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domingo, 12 de abril de 2009

DUÍLIO SLAYER - HEADBANGER!!!!!


Duilio, banger das antigas, fã de Slayer é nosso entrevistado de hoje. Ficamos grato pela sua disponibilidade em trazer para a galera a história viva de quem fez o metal no Brasil. Nossa primeira pergunta é a de sempre:

Atitude:Quem é o Duílio Slayer?

Me considero um cara feliz por ter sido adolescente nos anos oitenta,e descobrir o metal quando ele estava nascendo no mundo, e acompanhei até o auge.




Duílio Slayer, você teve a oportunidade de viver o movimento headbanger em Sampa nos anos 80. Vamos começar falando do Vodu. essa banda marcou a história do metal pauista. Tive a oportunidade de tocar várias vezes em shows junto com o Pomba e em 1987 eles tocaram aqui em Bebedouro. Que lembranças você tem dessa banda? Que contatos você teve com essa galera?

Na verdade eu nunca assisti um ensaio do Vodu, conheci o Pomba através do pessoal do Anthares e na loja de camisetas Stone Shirts que ficava na rua augusta, próximo da minha casa na época.

Você tem notícias do Henrique, ex-vocalista do Anthares? Tenho informações que a banda foi reativada. Sabe algo a respeito?

Ouvi dizer que estão na ativa de novo, mas perdi contato, há muitos anos atrás fiquei sabendo que o Henrique estava morando no nordeste.
Acho que a banda está na ativa,mas a formação original,parece que restou pouco.

Atitude:Praça do Rock (aclimação), Rainbow Bar, Led Slay... o que esses nomes significam para você?

Boas lembranças de quando o metal estava a mil por hora, e surgiam bandas novas o tempo todo. Foi uma fase muito legal,aonde saiamos com os amigos detonando um metal no carro,pra chegar no Rainbow e assistir algum show,fazendo farra,jogando conversa fora.

Atitude: Entre as “bandas novas”, quais você considera que são os destaques atualmente?

Bandas novas, tenho acompanhado muito pouco. As que mais gostei foi The Force, banda do Paraguai com um som que te remete instantaneamente aos anos 80, Fueled by Fire,sem dúvida outra grande banda de thrash, e Violator, que é outra banda que toca um thrash arrasador direto de Brasília.


Palco do Rainbow Bar- Spectrus



Atitude: Dois shows considero inesquecíveis no Rainbow Bar: O do Cérbero e o do Anthares. Você esteve presente nesses dias? Que outros shows no Rainbow você poderia nos relembrar?

Estive no do Anthares ,pois o Aranha morava perto da minha casa e assisti vários ensaios deles,então queria ver os caras detonando lá, e outro foi do Vodu.

Atitude: Poderia nos dar detalhes sobre esses shows? O que ficou em sua memória?


Bom o que mais me recordo mesmo é de ficar pulando que nem um louco alucinado,dando cotoveladas e esbarrando nos outros ensandecido (rss..), o resto o goró deletou do meu HD cerebral.. rss..


Atitude: Ainda sobre o Rainbow Bar tem um fato interessante ligado a uma confusão com punks (aliás falsos punks). A banda Curto Circuito estava tocando e na saída uns bandidos vestidos de punks estavam assaltando a galera. Um dos roubados retornou e saímos em bando para pegar os safados. Você estava nesse episódio? Hoje , a distância no tempo, como você vê esse conflito entre essas turmas nos anos 80?

Não estava ,mas na época fiquei sabendo do acontecido.

Para se sincero sempre achei uma estupidez essa rivalidade,parece que hoje as coisas estão mais calmas nesse sentido.

Afinal se trata de música, e nos shows atuais as tribos convivem bem melhor, e isso é fundamental para o crescimento musical no Brasil e no mundo.


Galeria do Rock


A Woodstock e a galeria do rock eram símbolos especiais para o movimento. Hoje você ainda freqüenta esses locais? Qual a diferença entre o público da época e do de hoje?
Olha para mim era um momento mágico quando ia na Woodstock ,geralmente aos sábados e na galeria do rock,na galeria de vez em quando ainda passo e vou na loja do Marcião ( Music House) e não resisto e compro algum cd. O público antigamente era quase que exclusivamente formado por duas tribos ou punks ou quem gostava de metal. Hoje tem também um pessoal mais alternativo..rss

Atitude: O Márcio sempre foi um grande cara. Quando passar por lá mande um abraço para ele.

Mando sim, pode deixar, o cara é gente finíssima e manja muito de música.

Atitude: Depois dos quarenta somos chamados de dinossauros rsrsrs como você interpreta esse termo: positivo ou negativo kakakaka?

Olha eu brinco sempre que estou muito velho, mas o que importa é saber crescer e continuar tendo tesão pelas coisas que gostamos e manter os amigos e a família próximos. Mas não acho que seja negativo, eu estou bem resolvido,pelo menos nesse sentido, rss.
Atitude: Quais são as suas bandas preferidas? Cite os cinco discos que você considera mais influente na história do thrash Metal?

Minhas bandas preferidas são sem dúvida Slayer, Jag Panzer, Metallica ( até o Master of Puppets), Iron Maiden ( gosto muito Da fase com o Paul Dianno), e Black Sabbath que considero o início de tudo. Os discos mais influentes de thrash metal, na minha opinião são Hell Awaits, Pleasure to kill, Kill em ALL, Bonded by Blood e o Sentence of Death.

Atitude: Dos shows internacionais que você assistiu , qual o que mais lhe marcou?

Difícil responder qual mais me marcou,houve vários,porém o Slayer no Monster Of Rock, em Sampa foi monstro e o Metallica no Ginásio do Ibirapuera foi arrasador também.

Atitude: O Show do Slayer foi no Monster de 98, além desse monstro sagrado outras bandas participaram. Para mim a decepção foi o MANOWAR, que atitude mais poser querer confete o tempo todo. Adoro a banda em estúdio, mas ao vivo.. o que pensa sobre isso?

Eu gosto muito do Manowar, principalmente do Eric Adams, pra mim junto com Harry Conklin, Rob Halford, Dio e Bruce Dickinson formam a elite do metal gringo.
Porém, assim como você nunca gostei do visual e atitude dos caras.. meio farofa,,rss,mas respeito a banda pelos seus trabalhos e profissionalismo.
Eles tem um grande mérito, e possuem uma grande legião de fiéis seguidores por todos os continentes.




Atitude:Essa seqüencia de shows IRON MAIDEN, KISS, MOTORHEAD, HEAVEN AND HELL... dá pra pirar! Compare esse momento com as dificuldades para termos shows nos anos 80.

Não sei ao certo,havia muito menos shows naquela época,agora a coisa realmente melhorou nesse sentido,mas por outro lado o preço dos ingressos estão na minha opinião muito caros, considerando a renda média dos brasileiros. Acho que com a troca de arquivos,torrents, etc, a indústria da música e principalmente os artistas estão perdendo muito dinheiro,e como as gravadoras vão começar a ganhar também uma porcentagem da arrecadação dos shows, a tendência é ir ficando mais caro o ingresso. Uma pena,pois a grana não dá para ir em todos os shows que gostaria.

Atitude: Falando em shows internacionais, VÊNOM E EXCITER em 1986 ! Foi?

1986, inesquecível, o Exciter para mim roubou a cena ( não desmerecendo o Venom),mas realmente fiquei impressionado especialmente com a performance do Dan Beehler,cantando e destruindo a batera, aliás acho que o exciter foi uma das bandas que foram mais injustiçadas no metal, pois eram para realmente ficarem ao lado de grandes como o Slayer, Metallica,etc., pois talento e garra não faltava.

Atitude: Quando falamos desse show sempre penso na formação que o Vênom trouxe, sem o MANTAS a banda perdeu muito de sua agressividade. E a abertura do VULCANO? Curtiu?

Curti, mas nunca fui um grande fã da banda

Atitude: Que bandas brasileiras dos anos 80 simbolizavam para você a essência do metal brasileiro?

Comecei ouvindo Korzus,lembro de uma apresentação deles no Manbembe,então diria que Korzus, Vodu, Anthares, Vírus, Cérbero, representavam a cena oitentista tupiniquim.

Atritude: Você preserva seus vinis ou demo-tapes dessas bandas nacionais?

Infelizmente não, me desfiz quando sai da casa dos meus pais, casei, separei... me ligo em tecnologia e tenho muitos arquivos em mp3 e CDs.



O metal hoje ainda é atitude ou apelo comercial? por quê?

Para mim será sempre atitude,mas hoje tem cada lixo de banda tentando imitar as bandas antigas, e como o tempo de ouro do metal já passou, não diria que é um apelo comercial,mas falta de criatividade e a garra, o feeling praticamente se perdeu, com exceção de poucas bandas da atualidade.

Atitude: Você é um assíduo frequentador dos blogs. O que acha desse tipo de trabalho? Ficou satisfeito com o trabalho da equipe atitude?

Estou freqüentando mais assiduamente desde o ano passado, e fico feliz com o teu trabalho, teu blog está excelente, e é um trabalho muito importante de não deixar morrer o verdadeiro metal oitentista. Realmente só tenho que elogiar o teu trabalho e que você continue nessa empreitada, divulgando as bandas que realmente influenciaram musicalmente milhares de outras. Parabéns.

Atitude: Que disco gostaria de ver publicado junto a essa entrevista? Faça seu comentário sobre ele.

Putz, o que eu queria mesmo é aquela gravação ao vivo do Cérbero, o Live at the Rainbow, o batera arregaça!! Só que nunca consegui achá-lo na internet.

pronto, mando dois para você ok! após a audição gostaria de uma resenha para postar aqui ok!
AO VIVO NO LIRA PAULISTANA



Atitude: Dia 21 iremos promover o HEAVY METAL ASILO com bandas dos anos 80 ou que possuem integrantes que fizeram parte desse movimento. A Minha banda o SONS OF WAR irá tocar (ver o link no atitude underground). O que você acha dessa iniciativa?

Acho realmente fantástica essa iniciativa, e de que os mais jovens possam apreciar o verdadeiro metal.

Atitude: Gostaria de pedir sua opinião sobre o SONS OF WAR e o CRUCIA, bandas em que toquei nos anos 80 e que estaremos resgatando para o HEAVY METAL ASILO.

Gostei pra caralho!! Porrada na orelha como tem que ser!!!


Atitude: O metal brasileiro é politizado? O que acha dessa divisão entre TRASH, POWER, BLACK, DEATH, HEAVY etc...

Não acho que seja tão politizado assim, com relação a esta divisão para mim nunca fez muito sentido, pra mim se resume a amar a música pesada, não me importo e nunca me importei em definir a qual estilo pertence essa ou aquela banda. E cada vez mais aparecem esses rótulos, como brutal death metal, goregrind, splatter, para mim isso não faz muito sentido.

Atitude: Mas e a DORSAL ATLÃNTICA? A postura da banda liderada por Carlos Vândalo não era politizada?

Era é verdade, realmente tinha esquecido.


atitude: O que é ser headbanger hoje?

Não sei! Sei o que era quando tinha 17 ou 18 anos, quando não tinha internet, e ficava desesperado atrás de LP caríssimos, juntar a galera para ouvir um som novo de alguma banda, que alguém descobria, ir nos shows, na galeria, ser irreverente, usar as jaquetas com patches das bandas preferidas, com aquelas calças que não sei ainda como meu pé passava pela boca delas.. rss

(ESSE VISUAL REALMENTE ERA DEMAIS. TEVE UMA ÉPOCA EM QUE ME SENTIA O HOMEM DE FERRO...)

atitude: Agradecemos sua atenção, fique livre para suas mensagens finais. Um forte abraço

Realmente gostei de relembrar os velhos tempos, sempre tenho uma sensação de nostalgia, e mais uma vez gostaria de parabenizar o teu trabalho, que imagino não ser fácil, ainda mais agora que você não deve ter muito tempo para se dedicar, pois vem outras prioridades como trabalho, família, e portanto o teu trabalho no Atitude se torna ainda mais louvável.

Grande Abraço a você e teus colaboradores, e.. THRASH TILL DEATH!!
VALEU DUÍLIO - UM ABRAÇO MANTENHA A ATITUDE E APAREÇA SEMPRE EM NOSSOS BLOGS OK.

3 comentários:

  1. Obrigado Paulão,obrigado Powerhead,agradeço a oprtunidade desta entrevista, e desejo muito sucesso ao Atitude, e abração a todos, valeu!

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  2. REPRODUZO ABAIXO COMENTÁRIO FEITO PELO POWERHEAD:
    Valeu Slayer, grande entrevista.Valeu Paulão!

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  3. A POSTAGEM ACIMA FOI UM COMENTÁRIO FEITO PELO SLAYER ASSIM COMO O ABAIXO:

    Valeu Paulão pela surpresa, demais cara!!! forte abraço

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