor, agora tu pegou pesado. Será que devo lembrar-lhe do termo contratual deixando bem claro que não contaria detalhes comprometedores da vida de nenhum de meus amigos bloggers? Hehehe
Que nada, Paulão, é pura pilha. Acho que como eu, César (porra, que alívio ter decidido assumir sua verdadeira identidade) e Miguelito nos conhecemos todos já sabem pelas entrevistas deles, né? Só posso corroborar o sentimento de empatia imediata que tivemos e que foi perfeitamente descrita pelo IrmãoSão (César) e IrmãoSão GGG (Miguelito, aka Sarah Celeste, o Traveco Tribufú da Zona da Leopoldina). Aliás, é muito engraçado como, sempre que nos reunimos -quase que desde o início já com o IrmãoSinho (Maddy Lee)-, encontramos assunto pra mais de 10 horas!!! Achava que só as mulheres tinham essa capacidade, hehehe. Outro ponto interessante é que, como eu e Miguelito estamos em constante zoação mútua nos comentários (e muitas vezes nas próprias postagens), percebe-se um suspense entre os visitantes novatos, do tipo: ‘Daqui a pouco isso não vai prestar!’. Imagine se lessem nossas trocas de e-mail!!!
O ZéNato é um caso à parte, um gentleman e um excelente churrasqueiro mas que, infelizmente, convivi por poucas horas. Mas tenho certeza que ainda nos veremos muito. Já o Celsão, esse é o mais genioso e turrão de todos. Um verdadeiro ogro de coração mole, sempre me salvando quando tenho dificuldades em encontrar um disco em especial. Tenho uma curiosidade da porra em conhecê-lo pessoalmente. Tenho certeza que iríamos falar muita merda! hehehe
Mermão, resumindo, é tutti buona gente.
VOCÊ TOCOU NUM PONTO MUITO LEGAL: A AMIZADE QUE NASCE ENTRE OS PARCEIROS. ESTEJA A VONTADE PARA APARECER EM BEBEDOURO, HONRAMOS O NOME E EM UMA HORA ESTAREMOS EM RIBEIRÃO PRETO TOMANDO O MAIS FAMOSO CHOPP DO BRASIL. QUE TAL PENSAR DE VERDADE NAQUELA PROPOSTA DE UM ENCONTRO NACIONAL DOS BLOGUEIROS?
RESPOSTA: Cara, a ideia é excelente mas, por experiência própria, é meio utópico. Pra começar, seriam necessários uns seis meses só de planejamento, no mínimo. Bem, tens seguro saúde? Espero que sim pois, se você vai encarar essa empreitada, com certeza vais precisar, hehehe. Se ainda não tiver, entre em contato comigo pois tem umas promoções rolando, hehehe.
10. O QUE ACHOU DESSA IDEIA DE FAZERMOS ENTREVISTAS COM O PESSOAL DOS BLOGS? ALIÁS, ANDAMOS CHEIOS DE IDEIAS. O QUE PENSA
SOBRE OS 1001 DISCOS? O MADDY LEE (CURTI MUITO A PROPOSTA, MAS ACABEI FAZENDO UMA CONTRAPROPOSTA, COISA DE COMUNISTA, RSRSRS) INCENDIOU A NET COM SUA PROPOSTA. ESTÁ CHOVENDO E.MAIL... VOCÊ JÁ PASSOU PELOS BLOGS DA EQUIPE ATITUDE?
Totalmente genial e já estava achando que não ia ser convidado, porra.
Idéia é bom, né? É a mola-mestra da raça humana. Mas com relação a essa idéia do Maddy dos 1001 Discos, ainda não a comprei de todo, mas tenho certeza que ele tem certeza que eu vou acabar topando com certeza, hehehe. Mas já avisei que não subirei links especificamente com esse propósito; mas, como uma boa parte das minhas escolhas já está postada no G&B, é só se servir.
Paulão confesso que –apesar de você sempre ter participado ativamente com comentários lá no G&B- nunca soube que você tivesse um (ou mais) blog até o Atitude Fanzine começar com essa série de entrevistas. É que, geralmente, não me dou ao trabalho de ler o perfil dos visitantes, sacou? Falha imperdoável!
EDSON ENTRE SUAS ED-TIETES
11. O SER DA NOITE, NOSSO QUERIDO CESAR, DISSE QUE TALVEZ IRIA DAR UM JEITO DE ASSISTIR AO CONCERTO COM EX-MEMBROS DO THE DOORS AQUI EM NOSSA REGIÃO. GOSTARIA DE TER SUA OPINIÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DO THE DOORS PARA A MÚSICA DOS ANOS 60 E O SIGNIFICADO DESSAS REUNIÕES DE BANDAS DOS ANOS 60 QUE ESTÃO OCORRENDO NUM RITMO AVASSALADOR.
É inquestionável a importância dos Doors na música dos 60/70 e, também, nos 80 quando ocorreu uma revitalização devido à sua sonoridade sombria e climática e com ícones da década como os Ians (Astbury e McCulloch) dizendo-se profundamente inspirados pela poética de Morrison. Particularmente, nunca fui um fã de carteirinha da banda, mas é impossível não gostar de músicas como ‘The End’, ‘Riders On The Storm’, ‘Break On Through’, ‘Light My Fire’, ‘Love Her Madly’, ‘LA Woman’, ‘Roadhouse Blues’, ‘People Are Strange’ e ‘Hello I Love You’. A banda que vem tocar por aqui –na verdade, rebatizada como Riders On The Storm- é apenas um caça-níqueis, mas tem bons músicos, como Phil Chenn no baixo, além de Manzarek e Krieger. Eu só iria se fosse 0800. Pagar, nem pensar!
Sou totalmente a favor da reunião de bandas, seja de que época for e com o máximo de componentes originais, desde que haja um propósito muito mais nobre que ganhar rios de dinheiro excursionando por países do 3º Mundo com shows meia-bomba. Recentemente, postei o cd duplo documentando o show de reunião (há mais de 30 anos não tocavam juntos) da Raspberries e....que show phoda!!! Os caras estão nos cascos e com o sessentão Jim Bonfanti –que não montava sua Ludwig há 15 anos- provando ser um dos bateristas mais injustiçados do rock. Com certeza, um retorno que valeu muito a pena. Mas, reconheçamos, esses casos são raros.
12. SEMPRE PERGUNTO PARA A GALERA QUAL FOI O SHOW INESQUECÍVEL QUE PRESENCIOU E QUAL SERIA O SHOW QUE GOSTARIA DE TER ASSISTIDO E QUE NÃO FOI POSSÍVEL. E VOCÊ, QUAIS INDICARIA?
Vou a shows desde os 12 anos de idade pois era mascote da galera da rua, todos já na faixa dos 15 e muito ligados em música. Meus pais gostavam muito de um destes amigos (eles não sabiam mas o Antônio –infelizmente, já falecido- era o mais porra louca, hehehe) e ele, junto com aquela galera, me carregava pra todos os shows ali perto de casa e os do MAM eram os mais concorridos. Foi quando anunciaram a vinda de Santana para uma apresentação no Theatro Municipal/RJ mas meus pais achavam que seria muito perigoso e se negavam a me liberar mesmo sob os apelos do amigão Antônio. Uns três dias antes do show, a campainha toca exatamente quando já tínhamos acabado de jantar. Era o Antônio e mais de 10 lobbistas pressionando meus pais pra me liberarem e. eles não resistiram. Então, como o primeiro sut..., digo, show internacional a gente nunca esquece...
Mas, na boa, nada se compara a acompanhar seu filho em seu primeiro show internacional, no caso a Muse. Ver o brilho nos olhos daquela criança, com os mesmos 13 anos que eu tinha à época daquele show do Santana no Municipal, foi indescritível. Me emociona sempre a simples lembrança daquela noite. Até porque ambos somos fãzaços da banda. Talvez se eu tivesse que levá-lo a um show do RBD, as lembranças não fossem assim tão agradáveis, hehehe.
E o show que mais lamento não ter assistido são todos aqueles que deixei de assistir, pois um show é um momento mágico. Infelizmente, hoje não tenho essa di$ponibilidade pois os shows estão caríssimos. Tenho absoluta certeza que o ingresso de um show internacional nos 70 e boa parte dos 80 custava infinitamente menos. E hoje os caras têm uma montoeira de patrocínios. Imagine se não tivessem!!!
13. E O RIO DE JANEIRO? COMO VÊ ESSE DOMÍNIO DO PODER PARALELO? A MÍDIA TEM COLABORADO PARA ESSA IMAGEM OU É A REALIDADE?
Lógico que tem um clima criado pela mídia, sim, mas a coisa é feia mesmo. Só desdiz isto quem já se acostumou com a violência. O que não concordo é que citem apenas as facções criminosas como ‘poder paralelo’. Elas são o final do trilho. O verdadeiro ‘poder paralelo’ está nas mãos de uma parcela poderosíssima de parlamentares, policiais e juízes. Estes, sim, são os verdadeiros cabeças do tráfico, mas são intocáveis. Afinal, as drogas que mais matam são o álcool e o tabaco e, no entanto, são liberadas por ‘motivos culturais e históricos’ como já li por aí. Então, porque não liberar –devidamente regularizadas, fiscalizadas e gerando receita para a União, Estados e Municípios- outras drogas? Simplesmente porque esta corja perderia –ou veria drasticamente reduzido- seu quinhão. Estudos, do qual participaram profissionais da área de saúde, juristas e diversos outros especialistas, apontam que o proibicionismo (pode parecer estranho mas é assim mesmo como se referem) é a pior das metodologias de combate ao consumo e propõem a liberação de drogas que não causem risco imediato à vida. É difícil e custoso fiscalizar? Com certeza, mas é infinitamente mais barato que manter um efetivo militar gigantesco, ineficaz e que, em muitos casos, acaba por ceifar vidas inocentes. Legalizada e controlada, as drogas podem ser perfeitamente assimiladas pela sociedade. Alguém tem dúvidas de que a maconha já superou muitos dos preconceitos que antes pairavam sobre ela? Vários países europeus –e não vou nem citar a Holanda- já demonstraram isto, seja através de uma simples tolerância até uma total liberação do consumo. Alguns que já me conhecem do G&B, ao lerem esse trecho, dirão que estou legislando em causa própria e virão com aquela filosofia de Cap. Nascimento de botequim de que o consumo financia o crime, etcétera e tal. Mas isto é uma tremenda sandice. Quem, na verdade, financia o crime está em seus gabinetes refrigerados alimentando seus ‘comandados’ aquartelados nos morros com armas e drogas e garantindo que tudo continue exatamente como está.
14. O EDSON ATUA EM PARTIDOS, ONGS OU MOVIMENTOS DE BASE? QUE ANÁLISE FAZ DOS RUMOS DA POLÍTICA NACIONAL?
Infelizmente, fui muito ativo apenas na época de faculdade. Pode parecer lugar comum afirmar que não tenho tempo, mas é a mais pura verdade, pois, para voltar a me engajar em projetos sociais, teria que abrir mão do meu convívio em família, já que meu trabalho me toma em torno de 8h por dia –paro apenas 30min. Pra almoço- e sempre matando vários leões, pois não sou assalariado e dependo da captação de clientes. Ainda tenho minha atividade como síndico -que, todos sabemos, é muito desgastante- que desenvolvo com muita seriedade, a ponto de os condôminos afirmarem que, desde que assumi, temos o único condomínio da cidade com dinheiro (muito) em caixa. Já até sugeriram que fizéssemos como o Lulla e emprestássemos dinheiro ao FMI, hehehe. E já que falei do sapo barbudo...vou deixar por isso mesmo. Não tenho mais o menor saco pra falar sobre os desmandos desse governo, o maior caso de traição social e política da história brasileira. Um dia, assim espero, a História fará justiça a essa corja e seus netos, bisnetos e tataranetos esconderão seus rostos e mudarão seus sobrenomes envergonhados de terem nascido sob a égide de ascendentes tão inescrupulosos.
Lógico que tem um clima criado pela mídia, sim, mas a coisa é feia mesmo. Só desdiz isto quem já se acostumou com a violência. O que não concordo é que citem apenas as facções criminosas como ‘poder paralelo’. Elas são o final do trilho. O verdadeiro ‘poder paralelo’ está nas mãos de uma parcela poderosíssima de parlamentares, policiais e juízes. Estes, sim, são os verdadeiros cabeças do tráfico, mas são intocáveis. Afinal, as drogas que mais matam são o álcool e o tabaco e, no entanto, são liberadas por ‘motivos culturais e históricos’ como já li por aí. Então, porque não liberar –devidamente regularizadas, fiscalizadas e gerando receita para a União, Estados e Municípios- outras drogas? Simplesmente porque esta corja perderia –ou veria drasticamente reduzido- seu quinhão. Estudos, do qual participaram profissionais da área de saúde, juristas e diversos outros especialistas, apontam que o proibicionismo (pode parecer estranho mas é assim mesmo como se referem) é a pior das metodologias de combate ao consumo e propõem a liberação de drogas que não causem risco imediato à vida. É difícil e custoso fiscalizar? Com certeza, mas é infinitamente mais barato que manter um efetivo militar gigantesco, ineficaz e que, em muitos casos, acaba por ceifar vidas inocentes. Legalizada e controlada, as drogas podem ser perfeitamente assimiladas pela sociedade. Alguém tem dúvidas de que a maconha já superou muitos dos preconceitos que antes pairavam sobre ela? Vários países europeus –e não vou nem citar a Holanda- já demonstraram isto, seja através de uma simples tolerância até uma total liberação do consumo. Alguns que já me conhecem do G&B, ao lerem esse trecho, dirão que estou legislando em causa própria e virão com aquela filosofia de Cap. Nascimento de botequim de que o consumo financia o crime, etcétera e tal. Mas isto é uma tremenda sandice. Quem, na verdade, financia o crime está em seus gabinetes refrigerados alimentando seus ‘comandados’ aquartelados nos morros com armas e drogas e garantindo que tudo continue exatamente como está.
14. O EDSON ATUA EM PARTIDOS, ONGS OU MOVIMENTOS DE BASE? QUE ANÁLISE FAZ DOS RUMOS DA POLÍTICA NACIONAL?
Infelizmente, fui muito ativo apenas na época de faculdade. Pode parecer lugar comum afirmar que não tenho tempo, mas é a mais pura verdade, pois, para voltar a me engajar em projetos sociais, teria que abrir mão do meu convívio em família, já que meu trabalho me toma em torno de 8h por dia –paro apenas 30min. Pra almoço- e sempre matando vários leões, pois não sou assalariado e dependo da captação de clientes. Ainda tenho minha atividade como síndico -que, todos sabemos, é muito desgastante- que desenvolvo com muita seriedade, a ponto de os condôminos afirmarem que, desde que assumi, temos o único condomínio da cidade com dinheiro (muito) em caixa. Já até sugeriram que fizéssemos como o Lulla e emprestássemos dinheiro ao FMI, hehehe. E já que falei do sapo barbudo...vou deixar por isso mesmo. Não tenho mais o menor saco pra falar sobre os desmandos desse governo, o maior caso de traição social e política da história brasileira. Um dia, assim espero, a História fará justiça a essa corja e seus netos, bisnetos e tataranetos esconderão seus rostos e mudarão seus sobrenomes envergonhados de terem nascido sob a égide de ascendentes tão inescrupulosos.
BE-BOP DE LUXE
15. PODERIA NOS INDICAR DOIS DISCOS POSTADOS NO GRAVETOS & BERLOTAS QUE EM SUA OPINIÃO REPRESENTEM A ESSÊNCIA DO BLOG? PODEMOS USAR SEU LINK ORIGINAL E SUA RESENHA PARA ACOMPANHAR ESSA ENTREVISTA?
Cara, pergunta difícil essa... Tudo bem, em primeiro lugar a coletânea dupla do Billy J....kkkkkk, sacanagem! Vamo lá, no vapt-vupt: ‘Sunburst Finish’ da Be-Bop Deluxe e ‘Last Tango’ da Esperanto. E claro que pode trazer pra cá pois os links tão funfando!
Além de ter sido dos primeiros a postar material dessas bandas, que são parte fundamental da minha educação musical, fui o primeiro a fazer uma resenha séria sobre elas levando muita gente a conhecê-las e admirar. Quem toma contato com estas duas bandas, vicia. Se quiser abusar, pode trazer a discog completa da Gentle Giant, também, hehehe.
Links: http://gravetos-berlotas.blogspot.com/2006/12/be-bop-deluxe.html
http://gravetos-berlotas.blogspot.com/2007/11/esperanto-repost.html
http://gravetos-berlotas.blogspot.com/2007/06/gentle-giant.html
16. LEMBRO-ME DE UMA FOTO SUA COM SEU FILHO TOCANDO GUITARRA. VOCÊ TOCA OU JÁ TOCOU EM BANDAS?
Aquela foto ilustrava meu avatar e foi clicada em um ensaio aberto por volta de 2000, quando meu headbanger-eternamente mirim estava em torno de cinco anos. Ali, fui convocado por um amigo pra colocar as guitarras no seu disco solo e, além de mim, participaram, entre outros, Rabicó (ex-Dorsal Atlântica), Zelli Mansur (ex-Ed Motta) e Arthurzinho Maia (que dispensa apresentações). Puta banda, não? Acho que foi meu último trabalho em estúdio. Na verdade, desde muito cedo soube que iria me envolver com música de uma maneira bem profunda. Tudo começou quando, aos seis anos, pedi ao meu pai uma guitarra como presente de Natal. Alegando que era muito pesada pra um moleque tão franzino, ele pediu que escolhesse outra coisa; sugeri, então, um violão e ele alegou ser muito grande para as minhas mãos mas que não me preocupasse que ele já sabia o que me dar de presente: acabei ganhando um cavaquinho e quase fiz um ‘Cabong!’ na cabeça dele, hehehe. Só aos nove comecei a aprender violão e aos 13, já no conservatório, ganhei minha primeira guitarra, uma SG Giannini idêntica à posteriormente imortalizada pelo Angus Young. O cavaco ficou encostado até a época de facul quando foi esquartejado e seu braço aproveitado na construção de uma guitarra baiana para um trabalho final de Of. de Madeira II. Ficou bacaninha, mas não afinava de jeito e maneira alguma! Mas fui músico de 77 a 94 e toquei com muita gente boa (e ruim também, hehehe). O auge foi durante os 80 quando houve o boom do rock (sic!) nacional, tinha trabalho a rodo e todo mundo era levado a crer que era apenas questão de tempo tornar-se um popstar. Ganhava pouco mas me divertia bagarai, hehehe. Pena a música do período ser tão medíocre.
Hoje, participo de jams com amigos, alguns ilustres, e tenho um modestíssimo home-studio onde pratico a saudável prática da ‘masturbação musical’ tocando e gravando todos os instrumentos, de teclados a loops de batera, além das guitarras e violões. Ultimamente, tenho tocado com os maiores feras das baquetas. Em uma só música tive o prazer de contar com Manu Katché e Billy Cobham, além de Steve Gadd, que tá bolando umas ‘viradinhas’, hehehe. E tudo di grátis!!! É lógico que sempre rolam convites pra voltar a tocar, mas ainda não encontrei um trabalho que me empolgasse a ponto de voltar àquele processo orgásmico, mas também meio traumático, de se envolver com uma banda.
EDSON EM 1979
15. PODERIA NOS INDICAR DOIS DISCOS POSTADOS NO GRAVETOS & BERLOTAS QUE EM SUA OPINIÃO REPRESENTEM A ESSÊNCIA DO BLOG? PODEMOS USAR SEU LINK ORIGINAL E SUA RESENHA PARA ACOMPANHAR ESSA ENTREVISTA?
Cara, pergunta difícil essa... Tudo bem, em primeiro lugar a coletânea dupla do Billy J....kkkkkk, sacanagem! Vamo lá, no vapt-vupt: ‘Sunburst Finish’ da Be-Bop Deluxe e ‘Last Tango’ da Esperanto. E claro que pode trazer pra cá pois os links tão funfando!
Além de ter sido dos primeiros a postar material dessas bandas, que são parte fundamental da minha educação musical, fui o primeiro a fazer uma resenha séria sobre elas levando muita gente a conhecê-las e admirar. Quem toma contato com estas duas bandas, vicia. Se quiser abusar, pode trazer a discog completa da Gentle Giant, também, hehehe.
Links: http://gravetos-berlotas.blogspot.com/2006/12/be-bop-deluxe.html
http://gravetos-berlotas.blogspot.com/2007/11/esperanto-repost.html
http://gravetos-berlotas.blogspot.com/2007/06/gentle-giant.html
16. LEMBRO-ME DE UMA FOTO SUA COM SEU FILHO TOCANDO GUITARRA. VOCÊ TOCA OU JÁ TOCOU EM BANDAS?
Aquela foto ilustrava meu avatar e foi clicada em um ensaio aberto por volta de 2000, quando meu headbanger-eternamente mirim estava em torno de cinco anos. Ali, fui convocado por um amigo pra colocar as guitarras no seu disco solo e, além de mim, participaram, entre outros, Rabicó (ex-Dorsal Atlântica), Zelli Mansur (ex-Ed Motta) e Arthurzinho Maia (que dispensa apresentações). Puta banda, não? Acho que foi meu último trabalho em estúdio. Na verdade, desde muito cedo soube que iria me envolver com música de uma maneira bem profunda. Tudo começou quando, aos seis anos, pedi ao meu pai uma guitarra como presente de Natal. Alegando que era muito pesada pra um moleque tão franzino, ele pediu que escolhesse outra coisa; sugeri, então, um violão e ele alegou ser muito grande para as minhas mãos mas que não me preocupasse que ele já sabia o que me dar de presente: acabei ganhando um cavaquinho e quase fiz um ‘Cabong!’ na cabeça dele, hehehe. Só aos nove comecei a aprender violão e aos 13, já no conservatório, ganhei minha primeira guitarra, uma SG Giannini idêntica à posteriormente imortalizada pelo Angus Young. O cavaco ficou encostado até a época de facul quando foi esquartejado e seu braço aproveitado na construção de uma guitarra baiana para um trabalho final de Of. de Madeira II. Ficou bacaninha, mas não afinava de jeito e maneira alguma! Mas fui músico de 77 a 94 e toquei com muita gente boa (e ruim também, hehehe). O auge foi durante os 80 quando houve o boom do rock (sic!) nacional, tinha trabalho a rodo e todo mundo era levado a crer que era apenas questão de tempo tornar-se um popstar. Ganhava pouco mas me divertia bagarai, hehehe. Pena a música do período ser tão medíocre.
Hoje, participo de jams com amigos, alguns ilustres, e tenho um modestíssimo home-studio onde pratico a saudável prática da ‘masturbação musical’ tocando e gravando todos os instrumentos, de teclados a loops de batera, além das guitarras e violões. Ultimamente, tenho tocado com os maiores feras das baquetas. Em uma só música tive o prazer de contar com Manu Katché e Billy Cobham, além de Steve Gadd, que tá bolando umas ‘viradinhas’, hehehe. E tudo di grátis!!! É lógico que sempre rolam convites pra voltar a tocar, mas ainda não encontrei um trabalho que me empolgasse a ponto de voltar àquele processo orgásmico, mas também meio traumático, de se envolver com uma banda.
EDSON EM 1979
17. E O MOVIMENTO NEW PROG? TEM TIDO ECO NO BRASIL?
Acho que tem, sim. Aliás, o roqueiro (putz! detesto essa palavra!) brasileiro médio é muito simpático ao prog de uma maneira geral. Veja o espaço que bandas como The Mars Volta, Muse, Porcupine Tree, Opeth, Radiohead, Dream Theater, Pure Reason Revolution, Oceansize, etc conseguiram. Tudo bem, nem todas se enquadram no termo new prog mas, com certeza, são prog. Mesmo assim, não conheço nenhuma banda de new prog brazuca. Por que será?
18. O MIGUELITO E O CESAR NOS CONTARAM HISTÓRIAS ENGRAÇADAS ENVOLVENDO SUAS PESSOAS. E O EDSON? JÁ FICOU EM ALGUMA SAIA JUSTA OU ALGUM FATO HILÁRIO QUE PODERIA PARTILHAR COM A GALERA? ACHO INCRÍVEL A IDÉIA DA COLUNA ANTI-SOCIAL? QUEM FOI O RESPONSÁVEL POR ESSA DIVERTIDA IDÉIA?
Cara, tenho várias passagens hilárias em minha vida roquenrou; no entanto, uma em especial até hoje me diverte muito. Voltávamos, eu e aquela galera da minha rua, a pé, como sempre fazíamos, de um show dos Mutantes (fase prog) no MAM em 74. Como todos estávamos bêbados -e completamente enfumaçados- deu uma tremenda vontade de dar aquela mijada. Como o trajeto era muito escuro, esperamos chegar ao Consulado americano pra descarregar. Péssima idéia. O muro de pedra do Consulado, de uma hora pra outra, ficou totalmente tomado por uma dúzia de desesperados mijões lado-a-lado. Foi quando, de repente, apareceram três seguranças com seus ‘tresoitão’ apontados diretamente pra nós e começaram a nos chamar de subversivos fdp e teimaram em nos prender. Como era o único ‘dimenor’, fui separado do grupo pelo chefe da equipe que ficou o tempo inteiro me segurando pelo braço enquanto os demais sofriam humilhações e tomavam cascudos. Percebendo que a parada estava caminhando pra um desfecho não muito amigável, já que alguns de meus parceiros já estavam gritando ‘Abaixo a ditadura!’ e cada vez tomavam mais pescotapas, percebi que tinha de tomar uma atitude e só tinha duas opções: dizer pro chefe que era filho de militar (mas isso poderia livrar apenas minha cara e ainda me garantiria uma bela surra do velho) ou tentar quebrar na letra, usando minha capacidade de argumentação que já era bem afiada e, de repente, conseguir livrar toda a turma. Optei pela segunda e, sempre com muita calma e aceitando todos os esporros, consegui amolecer o comandante da tropa e livrar-nos daquela encrenca. Passado o susto, todos começamos a rir descontroladamente no resto do caminho de volta pra casa. Meu pai nunca soube desse entrevero e minha mãe só há alguns anos, hehehe.
Bem, a Coluna Anti-Social saiu da minha mente doentia com o intuito de reportar, sempre de maneira non-sense e num estilo meio Ibrahim Sued (o ‘papa’ do colunismo social), os encontros da gallera blogueira. E não é que faz sucesso? Tem uma visitante, a Biazinha, que leu todas as colunas de uma só tacada quando conheceu o G&B e se divertiu às pampas. É lógico que nem todas as esbórnias que promovemos vão parar nas colunas, pois banalizaria a parada.
Acho que tem, sim. Aliás, o roqueiro (putz! detesto essa palavra!) brasileiro médio é muito simpático ao prog de uma maneira geral. Veja o espaço que bandas como The Mars Volta, Muse, Porcupine Tree, Opeth, Radiohead, Dream Theater, Pure Reason Revolution, Oceansize, etc conseguiram. Tudo bem, nem todas se enquadram no termo new prog mas, com certeza, são prog. Mesmo assim, não conheço nenhuma banda de new prog brazuca. Por que será?
18. O MIGUELITO E O CESAR NOS CONTARAM HISTÓRIAS ENGRAÇADAS ENVOLVENDO SUAS PESSOAS. E O EDSON? JÁ FICOU EM ALGUMA SAIA JUSTA OU ALGUM FATO HILÁRIO QUE PODERIA PARTILHAR COM A GALERA? ACHO INCRÍVEL A IDÉIA DA COLUNA ANTI-SOCIAL? QUEM FOI O RESPONSÁVEL POR ESSA DIVERTIDA IDÉIA?
Cara, tenho várias passagens hilárias em minha vida roquenrou; no entanto, uma em especial até hoje me diverte muito. Voltávamos, eu e aquela galera da minha rua, a pé, como sempre fazíamos, de um show dos Mutantes (fase prog) no MAM em 74. Como todos estávamos bêbados -e completamente enfumaçados- deu uma tremenda vontade de dar aquela mijada. Como o trajeto era muito escuro, esperamos chegar ao Consulado americano pra descarregar. Péssima idéia. O muro de pedra do Consulado, de uma hora pra outra, ficou totalmente tomado por uma dúzia de desesperados mijões lado-a-lado. Foi quando, de repente, apareceram três seguranças com seus ‘tresoitão’ apontados diretamente pra nós e começaram a nos chamar de subversivos fdp e teimaram em nos prender. Como era o único ‘dimenor’, fui separado do grupo pelo chefe da equipe que ficou o tempo inteiro me segurando pelo braço enquanto os demais sofriam humilhações e tomavam cascudos. Percebendo que a parada estava caminhando pra um desfecho não muito amigável, já que alguns de meus parceiros já estavam gritando ‘Abaixo a ditadura!’ e cada vez tomavam mais pescotapas, percebi que tinha de tomar uma atitude e só tinha duas opções: dizer pro chefe que era filho de militar (mas isso poderia livrar apenas minha cara e ainda me garantiria uma bela surra do velho) ou tentar quebrar na letra, usando minha capacidade de argumentação que já era bem afiada e, de repente, conseguir livrar toda a turma. Optei pela segunda e, sempre com muita calma e aceitando todos os esporros, consegui amolecer o comandante da tropa e livrar-nos daquela encrenca. Passado o susto, todos começamos a rir descontroladamente no resto do caminho de volta pra casa. Meu pai nunca soube desse entrevero e minha mãe só há alguns anos, hehehe.
Bem, a Coluna Anti-Social saiu da minha mente doentia com o intuito de reportar, sempre de maneira non-sense e num estilo meio Ibrahim Sued (o ‘papa’ do colunismo social), os encontros da gallera blogueira. E não é que faz sucesso? Tem uma visitante, a Biazinha, que leu todas as colunas de uma só tacada quando conheceu o G&B e se divertiu às pampas. É lógico que nem todas as esbórnias que promovemos vão parar nas colunas, pois banalizaria a parada.
19. E O DEBATE SOBRE PIRATARIA? PARA VOCÊ QUAL É A DEFINIÇÃO DE PIRATARIA? DOWNLOADS PREJUDICAM OU AJUDAM NA DIFUSÃO DAS BANDAS?
Apenas um item é pacífico na definição de ‘pirataria’: a intenção de auferir lucro seja através da venda e/ou de um banner de donate afixado no site. E só! Existem outras questões que ainda são controversas e devem ser estudadas com seriedade e isenção como os banners de anúncios e a inserção de pop-ups comerciais. É uma questão complexíssima e que, a cada minuto em que uma solução deixa de ser encontrada, mais complexa se torna pois novas mídias vão aparecendo. Uma coisa, no entanto, é certa: a forma de combatê-la está totalmente equivocada.
Outra certeza é que os downs ajudam, e muito, na divulgação de qualquer trabalho, seja de um artista plástico ou de uma banda, e a enorme maioria dos artistas já se rendeu a isso. De grupos de comediantes –Nós Na Fita, Os Melhores Do Mundo, Os Deznecessários, etc devem muito à internet seu sucesso no teatro- às bandas, todos se beneficiam -financeiramente, inclusive- com a grande rede. É anúncio gratuito (mesmo em horário nobre) em uma mídia que, em pouquíssimo tempo, atingirá mais lares que a própria TV.
20. FIQUE LIVRE PARA SUAS CONSIDERAÇÕES FINAIS. ANTES, A PERGUNTA INEVITÁVEL: DEUS SALVA E O ROCK ALIVIA?
Sou ateu desde as vésperas de minha Primeira Comunhão –na verdade, o processo iniciou-se aos oito quando descobri que Papai Noel não existia, isso depois de sair na porrada durante mais de dois anos com colegas de escola que insistiam em me alertar sobre essa cascata, hehehe- quando, nas aulas de catecismo, a Irmã teimava em não me dar explicações plausíveis sobre aqueles dogmas do catolicismo. Com relação à Bíblia, achava tudo muito bonito (posteriormente a li na íntegra duas vezes), mas me pareciam contos de Scherazade. Portanto, não me sinto capacitado a responder essa primeira metade da pergunta. No entanto, acredito que para os que crêem em um deus todo-poderoso, com certeza pode ser gerada uma força interior que realmente os leve a encontrar uma solução para seus males. Ou, ao menos, lhes dê essa ilusão.
Se o rock alivia? Acho que a música, toda e qualquer música, tem esse poder. Mesmo aquele funk carioca, que todos aqui detestamos, é a válvula de escape daquela molecada frequentemente utilizada como massa de manobra por todas as classes; o trabalhador rural, que retorna de um dia de labuta que iniciou-se as cinco da matina, tem seu merecido momento de alívio quando coloca uma moda de viola pra tocar; o peão de obra, quando pode parar pra ouvir seu forrózim; o auxiliar de escritório tem no pagode o mote pra driblar os dissabores daquela vidinha modorrenta, e por aí vai.
Não à toa a música é chamada de ‘Arte Pura’.
E como já falei demais e a nossa onda é mesmo a música, um vício para o qual não existe –ainda bem!- cura, vou adicionar um trecho de uma música do Bituca, e imortalizada pelo 14 Bis, que, penso, deveria nortear a vida de todos nós:
“Há um menino
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto balança
Ele vem pra me dar a mão”
Valeu, Paulão!
Apenas um item é pacífico na definição de ‘pirataria’: a intenção de auferir lucro seja através da venda e/ou de um banner de donate afixado no site. E só! Existem outras questões que ainda são controversas e devem ser estudadas com seriedade e isenção como os banners de anúncios e a inserção de pop-ups comerciais. É uma questão complexíssima e que, a cada minuto em que uma solução deixa de ser encontrada, mais complexa se torna pois novas mídias vão aparecendo. Uma coisa, no entanto, é certa: a forma de combatê-la está totalmente equivocada.
Outra certeza é que os downs ajudam, e muito, na divulgação de qualquer trabalho, seja de um artista plástico ou de uma banda, e a enorme maioria dos artistas já se rendeu a isso. De grupos de comediantes –Nós Na Fita, Os Melhores Do Mundo, Os Deznecessários, etc devem muito à internet seu sucesso no teatro- às bandas, todos se beneficiam -financeiramente, inclusive- com a grande rede. É anúncio gratuito (mesmo em horário nobre) em uma mídia que, em pouquíssimo tempo, atingirá mais lares que a própria TV.
20. FIQUE LIVRE PARA SUAS CONSIDERAÇÕES FINAIS. ANTES, A PERGUNTA INEVITÁVEL: DEUS SALVA E O ROCK ALIVIA?
Sou ateu desde as vésperas de minha Primeira Comunhão –na verdade, o processo iniciou-se aos oito quando descobri que Papai Noel não existia, isso depois de sair na porrada durante mais de dois anos com colegas de escola que insistiam em me alertar sobre essa cascata, hehehe- quando, nas aulas de catecismo, a Irmã teimava em não me dar explicações plausíveis sobre aqueles dogmas do catolicismo. Com relação à Bíblia, achava tudo muito bonito (posteriormente a li na íntegra duas vezes), mas me pareciam contos de Scherazade. Portanto, não me sinto capacitado a responder essa primeira metade da pergunta. No entanto, acredito que para os que crêem em um deus todo-poderoso, com certeza pode ser gerada uma força interior que realmente os leve a encontrar uma solução para seus males. Ou, ao menos, lhes dê essa ilusão.
Se o rock alivia? Acho que a música, toda e qualquer música, tem esse poder. Mesmo aquele funk carioca, que todos aqui detestamos, é a válvula de escape daquela molecada frequentemente utilizada como massa de manobra por todas as classes; o trabalhador rural, que retorna de um dia de labuta que iniciou-se as cinco da matina, tem seu merecido momento de alívio quando coloca uma moda de viola pra tocar; o peão de obra, quando pode parar pra ouvir seu forrózim; o auxiliar de escritório tem no pagode o mote pra driblar os dissabores daquela vidinha modorrenta, e por aí vai.
Não à toa a música é chamada de ‘Arte Pura’.
E como já falei demais e a nossa onda é mesmo a música, um vício para o qual não existe –ainda bem!- cura, vou adicionar um trecho de uma música do Bituca, e imortalizada pelo 14 Bis, que, penso, deveria nortear a vida de todos nós:
“Há um menino
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto balança
Ele vem pra me dar a mão”
Valeu, Paulão!
NÓS É QUE AGRADECEMOS! SEM DÚVIDA FOI UMA ENTREVISTA MUITO ESPECIAL. TENHO CERTEZA QUE A GALERA IRÁ CURTIR!
UM ABRAÇO!
Méquié? Vou tirar o cabaço da entrevista do BIBA CAMELO (A.K.A.PALOMA LOKA)....?
ResponderExcluirN-O-S-S-A QUE F-O-F-O !
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Gente finíssima da maior qualidade! Um cara calmo, de ótimo papo e conhecedor chato (as opiniões dele é que valem...), ou seja, é um EGOSOM, como o definiu um troll babaca.
Sinto-me um privilegiado por conhecê-lo e, melhor, tê-lo como AMIGO! Serei eternamente agradecido ao blog Lágrima Psicodélica por ter sido o responsável por isso.
Felicidades ao Edson e no seu próximo aniversário disponibilizarei em 154 partes um show em dvd triplo do ODAIR JOSÉ com participação especial do LINDOMAR "TRUE METAL" CASTILHO para ele não ficar reclamando e agradecendo ao César por ter gravado pra ele (preguiça, viado?)o show da reunião do Zep...
É ou não é uma Biba com sunguinha cor de rosa fúcsia, folks?! XD
Miguelito, el Gran Chihuahua y sacaneador oficiale do Biba.
Dá-lhe! rsrsrs
ResponderExcluirComo eu e Edson já viramos irmãos, a entrevista tem pouco que eu ainda não sabia (como o epsiódio do golpe militar, entre outros), mas é sempre bacana ficar a par e revisitar todas essas histórias.
Muita coisa ficou de fora, até pela modéstia desse maluco, porque ele não ia mesmo dizer que toca bagarái aquela guitarra e, também, não tem uma medida mais precisa de toda a sua simpatia.
Sensacional!! rsrsrs
Agora, Paulão, vou fazer uma sugestão: enquanto lia a entrevista fui percebendo o quanto as cores do blog atrapalham e cansam os olhos, por causa dos contrastes, ainda mais em entrevistas longas como as que você posta aqui; então acho que um fundo claro com letras escuras talvez torne essa tarefa ainda mais agradável e prazerosa.
Um grande abraço pros professores!
Valeu!
ML
VALEU GALERA.. CURTI MUITO CONHECER MELHOR O EDSON.. MAS ESSA FOTO COM AS EDETES...KAKAKAKA
ResponderExcluirMADYY LEE, VEJA SE FICOU MELHOR ASSIM. VALEU A DICA!
Gallera, Jack O Estripador (é a estréia dele por aqui) vai atacar:
ResponderExcluir-Uuuuuuuuiiiii, triiiiiichaaaaa!!!! Essa descabaçada não fez nem cosquinha. Tens certeza que tem alguma coisa que preste aí? Egosom é aquele cafetão que te explora, o Paulão 7 Palmos, seu féladamãe!!!! Sai dessa vida!!!
E pode postar esse show do Odair José com o Lindomar 'True Metal' Castilho em quantas partes vc quiser pois o César gentilmente já se ofereceu pra baixar e queimar o DVD pra mim, KKKKKKKK.
E só tenho 2 sungas: uma vermelha e outra amarela, porra!
Mordidas nas orêia enganchando por trás!;
-Sabia que tu não ia deixar barato, Celsão. Tá certo...filosofar...sei...;
-Realmente, irmãoSinho, acho q vc não estava presente qdo contei essa parada do golpe militar. Hoje, pelo telefone com Donanna, minha querida mãe, falamos a respeito e ela ficou abismada de eu me lembrar disso. Tenho q aproveitar enquanto o 'alemão' não chega ou a 'fumaça' não destrói os poucos neurônios que me restam, né? Valeu pelas palavras elogiosas aos meus dotes de guitarrista e a minha pretensa simpatia, hehehe;
-Paulão, te enviei essa foto pelo seu alto teor pornográfico. Sacou como minha Gibson Les Paul estava, digamos assim, ereta? hehehe A merda dessa foto é q a menina q eu tava pegando ficou quase totalmente escondida. Isso deu uma encrenca da porra!
[]ões enormes a todos!!!
Grande Entrevista Berlota.
ResponderExcluirEstes caras são lendas vivas.
Abraços a todos.
Faaaala Edson:
ResponderExcluirTenho certeza que aquele pouco tempo que convivemos já dá pra ter uma idéia do que ainda há por vir pode ter certeza. Parabéns pela entrevista, pela família e pela maneira, digamos, irreverente que você tem de ver as coisas pois em cada piada ou frase divertida há sempre uma profundidade de quem já viveu ótimos momentos e de quem respeita o ser humano. Saber viver é uma arte que poucos como você tem o privilégio de ter.
Parabéns pela figuraça que você é e com certeza iremos desfrutar de uma boa amizade.
Grande Abraço
Chegando agora de uma jam daquelas de lavar a alma e já vim dar uma checada, hehehe. Mais uma vez, devido ao alto teor de fumaça na cachola, algumas Itaipavas a mais (pó deixar, fui de metrô e voltei de taxi), louco pra tomar um banho e matar a larica com alguns bons sanduiches de biscoito maizena, vou convocar o Jack:
ResponderExcluir-Valeu Mr. Big! Não à toa, sempre me refiro a vc dessa forma. És a elegância em pessoa. E, por um acaso, fizemos uma 'Mr. Big' de uns 20 min., hehehe. Considere-se muito bem homenageado;
-Diiiiiga, ZéNato! Com certeza tivemos as melhores impressões um do outro. Mas o que me impressionou mesmo foi aquela sua maminha (ooops!) no alho...huuuummmm!!! Mermão, tô ansioso prum próximo encontro desses, agora no aconchegante QG do G&B, onde tudo começa ao meio-dia e só acaba...acaba??? hehehe
Valeu, gallera!!!
[]ões e deixa eu matar essa larica de uma vez!
PS: Professor, sei q não tô no meu juízo perfeito mas qual o fuso horário que vc tá usando? Tenho certeza que aquele meu 1º comentário foi feito depois de 18:30h, hehehe. E eu que sou o doido...
ESSE TAL DE EDSAM É FODA e DUKARALHO!!!
ResponderExcluirLER ESTA ENTREVISTA AUMENTA MINHA ESTIMA, RESPEITO E ADMIRAÇÃO POR VC EDSAM...
PARABÉNS POR TUA HISTÓRIA, TEU BLOG E BOM GOSTO MUSICAL... SEM ELES, NÃO SERÍAMOS PRESENTEADOS COM TEU SÁBIO CONHECIMENTO...
ABRAÇÃO!!!!!!
Paulão,
ResponderExcluirEu acho mesmo é q o teu material é melhor que o meu, kkkkk. Postei esse segundo comentário quase 1 da matina e o horário que tá marcando é 20:42h. Vá em configurações e acerta teu fuso senão vai te dar um jet leg da porra, hehehe.
A Itaipava tá dominando aqui no Rio. Já a consumo há 10 anos pois viajo (hoje nem tanto) muito praquela cidade desde moleque. O problema é que já estão 'se achando' e o preço tá subindo bagarai. Já vi muita cervejaria boa se dar mal por causa disso. Bem, são 11:55h e já tá na hora de apertar 1, tomar várias Itaipavas e brincar com a Fox Lady, hehehe.
[]ões
Tô te esperando de geladeira e braços abertos, Dagon, hehehehe.
ResponderExcluir[]ões
Aê Paulão, blz?
ResponderExcluirGrande iniciativa essa entrevista com o Edson.
Abraço