RADIO A FERRO E FOGO

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terça-feira, 31 de março de 2009

MIGUELITO - HUMOR, INTELIGÊNCIA E CULTURA PELO MUNDO DOS BLOGS

O ATITUDE FANZINE TEM ME GERADO OPORTUNIDADES ÚNICAS DE CONHECER GRANDES CARAS. HOJE APRESENTAMOS UMA PESSOA COM UM SENSO DE HUMOR EXTREMO, CONHECEDOR DO ROCK E DEFENSOR DA CULTURA LIVRE. COM CERTEZA SERÁ UMA ENTREVISTA QUE IRÁ AGRADAR A TODOS!
1. Miguelito é um dos nomes mais conhecidos no cenário blogueiro. Quem é Miguelito e como começou seu envolvimento com os blogs? Pô, nem eu sabia dessa fama (ou má-fama?) toda...E se soubesse já teria cobrado algumas Kuanzas por essa entrevista. Afinal, minha proba-idônea-retilínea-pessoa do bem tem que pensar no futuro, pois se eu depender desses blogs inadimplentes...Top, top, top..Uh! O personagem Miguelito foi inspirado numa história em quadrinhos de grande sucesso nos anos 80 que é a "Los Três Amigos" (Angeli, Glauco e Laerte) e por causa das gozações feitas sobre o ídolo mexicano Miguel Acéves Mejía. Tenho 44 anos de idade (mas a mental é de quase 12...) e conheci os blogs em 2006 por indicação de um grande amigo chamado João Rafael, a quem sou muito agradecido por isso. Meus primeiros blogs acessados foram: Hard Blog; A Taverna do Bárbaro e Demência 13 - além do Lágrima Psicodélica e do Espírito Público. A partir daí, não parei mais com essa "cachaça" virtual.
2. Percebemos por suas postagens que você tem grande influência da cultura dos anos 60. O que aquela época representou para a cultura mundial? Sim, essa imagem de grande influência da cultura dos anos 60 é puramente por causa das postagens, mas não corresponde a verdade. Eu pude através dos blogs conhecer um universo musical maior do que eu já conhecia e, como toda novidade, dei sequência às postagens desse período. Mais do que os anos 60, são dos anos 70 para cá as minhas verdadeiras influências porque a minha década pra valer é a dos anos 80 e leia-se NWOBHM !!! Os anos 60 são um divisor de tudo o que se entendia por cultura até aquele momento. É um período muito rico em todos os sentidos do significado da palavra Arte e de muita participação jovem em diversos setores da sociedade, também. Para se ter uma idéia, eu li que antes do surgimento dos Beatles não havia o termo "teen" na Inglaterra... A década de 60 inspira até hoje grupos musicais por tanta riqueza e, sobretudo, liberdade de criação, expressão. Hoje em dia, tudo já sai "formatado" e classificado para consumo e acredito que isso acabe por limitar a criação do artista em si. Tudo é rótulo, pô!

3. Quando você começou a se envolver com o Rock? No contexto que você começou quais eram as bandas que dominavam o cenário? Como você caracteriza a música naquela época? Diferentemente de muitos amigos blogueiros, eu me envolvi tarde com o Rock. Meu contato com música vinha do hábito de meus pais ouvirem rádio. Porém, o que eu ouvia não me agradava. Mas não tinha consciência do que era Rock e então, eu ficava ouvindo músicas internacionais. A partir de 1978, com 14 anos, é que tive contato com o Queen - entenda-se "News of the World" - que tornou-se a minha banda favorita até o ano de 1982, quando ouvi lp's de bandas de rock da década de 70, como Deep Purple, Black Sabbath, Led Zeppelin e vi que era aquele som que eu verdadeiramente me identificava. Acho que essa aproximação com o chamado "som pesado" foi maior por causa da fase em que o Queen se envolveu com a música eletrônica e quando eu comprei o "Hot Space", vi que precisava ouvir algo que compensasse a minha frustração com aquilo... Interessante é que eu estava sempre uma década atrasado, conhecendo grandes bandas que não eram novidade para muitos, mas para mim, sim. As bandas que dominavam o cenário eram as da NWOBHM (New Wave of British of Heavy Metal), como Iron Maiden, Saxon, Samson, Venom, Angelwitch, etc, além de Motörhead, Judas Priest, Kiss e Scorpions. Estavam já começando as da Bay Area que acabariam por criar o gênero do Thrash Metal, como Exodus, Slayer, Metallica, Testament e Megadeth. Muitos falam que a década de 80 só produziu lixo. Eu acho esse tipo de opinião um tanto quanto mofada e, por conseqüência, datada. Não se pode achar que tudo é ruim e que nada prestava. Até porque comparar uma década com outra é uma questão de gosto. Reconhecer a superioridade dos anos 60 e 70 é um fato, mas resumir única e exclusivamente a elas tudo o que se fez de música já é um pouco demais para mim. A música dos anos 80 é a retrato de uma geração desiludida com o fracasso do movimento de Paz e Amor dos Hippies e imprensada numa perspectiva dominada, ainda, pela Guerra Fria e voltada para o mercado de trabalho, suas vantagens materiais e a aquisição dos bens de consumo. Eram os Yuppies, enfim, outros tempos
4. Qual disco marca seus primeiros contatos com o Rock? Você preserva seus vinis? Eu guardo a sete chaves minha coleção e ainda prefiro o som do LP ao som do CD e mais ainda do que o do MP3. O que você pensa a respeito? "News of the World", do Queen. Só tenho dois vinis dos inúmeros que tinha: "Rainbow Rising", do Rainbow e "A Corpse Without a Soul", um ep do Mercyful Fate que saiu pela Raven Records, em 1982 e que não existe mais! Pelo menos sobraram duas raridades... Bom, eu não troco o som do cd pelo do LP de jeito nenhum! Quando eu ouvi o meus primeiros cd's - Black Sabbath, "Never Say Die" e Metallica, ep "Creeping Death/Jumping the Fire" - sem aqueles abomináveis ruídos...Fiquei tão impressionado que limei minha coleção de vinis. Fui precipitado, confesso e me arrependo de não ter ficado com alguns registros, principalmente, os que tinha em Picture - disc. Catzo!!! Mas acho que a relação consumidor com o cd é mais impessoal do que em relação ao LP. Até por causa do tamanho das capas onde você ficava analisando a ilustração, por exemplo. O "Rainbow Rising" se encaixa perfeitamente nesse modelo! E que capa! Sobre o mp3, para mim ele é válido quando usa-se uma bitrate decente, ou seja, de 256kbps pra cima. Não havendo um cuidado com isso fica ruim de ouví-lo, certamente.

5. A primeira metade dos anos 70 foi mágica para o Rock. É comum colocar BLACK SABBATH, DEEP PURPLE E LED ZEPPELIN como a santíssima trindade do Rock. Você concorda? Se pudesse formar uma banda com membros dessas três entidades, qual seria sua indicação? É evidente que as três bandas citadas estavam muito acima da média e que talvez não tenham dado oportunidade para outras grandes bandas terem um reconhecimento maior como elas mereciam. Falo de Mountain, Cactus, Dust, Toad, Sir Lord Baltimore, Bang, etc, e que tinham excelentes músicos. Mas isso é mais tocante ao chamado Rock Pauleira e que fique claro. Até por que existiam na época grandes grupos de Rock que não eram desse estilo. Imagina só uma parada musical com Stones, Purple, Led, Pink Floyd, Dylan, Sabbath e dentre outros...Sonho!!! Putz ! Esse tipo de pergunta é um problemão...! A banda seria a Black Purple Zeppelin, pelo jeito...rsrsrs. Lá vai: Ian Gillan, vocais, John Bonham, na bateria, Geezer Butler, no baixo e...e...e...(ganhando tempo pra pensar na escolha)......nas guitarras Jimmy Page e Tony Iommi (sorry, Blackmore!).
6. Quais são os cinco discos que você colocaria no altar do Rock? Quais suas razões? Pergunta irmã da anterior...kkkkkkkkkkkkkkkkkk Cinco? Ok, lá vão eles: "In Rock", do Deep Purple; "Led Zeppelin II"; "Killers", do Iron Maiden; "Moonflower", Santana e "Captured Live", do Johnny Winter. E ficaram faltando outras dezenas!!! Razões? Na ordem: Fiquei impressionado com os vocais do Ian Gillan e acho que esse trabalho do Purple é um tanto quanto subestimado. Eu o acho muito melhor do que o endeusado "Machine Head" do qual só gosto das versões ao vivo; Os riffs da guitarra do Page nesse trabalho me fizeram entender por que desbancaram os Beatles da parada de sucesso na época; Meu primeiro lp do Iron e que achei agressivo, energético e muito bom do início ao fim; Uma gratíssima e inesquecível surpresa ao ouvir algo que não era Heavy Metal e me mostrou, felizmente, vida além do Metal; Um ao vivo que só saiu da minha casa quando o troquei pelo duplo (tive que comprar outro pra não ficar desfalcado!) "Live Evil", do Sabbath. "Bonnie Morone" e "Sweet Papa John", são obras primas desse trabalho do Albino do Blues !!!


7. Pensando em termos de atitudes políticas, quais são as grandes transformações que o rock passou nessas décadas de existência? Como não poderia deixar de ser o Rock passou por diversas fases distintas, ou seja, ora com postura de contestação e questionamentos (movimentos da beatnik, contracultura, hippie), da acomodação e deslumbre (meados da década de 70, Glam Rock), de revolta, medo e insegurança (provocados pela possível deflagração de um conflito nuclear justificado pela Guerra Fria), desilusão, ausência de perspectivas e negação de valores (movimentos punk, heavy metal e dark) e seus desdobramentos (o movimento das bandas de Seattle) para as décadas de 90 e até hoje. Acho que o Rock possui letras suficientemente capazes de gerar conhecimento, debates, reflexões e polêmicas quando apresentadas em sala de aula, por exemplo. Cito a música "Cortez, the Killer" do genial Neil Young, que se for utilizada numa aula sobre a chegada e invasão européia à América proporciona um riquíssimo instrumento de reflexão para os alunos não ficarem com a idéia de que a civilização só chegou aqui com os europeus, mas sim foi um modelo interrompido...;)
8. Miguelito se envolve com questões políticas? O Rock ainda tem força para mobilizar multidões? Particularmente falando, sempre me envolvi em questões políticas. Não cheguei a me filiar em nenhum partido e não o faria agora. Mas seguramente alienado eu não consigo ser e sempre defendi os interesses das classes onde trabalhei (bancários e professores). Porém, fico mais anarquista a cada eleição "com voto obrigatório democrático" (hã?) que se tem por aqui de quatro em quatro anos. Acredito que sim, que o Rock ainda pode mobilizar multidões, mas em direção aos estádios...! Acho que no máximo, o Rock pode inspirar algum movimento e não mais do que isso. A mobilização política das multidões tem que ter tradição, ou seja, a participação política na sociedade deve ser constante e sempre incentivada, pois ela como um todo cresce e se conscientiza. Mas depender de uma guitarra ou de um compositor por exemplo é ilusão, romantismo para filmes, ou seja, isso é folclore...

9. Nos conte em quais blogs você tem participação e como você analisa o trabalho em cada um deles. Assim como professor e médico não podem ter um emprego só, eu participo de três blogs. Porém, as duas categorias citadas recebem proventos, mas me, myself and I mesmo só consegue receber (participação) algumas Kuanzas ou Dólares Zimbabuanos quando aciona judicialmente os blogs Seres da Noite, A Taverna do Bárbaro e Hard & Heavy, dos quais, evidentemente, participo. O blog do SDN é o mais aberto (desculpe, Ser !) aos diversos estilos do Rock, pois tem como proposta não se limitar a um estilo. E abre espaço (ih...) para o Blues, também. Num primeiro momento, ele pode até parecer o contrário, mas não é. E eu vou elaborar postagens voltadas para o Heavy Metal por lá. Já adianto que postarei Mercyful Fate e a King Diamond Band em homenagem ao Edson que é fã ardoroso delas... Já "A Taverna do Bárbaro" é para quem gosta de Heavy Metal e todas as suas divisões (Black, Death, Speed, Thrash, Clássico, Prog Metal, etc) e até mesmo algo de Punk Rock, Hardcore, Splatter e Grindcore, também. Já o Hard & Heavy é mais voltado para o Hard (dããã) dos anos 70, 80 e que não seja AOR e de Heavy, entenda-se o que vai da NWOBHM ao Clássico (tradicional). Mais do que isso o Dagon vai lá e apaga a porra do post, né, cumpadi? O Slayer mandou muitas "lembranças"....kkkkkkkk Eu recomendo muito à todos que gostem de boa música uma visita a esses blogs. Diversão e conhecimento no talo, sem dúvida! Sem falar na qualidade das postagens e nos outros blogs irmãos que são ótimos, também. Confiram!

10. Sempre há postagens com grande toque de humor envolvendo você, membros do Seres da Noite e se não me engano do Gravetos. Me passa a impressão que você é alguém com uma grande alma e cheio de histórias para contar. É possível contar alguma história hilária que você vivenciou? Vale a pena explicar para os que não sabem a história da origem dessas encarnações frequentes, mas, antes, não seria possível mudar parte do enunciado que contêm "grande toque" (...) e "membros do Seres da Noite" , não? EU SOU ESPADA, PORRA ! >:/ E por incrível que pareça, o blog é sério, muito sério, pô ! Já "grande alma", enobrece a minha proba-idônea-retilínea-pessoa do bem e aumenta mais a minha semelhança com o Hurley, do seriado Lost...kkkkkkk Bom, eu conheci o Collective Collection primeiro do que o SDN. Achei alguns registros do Rock in Rio 3 e o Ser foi muito atencioso quando pedi para consertar uns links que estavam expirados. Através do Lágrima Psicodélica, eu achei uns links de trilha sonora de desenhos animados dos anos 70 e que eu, obviamente, assistia. O uploader era o Edson D'Aquino, do Gravetos e Berlotas. Também foi muito atencioso para renovar alguns links expirados, mas espero até hoje - "só" três anos - a música dos Herculóides...XD Nós fomos descobrindo coisas em comum durante os comentários feitos como: torcer pelo Botafogo (rá!), morar no RJ e ouvir muito Rock...Daí para marcar um encontro (isso soou meio gay...) foi um pulo (não recomendável por causa do meu peso...) e o resultado pode ser conferido hoje lá no SDN e no antológico post do Gary Moore, lá no Gravetos e Berlotas, com mais de 200 comentários. O Edson jamais conseguiria isso sem mim ! \o/ Bom, se depois dessa introdução eu não tiver uma coisa hilária pra contar, serei despedido dos blogs! O..O Simbora mi pueblo ! Rio Comprido, um bairro onde morei de 1977 a 1985. Cursava a antiga 7ª série e muito diferentemente do Ser, que andava de Mobilete com rodinhas para não cair e do Edson, que praticava surf com prancha de isopor na piscina do clube, eu jogava futebol de salão compulsivamente ! Era zagueiro e um chute de direita bem potente. E eu chutava qualquer coisa que via pela frente fosse o que fosse! De criança birrenta à bunda de aposentados, não passava nada! Até o dia em que voltando para casa e, entenda por "casa" uma que só se chegava depois de subir "apenas" 284 degraus(O..O), na Barão de Petrópolis, eu me vi diante de um embrulho de jornal largado "na chón"... Quando vi o tal embrulho, cheguei a ouvir uma voz dizendo "me chuta, vai!" e pensando ser eu um iluminado, um predestinado, "o" cara, enfim, o "The Choosen One", mandei ver um potente petardo de bico na joça do embrulho... Aí é que teve início a estapafúrdica tragédia de proporções greco-romana...Havia no embrulho uma considerável quantidade de...BOSTA ! E no "estado" mole, pastoso, chambele, musse se é que vocês entenderam...! Folks, a M-E-R-D-A espirrou no meu corpo e vinha do pé direito, subia pela canela, joelho, cintura, calça e chegou, pasmem, até o bolso do uniforme do Sagres!!! E sem falar na "chuva fecal" que provoquei e que, por sorte, não atingiu mais ninguém. Do contrário, eu não estaria vivo pra contar isso. CARALHO! EU FEDIA MAIS DO QUE LÁZARO RESSUSCITADO DA TUMBA; DO QUE MÚMIA INSEPULTA DO ANTIGO EGITO; RESTOS MORTAIS DOS SOLDADOS E ELEFANTES CARTAGINESES CRUZANDO OS ALPES E MAIS DO QUE DINOSSAURO COM DIARRÉIA POR EXCESSO DE FIBRAS!!! Não havia pessoas que não se afastassem de mim e se bobeasse, eu resolveria até trânsito engarrafado naquele dia...Depois de um "arranco de vômito" que ecoou por todo o elevado Paulo de Frontin e que mais parecia um sinal do fim dos tempos, foi heróica a minha volta pra casa e ainda ter que subir...284 degraus! Não levei porrada quando cheguei em casa por causa do meu estado. O que só aconteceria depois de um banho de álcool, creolina, desinfetante e qualquer coisa que me livrasse do "cheiro de cu sujo de australopiteco" que eu exalava. Desnecessário dizer que perdi a vontade de chutar o que via pela frente depois do ocorrido...
11. Das bandas atuais, alguma lhe faz gritar - ISSO É ROCK´N´ROLL? Felizmente, a australiana Wolfmother ! Yeah !
12. Como você analisa a trajetória do Rock Nacional? Nos anos 70 era comum ouvir que roqueiro brasileiro tinha cara de bandido! e Hoje, ainda há preconceito? O Rock Nacional indiscutivelmente é um fato. Mas até ele poder chegar ao nível de hoje o caminho foi muuuiiittooo longo. Lembra até aquela música do AC/DC a "It's A Long Way To The Top (If You Wanna Rock 'n' Roll). Teve que passar pelo período da Ditadura e isso, convenhamos, não é das melhores coisas a se enfrentar na vida artística. Com aspecto de cabeludos, então...Issoo sem falar na total ausência de infra-estrutura para shows, eventos...Tempos verdadeiramente heróicos e quando vejo hoje em dia a facilidade dessa geração em consumir Rock sem dificuldade...O..O Sempre existirá preconceito em relação ao roqueiro e ele deve se acostumar a isso. Mas deve tomar cuidado para não ser contagiado por isso, também. Acontece que diferentemente das décadas de 70 e 80, quem curte Rock atualmente é quase considerado "normal". No máximo, "está passando por uma "fase de auto-afirmação" que logo passa"...A minha dura até hoy!!! Eu só comecei a usar cabelo comprido aos 36 anos. É engraçado que quando ia todo sábado para a Tijuca (frequentava direto as lojas Subsom, Heavy e Fonit) quando entrava no metrô parecia um alienígena: Calça cheia de nomes de bandas, camisa de Heavy Metal e colete com estampa costurada às costas...Só faltava o cabelo comprido que, por força do trabalho bacário, eu não tinha. Pior era ser olhado como se fosse um leproso...Mas eu não estava nem aí porque nenhum deles pagava as minhas compras. Danem-se ! >:/ Certa vez, um idiota de um segurança do banco em que trabalhava veio com uma conversa fiada de que todo cabeludo roqueiro era viado. Ele dissera isso ao ver a capa de um lp que eu acabara de comprar. Era o Yngwie Malmsteen ("Odyssey").Como eu sabia que ele era evangélico perguntei se poderia chamar Jesus de viado, também. Aí ele não gostou e eu pedi que ele refletisse melhor sobre o que dizia constantemente. Pimenta no Jardim de Gethesemane dos outros é refresco!

13. Eu deixei um link de um vídeo junto a entrevista do JOSÉ RENATO no atitude fanzine. Gostaria que você desse sua opinião sobre ele. Sensacional esse vídeo ! Pô, um pai Oldbanger e um filho baterista de jazz? Essa família é feliz, muito feliz ! Só falta a vó por a dentadura, por que ficou parecendo a mais velha de todos! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Eu pretendo envelhecer assim, desse jeito. Acho mais honrado e menos decrépito... Nos anos 80, eu comprava uma revista importada chamada "R.I.P." e havia uma reportagem nela sobre o choque de gerações entre roqueiros. O assunto girava em torno de uma apresentação do Dio, em 1987, e fora presenciada pelo repórter que trabalhava para a revista e fazia a cobertura do evento. Nesse show, nos EUA, um jovem cutucou um outro expectador que tinha mais de 60 anos. Ele quis saber o que ele fazia alí, num show de Heavy Metal. A resposta dada pelo senhor sexagenário era de que ele estava ali por conhecer há décadas o trabalho do Ronnie James Dio e não estava tomando conta de um suposto filho no espetáculo. Também disse que o fato de estar presente ali numa idade considerada distoante pela maioria da plateia, era que permanecia fiel ao Rock, que para ele não era um modismo simplesmente, e que não era preconceituoso em relação aos mais jovens. O repórter terminou a matéria dizendo que os dois trocaram um abraço ao final do show e foram fuder no banheiro...Sacanagem! Eles cantaram juntos diversas músicas do Dio e se cumprimentaram ao final do show.

14. Existe uma grande polêmica sobre se a cultura livre é ou não pirataria. Qual sua opinião a respeito? Para mim falta um debate maior sobre essa questão. O que na verdade não se discute é o acesso à cultura. Os preços dos livros, cd's, dvd's, shows, peças de teatro são ABSURDAMENTE CAROS. Eu acho engraçado esses artistas que sobem em tratores e passam por cima de produtos piratas e que não tem da gravadora a numeração disponível do que vendem...Alienados é pouco! São uns BURROS, mesmo. Veja a atitude do Lobão...O cara só poderia ser roqueiro ! Ele exigiu a numeração em seus trabalhos para um maior controle e isso foi negado. Vendas, então, só em bancas de jornais...É por aí ! ATITUDE! Mas é mais prático dizer que há inúmeras pessoas envolvidas na concepção do produto, de que pirataria é crime, mas o cartel de preços - porra, toda promoção é 49,90, porquê?), não??? Um custo de um cd não chega aos 9 reais e por que ele tem que custar 45,00??? Para mim cultura livre não é pirataria. Eu não endosso pirataria, mas exijo um maior acesso mesmo que isso contrarie interesse escusos. Isso é CIDADANIA!

15. Gostaria que você indicasse um link de um disco para ser postado junto a essa entrevista e fizesse uma breve resenha sobre ele. Eu escolhi um post de quando não era colaborador oficial do SDN e o fiz em conjunto com o Morcegão. Aí está o endereço e trata-se de uma raridade para os amantes do Hard setentista para não ficarmos só no trinômio Zep-Purple-Sabbath...Trata-se do DUST e a resenha está contida no post, evidentemente! http://seres-da-noite.blogspot.com/2007/05/dust-2-cds.html



16. Quais conselhos você daria para quem está começando a curtir rock agora e para quem está começando a montar seu blog? Que ouça os mais variados estilos de todas as épocas até achar o que lhe melhor convêm, sem preconceito algum. Rock é um aprendizado e acho uma verdadeira estupidez limitar-se a um grupo, a uma banda, a um estilo só. A mente precisa abrir-se para melhor ficar esclarecida e não esclerosada... Para quem quer montar um blog que não o encare como diversão somente, mas, sim, um disseminador de cultura musical. Na medida do possível, ponha textos com os devidos créditos ou aborde assuntos polêmicos para incentivar o debate, também. E use a moderação dos comentários para exorcizar os trolls babacas... ;)

17. Qual foi o show que você esteve presente que mais lhe marcou? E qual seria o show que você entraria numa máquina do tempo para poder assistir? Verdadeira "casca grossa" essa primeira parte da pergunta...Ficarei com o Rock In Rio Festival, de 1985, porque engloba diversas bandas (Whitesnake, Iron Maiden, Ozzy, Scorpions e AC/DC). Entratria num máquina do tempo para ver o The Jimi Hendrix Experience, com certeza ! \o/

18. Você teve a oportunidade de visitar os blogs da Equipe Atitude? Qual sua opinião? Sinceramente, eu não conhecia os blogs da Equipe Atitude. E agradeço muito ao Dagon pela indicação. Mas já passei os olhos neles e já os coloquei em "meus favoritos", pois o trabalho desempenhado é muito bom e útil para não deixar que a alienação seja sinônimo de Rock... Parabéns pelo trabalho desenvolvido e ATITUDE na veia !!! 19. Dia 21 de Abril iremos fazer um show chamado HEAVY METAL ASILO, na verdade uma ironia pois acreditamos que os que curtem rock permanecem jovens no corpo e na alma. O que pensa sobre essas idéias? Acho excelente essa idéia e espero que muitos outros venham depois desse ! O Rock é atemporal e o corpo envelhece, sem dúvida, mas a alma é sempre moleque. O importante é ouvir boa música e esse tipo de evento ajuda a manter a chama do Rock sempre acesa. Ainda mais aqui no RJ que carece de eventos como esse e de programas de rádio decentes...Sucesso!!!


20. Uma pergunta final feita a todos os entrevistados DEUS SALVA E O ROCK ALIVIA?rsrrssr. Fique livre para deixar suas impressões, manifestar idéias, enfim escreva sobre o que der vontade rsrrsr. Um forte abraço de toda equipe atitude. O Rock alivia e muito. Ele ajuda a superar frustrações e renovar energias para seguir em frente e encarar a vida. "Tente Outra Vez", do genial Raul Seixas é um hino de renovação de forças maior do que estes "bosta sellers" de auto-ajuda... Mas...Deus? Como? Hein? Quem é? Não conheço e nem quero ser apresentado a ele !!! Prefiro o "Estrela da Manhã"... \m/..\m/ Primeiramente, gostaria de agradecer a equipe Atitude por essa oportunidade e aos amigos Dagon, Ser e Barbarian Fighter pelos convites para participar dos blogs e ao Edson por ser o maior sacaneado de todos (Ô Bibaaaaaaaaaa!) XD Um grande abraço aos diversos amigos e blogs irmãos que estão conosco nessa caminhada. ROCK SAVE OURS SOULS AND HEAVY METAL IS THE LAW! Finalizando, Roqueiro não deve ser sinônimo de alienado! Leia, estude, tenha avidez por cultura, informação, arte e lembre-se que um inculto é o tempero da massa de manobra do "establishment"...
Na verdade, tenha ATITUDE.
PELO FIM DO VOTO E DO SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIOS !
MAIOR ACESSO À CULTURA LIVRE, DJÁ !
MIEMCIMADESISEMDO, TAMBIÉN...
Ainda creio que receberei minhas Kuanzas depois dessa entrevista... Abração, Miguel (Miguelito, el Gran Chihuahua).
O HEAVY METAL ASILO ESTARÁ COBRANDO EM KUANZAS PARA PODERMOS HONRAR ESSE COMPROMISSO. NA FALTA DESSA VALIOSA UNIDADE MONETÁRIA GOSTARIAMOS DE SABER SE PODEMOS PAGAR COM DISCOS SERTANEJOS ROUBADOS DE NOSSAS AVÓS???
UM ABRAÇO IRMÃO, ESSA ENTREVISTA FOI DEMAIS!!!

JUDAS PRIEST - HEAVY METAL CLÁSSICO










Em setembro de 1969, Al Atkins (vocalista) e Bruno Stappenhill (baixista), dois amigos que moravam em Birminghan, Inglaterra, realizavam testes de audição de guitarras para sua banda. Dentre os vários que compareceram, estava Kenneth Kelvin 'KK' Downing, mas ele não chegou a ficar. O escolhido foi Earnest Chataway. O line-up foi completado com o baterista John Partridge. Bruno sugeriu que a banda se chamasse Judas Priest, nome tirado da faixa "The Ballad Of Frankie Lee and Judas Priest" de Bob Dylan. Após algumas apresentações, gravaram uma Demo-Tape com duas faixas com o objetivo de conseguir um contrato com uma gravadora. Sem atingir esse objetivo, em meados de 1970, decidem se separar.As divergências musicais aliadas a insegurança e a tristeza por não ter gravado o primeiro álbum foram os principais motivos. Al Atkins era o mais descontente com o estilo 'bluesy' que a banda tinha adotado e continuou procurando por músicos para seu novo projeto. Numa noite Al ouviu uma banda com 3 jovens que o entusiasmou. Um deles era KK Downing, guitarrista que Al já conhecia. Os outros eram Ian 'Skull' Hill (baixo) e John Ellis (bateria). Al perguntou ao trio se precisavam de um vocalista e a resposta foi positiva. Começaram ensaiar, mas Al não havia gostado do nome que iam batizar a banda, Freight. Decide sugerir o nome de sua ex-banda, Judas Priest. Todos foram unânimes em concordar.Após poucos meses, começam a tocar, abrindo para o Slade, Budgie e Warhorse. O baterista John Ellis deixa a banda, sendo substituído por Alan 'Skip' Moore.Em julho de 1971 gravam 2 músicas: "Holy Is The Man" e "Mind Conception". Seguem, entre 1971 e 1972, apresentando-se poucas vezes ao vivo, já que estavam concentrados em compor para o primeiro álbum. Tudo ia bem até que o baterista Alan Moore deixa a banda para integrar o Sundance, sendo substituído por Chris 'Congo' Campbell.Em 1973, excursionam como suporte para o Thin Lizzy e UFO. Mas, após os shows, Al Atkins deixa a banda por problemas financeiros e familiares. Na mesma época, Chris Campbell também deixa o Priest. Muitos pensaram que este seria o fim, mas KK Downing e Ian Hill decidem continuar. A namorada e futura esposa de Ian Hill, Sue Halford, indica seu irmão, Robert John Halford, para o posto de vocalista. Halford entra definitivamente no Judas Priest, trazendo consigo o baterista de sua banda (Hiroshima), John Hinch.Após algumas apresentações, um 'olheiro' da Gull Records os vê e os convida para entrarem em estúdio e trabalhar no lançamento do primeiro álbum. Nessa época, resolvem convocar mais um guitarrista para o grupo e o escolhido para o posto é Glenn Tipton.A banda começa a gravar o álbum, terminando-o após três semanas de trabalho. Dia 06 de setembro de 1974 lançam na Grã-Bretanha o debut, "Rocka Rolla" . Os músicos, mesmo descontentes com a produção de Roger Bain , tinham consciência de que o material era forte o bastante para falar por si.Em 1975, o Judas Priest excursiona pela Europa com o intuito de promover "Rocka Rolla". E a força da banda ao vivo pôde ser mostrada no Reading Festival, onde impressionam o público e a mídia. Após o show, o baterista John Hinch deixa a banda. Para seu lugar, recrutam o ex-membro Allan Moore. E começam a compor para seu segundo álbum.Em dezembro de 1975 entram no London's Morgan Studios para gravar "Sad Wings Of Destiny", lançado em março de 1976. Entre faixas do álbum, pelo menos 2 clássicos: "Victim Of Changes" e "The Ripper". Partem para uma tour pela Grã-Bretanha e, apesar de não contarem com nenhum apoio da gravadora, tocam de abril a junho. Mas, são recompensados com um contrato com a multinacional CBS/Columbia (atualmente Sony Music).Em seguida, entram em estúdio para a gravação do terceiro álbum, "Sin After Sin" , com produção de Roger Glover (então ex-baixista de Deep Purple). Como o baterista Alan Moore havia saído, o Judas Priest contou com os préstimos de um músico de estúdio, o ótimo Simon Phillips. O álbum saiu em abril de 1977 e atingiu a 23ª posição nas paradas da Inglaterra, eternizando músicas como "Sinner" e "Diamonds And Rust" (cover de Joan Baez). Após o lançamento, seguem em tour pelos EUA, onde tocaram como suporte para o Led Zeppelin, R.E.O. Speedwagon e Foghat, e Inglaterra abrindo para o Status Quo.O crescente sucesso do Judas Priest continuou com "Stained Class", lançado em fevereiro de 1978, com produção de Dennis McKay. O baterista já era Les Binks. Nesse álbum, o som tocado pelo Judas Priest começou realmente a chamar a atenção do mundo. Faixas como "Exciter", "Beyond The Realms Of Death" e "Better By You, Better Than Me" mostravam o poder de fogo da banda.Após a tour, a banda volta ao estúdio para gravar o próximo trabalho, com produção a cargo de James Guthrie. "Killing Machine" foi lançado em outubro de 1978 no Reino Unido, mesma época em que a banda parte para uma tour na Inglaterra. As faixas que mais marcaram neste lançamento foram "Delivering The Gods", "Hell Bent For Leather", "Burning Up", "Running Wild" e "Green Manalishi". No início de 1979, o álbum é lançado nos EUA, com o título de "Hell Bent For Leather".A tour mundial que se seguiu foi ao lado de bandas como o Kiss e AC/DC. Entre maio e agosto, o Judas Priest prepara o primeiro álbum ao vivo. "Unleashed In The East" foi gravado em Tóquio com produção de Tom Allom e até hoje é considerado um dos melhores álbuns ao vivo de Heavy Metal de todos os tempos, apesar de sabidamente ter muitos overdubs. Nessa época o baterista Les Binks deixa o Priest, sendo substituído por Dave Holland, ex- Trapeze.No início de 1980, começam a gravar "British Steel", lançado oficialmente em março. "British Steel é considerado um dos melhores álbuns do Priest e um marco do heavy metal, com faixas de fácil assimilação como Breaking The Law e Living After Midnight e outras mais pesadas como Grinder, Rapid Fire e Metal Gods. Neste mesmo ano, tocam na primeira edição do Castle Donnington "Monsters Of Rock Festival", ao lado de Rainbow e Scorpions.Após o fim da tour viajam para a ilha Ibiza, no Mediterrâneo, para pré-produção do álbum seguinte, "Point Of Entry". Apesar de poder contar com uma boa produção e de obter boa vendagem, o álbum não emplaca. Mesmo assim, faixas como 'Heading Out To The Highway", "Desert Plains" e "Hot Rockin'" conseguem virar clássicos.Depois de outra turnê mundial e um breve período de descanso, a banda se reúne para iniciar os trabalhos para o álbum seguinte, "Screaming For Vengeance".Com a produção novamente a cargo de Tom Allom, "Screaming For Vengeance" é lançado oficialmente em julho de 1982 e obtém a marca de 4 milhões de cópias vendidas nos EUA. O hino máximo "The Hellion/ Electric Eye" abre o álbum em grande estilo, seguido de faixas memoráveis, como "Riding On The Wind", "Bloodstone" e "You've Got Another Thing Coming".A tour de divulgação do álbum durou nove meses, sendo que seis deles somente nos EUA, ao lado do Def Leppard e Iron Maiden.Depois da tour, passam a se dedicar aos trabalhos do álbum seguinte, sempre com o auxílio do produtor Tom Allom.Em dezembro de 1983 sai "Defenders Of The Faith". Apesar da falha na tentativa de igualar o sucesso de seu antecessor, o álbum contém faixas magníficas como "Frewheel Burning", "Jawbreaker" e "The Sentinel". O único ponto negativo unânime foi em relação ao nível da gravação que, realmente, deixou a desejar.O ano de 1984 foi inteiramente dedicado à turnê mundial.No início de 1985, a banda se concentrou no Compass Point Studios, nas Bahamas, para a composição do álbum seguinte. Era o início da era digital nas técnicas de gravação e o produtor Tom Allom não hesitou em sugerir que o novo álbum fosse feito com o uso de técnicas mais modernas.Após um longo período de preparação, lançam "Turbo" , em março de 1986. Os velhos fãs torceram o nariz para esse álbum, com suas guitarras sintetizadas e bateria eletrônica.Partem para uma tour mundial (exceto Grã-Bretanha), a "Turbo-Fuel For Life Tour", que resultou em mais um álbum ao vivo, "Priest...Live!", lançado em junho de 1987. A imprensa, no entanto, não escondia o descontentamento com o direcionamento musical de "Turbo" e não poupou as críticas, escrevendo que a música da banda era irrelevante para aquela época.Em 1988 o Judas Priest chamou a atenção com a gravação de "Johnny B. Goode", cover de Chuck Berry.O novo álbum, "Ram It Down", lançado em maio de 1988, trouxe-os de volta ao Heavy Metal clássico, mesmo contando com uma produção com resquícios da fase "Turbo".Após a tour pela Europa e EUA, o baterista Dave Holland deixa a banda por problemas familiares pouco tempo antes de se iniciarem as gravações do álbum seguinte.Decidem convidar o baterista Scott Travis do Racer X, que aceita prontamente o convite. Com o sangue novo de Travis na bateria, partiram para o Wisseloord Studios, na Holanda, para gravar o novo álbum com produção de Chris Tsangarides.Em 1990 lançam o magistral "Painkiller", um álbum que causou impacto pela excelente produção e peso, colocando o Judas Priest como banda número 1 do cenário do Heavy Metal mundial. Todas as faixas mostraram uma banda atualizada, mais agressiva e muito mais técnica que o habitual e, entre as que mais se destacam, estão: "Painkiller", "All Guns Blazing", "Metal Meltdown", "Night Crawler" e "Touch Of Evil".No início de 1991, pela primeira vez, fazem uma escala muito especial no Brasil para um show em 23 de janeiro no "Rock In Rio II", realizado no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, ao lado de Sepultura, Megadeth, Queensrÿche e Gun's n Roses.Em junho de 1992, Rob Ralford anuncia que vai gravar com uma banda paralela, o Fight, mas afirmava à imprensa que não saíria do Judas. Mas, em setembro, deixa o Judas Priest para se dedicar exclusivamente ao Fight, levando consigo o baterista Scott Travis. Os outros músicos eram Brian Tilse e Russ Parish (guitarras) e Jay Jay (baixo).Em dezembro de 1992 KK, Tipton e Hill decidem abrir o jogo para a imprensa e concordam que Halford estava de fora do Judas Priest. A gravadora CBS lança, em abril de 1993, uma coletânea dupla, "Metal Works 73-93", além de um vídeo (lançado pela CMV), contando toda a história da banda, com depoimentos e imagens raras.Meses depois, Halford finalmente solta seu primeiro álbum com o Fight, "War Of Words", com um som mais simples, porém, muito pesado. Os fãs aprovam o Fight e ficam no aguardo de uma resposta do Judas.O Fight decola com uma tour mundial passando, inclusive, pelo Brasil. Na seqüência, lança o segundo álbum, "A Small Deadly Space", que dessa vez não agradou. Pouco tempo depois, Halford declara o fim da banda.Enquanto isso, o Judas Priest continuava a procura de um novo vocalista.A dupla KK e Tipton já estava compondo o novo material e Scott Travis decide voltar a seu posto no Judas, após o fim do Fight.Em março de 1996, Scott Travis entra no estúdio onde estavam preparando o novo álbum e mostra um vídeo de uma banda cover do Judas (Bristish Steel). O trio enlouquece ao ver o norte-americano, de Akron/Ohio, Tim Owens, cantando. Numa das apresentações da banda de "Ripper" Owens, Scott Travis os observou. Na ocasião, Scott chegou até a fazer um jam com a banda, tocando "Metal Gods" e ficou impressionado com a performance de Owens. Por isso, levou o vídeo do British Steel para ser analisado por Glenn Tipton. E, a convite do próprio Tipton, Tim Owens parte rapidamente para a Inglaterra para uma audição. Após o teste , Tim "Ripeper" Owens é anunciado à imprensa como o novo vocalista do Judas Priest.Neste período, Glenn Tipton já estava para realizar um de seus sonhos que, era gravar um álbum solo. Mesmo estando trabalhando no novo álbum do Judas, Tipton divide seu tempo entre os EUA (Los Angeles) e a Inglaterra (Londres), onde ocorreram as gravações de "Baptism Of Fire". Convidados ilustres, como Cozy Powell (bateria), Billy Sheehan, John Entwistle e Robert Trujillo (baixistas), participaram do projeto, que foi lançado oficialmente em fevereiro de 1997.Na mesma época, os trabalhos do novo álbum do Judas continuam. E, após sete anos de silêncio, é lançado "Jugulator" em 1997. O som é extremamente pesado, com guitarras mais distorcidas do que nunca e sem os solos harmoniosos de tempos passados. Na minha opinião, o ponto negativo do álbum foi a preocupação de Owens querer soar como Rob Halford, chegando a irritar.Em janeiro de 1998, começam a tour pela Europa e, apesar de não tocarem em grandes estádios, lotam as casas de shows em todos os lugares por onde passam. O resultado foi a gravação de mais um álbum ao vivo, "Live Meltdown' 98". Aqui já se nota um Owens mais solto e, agora sim, mostrando toda sua qualidade, se saindo muito bem inclusive nas músicas de Halford.Mas, Rob Halford consegue tomar a cena ao declarar ao mundo sua homossexualidade, coisa que todos já estavam cansados de saber. Após todo o falatório, Rob Halford monta outra banda, o Two. Ao lançar o álbum "Voyeurs" , o público desaprova o trabalho, que mixava techno e industrial com partes de guitarras pesadas (à la Nine Inch Nails), causando vários cancelamentos de datas pelo mundo. O Two chega ao fim, ficando o Rob Halford com sua própria carreira solo numa volta ao estilo que o consagrara no Judas Priest.Em 2000, Halford lança seu álbum "Resurrection", com uma sonoridade clássica e que teve ótima aceitação dos fãs. Em janeiro de 2001, durante sua turnê, Halford se apresenta com sua banda no Rock In Rio. Ao final da tour é lançado o ao vivo "Live Insurrection".Paralelamente à carreira de Rob Halford , o Judas Priest seguia firme e em julho de 2001 sai o álbum "Demolition". Seguindo as mudanças iniciadas em "Jugulator", o Judas tende ao metal moderno. Novamente gerou discórdias, com fãs radicais não o aprovando enquanto outros acreditam tratar-se de (mais um) excelente álbum.Após 10 anos desde a última passagem pelo Brasil, a turnê inclui datas em Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo.Em 2003 começam boatos sobre a saída de Ripper e a volta de Halford ao Judas Priest. Em julho a banda declara oficialmente em seu site a retorno de Rob Halford. Fora do Judas, Ripper assumiu o posto de vocalista na banda Iced Earth. Em 17 de novembro é lançado o DVD Electric Eye, que inclui diversos vídeo clipes, o show de 1986 em Dallas (o mesmo de "Priest Live") e apresentações no BBC.Em 2004 sai o box Metalogy comemorando o 30º aniversário da banda, que inclui 4 cds com musicas de toda a carreira (1974-2002) mais b-sides e versões ao vivo, e um DVD com o show de 1983 em Memphis.No início de 2005 é lançado o tão esperado álbum da volta do Priest com sua formação clássica . "Angel Of Retribution" mostra o Judas Priest de volta ao metal tradicional, com letras que citam referências a várias outras músicas e álbuns da banda. Os destaques ficam por conta de "Deal With The Devil", "Hellrider", "Judas Rising" e "Demonizer". Em setembro voltam novamente para apresentações no Brasil, agora em companhia do Whitesnake. Ao final da turnê mundial, lançam outro DVD gravado no Japão , "Rising In The East".Em 2008, o Judas Priest lançou "Nostradamus", álbum conceitual sobre o famoso profeta da idade média. Esse disco criou uma certa controvérsia entre os fãs por ser longo e "arrastado" demais devido aos diversos interlúdios e passagens orquestradas.Ao vivo, porém, suas músicas se saíram muito bem.

FONTE: FIREBALL

GRATO PELO EXCELENTE TRABALHO

domingo, 29 de março de 2009

BLACK SABBATH - HISTÓRIA (PRIMEIRA FASE)


BLACK SABBATH - PRIMEIRA FASE
O embrião do Black Sabbath surgiu no ano de 1966 em Aston, uma localidade de Birmingham, Inglaterra. A história começou quando o guitarrista Anthony "Tony" Iommi e o baterista William "Bill" Ward (ambos do grupo Mithology ) leram em uma loja, o anúncio de um cantor que foi à procura de músicos para formar uma banda. O cantor era John "Ozzy" Osbourne que foi um rival de Iommi durante a escola. Iommi e Ward foram para casa de Ozzy e decidiram formar um complexo musical. Osbourne levou ao grupo, outros dois músicos que tinham tocado com ele na banda Rare Breed: os guitarristas Terence "Geezer" Butler e Jimmy Phillips.
Mais tarde, Butler assumiu o papel de baixista, e foi também assoldato pelo saxofonista Alan "Aker" Clarke. A banda escolheu o nome inicialmente de Polca Tulk Blues e encurtado depois para Polca Tulk, e começou a construir um repertório, principalmente blues. Mais tarde, Clarke e Phillips saem do grupo e o restante dos membros decidiram alterar a denominação para Earth. A formação exibe em vários locais, tocando covers de Jimi Hendrix, Blue Cheer, Cream e The Beatles, e esculpiu o primeiro demo em 1968. É recolhido algum êxito no espaço de "pubs" britânicos e permitiu que o grupo a fazer o nome no exterior, graças a gerente Jim Simpson.
Após um curto período, o nome da banda foi mudado porque havia outro grupo denominado Earth. A escolha do nome, mais tarde, veio à idéia de Butler, um grande fã dos romances de "magia negra" e "terror" de autores como Dennis Wheatley. Butler tinha visto o filme de 1963, Black Sabbath por Mario Bava, e escreveu uma canção que incorpora o título do filme. Isto se tornou o novo nome do grupo.
O novo nome é acompanhado por uma transição para um novo som blues, em primeiro lugar com elementos do folk e, em seguida, com cada vez mais fortes e tons escuros até que uma nova solução para a qual o grupo tornou famosa e teria sido numerada para muitos críticos, como os principais pioneiros do heavy metal. O primeiro registro que a banda assinou foi com a Fontana Records e, mais tarde, com o Vertigo. No dia 13 de fevereiro de 1970, foi publicado o álbum de estréia da banda, intitulado simplesmente de Black Sabbath.


O primeiro trabalho, Black Sabbath, foi um grande sucesso (oitavo lugar nas classificações inglesas) devido, em grande parte, à atmosfera histórica de composições como "Black Sabbath", "The Wizard" e "N.I.B.". O disco, para muitos, foi a inauguração de um rock mais original, tanto no sentido sonoro quanto no que se refere às letras. Deep Purple e Led Zeppelin, outras bandas influentes do heavy metal da época, tinham um som mais melódico e mais próximo a outros estilos como o blues e o rock n' roll. A música do Sabbath a princípio tinha características semelhantes, mas com o tempo a banda investiu em um som mais pesado e com temáticas mais obscuras, com referências explícitas ao ocultismo, que era uma novidade e uma polêmica nessa época.
Embora essa espécie de temática pudesse ser eventualmente observada em trabalhos de outros grupos, como os Beatles e Led Zeppelin, o Black Sabbath, graças a sua persistência nessa proposta, foi em grande parte um responsável por um estereótipo que se perpetuou no universo do heavy metal. Este tipo de proposta levou a banda a sofrer numerosas críticas; os mais conservadores os acusavam de promover o "satanismo" e isso costumava alimentar reprovação de grande parte da opinião pública. No entanto, essas polêmicas só contribuíram mais para o sucesso que o Black Sabbath conquistou com sua grande audiência de jovens.


O próximo álbum, Paranoid, até hoje o maior sucesso comercial do grupo (primeiro nas colocações inglesas; sete discos de platina e um de ouro), é considerado de grande importância para as bases do heavy metal. O trabalho angariou para o Black Sabbath milhares de fãs em todo o mundo, graças a canções como "Paranoid", "Iron Man", "Electric Funeral" e "War Pigs". Com este trabalho, o grupo foi além da atmosfera sombria das músicas com temas mais maduros. "War Pigs", por exemplo, é uma crítica a políticos considerados responsáveis pelos horrores da guerra e "Iron Man" tem um texto puramente ciência-ficção.
Em 1971, o grupo publicou o terceiro álbum, Master of Reality, de sucesso notável. Provavelmente foi o álbum mais obscuro e introspectivo da banda. Este trabalho, junto com o Black Sabbath e Paranoid, é considerado o álbum que inspirou o doom metal[19]. Para além de canções do estilo Sabbath ("Children of the Grave" e "After Forever"), o álbum é conhecido, sobretudo, pelas suas estilísticas "alegações" (encontradas em canções como "Sweet Leaf", "Lord of This World", "Solitude" e "Into the Void"), que serviram de base para bandas como Saint Vitus e Candlemass.
Nota-se que o disco possui uma inovação particularmente interessante: Iommi, na verdade, toca com a guitarra em dó sustenido (um tom e meio abaixo da afinação tradicional), assim como Butler no baixo. Essa mudança, segundo declaração do guitarrista, foi feita por dois motivos: para se adaptar ao estilo vocal de Ozzy e para dar um som mais pesado para a sua música (mais tarde, a partir do álbum Heaven and Hell, a guitarra e o baixo são afinadas em ré sustenido). Devido a isso, o Black Sabbath talvez tenha inaugurado a chamada "limitação": uma prática que se tornaria quase uma norma para muitos grupos de rock e metal.




O álbum seguinte, Black Sabbath Vol. 4 de 1972, revelou a primeira de várias alterações no som da formação, devido a uma clara influência do rock progressivo. Um dos pontos fortes do álbum é a balada "Changes", onde Osbourne canta acompanhado por piano e cordas. A canção é um exemplo de como os sons da formação teve evoluído, mas canções como "Tomorrow's Dream", "Snowblind" e "Supernaut" ainda mostram seu lado musical mais profundo.

Black Sabbath em 1973, no Cal Expo Festival
Em 1973, a banda publica Sabbath Bloody Sabbath, álbum com a atmosfera caracterizada pelo rock progressivo ainda mais visível. Também conta a presença de Rick Wakeman do Yes que apareceu nos teclados, como membro externo. Entre as canções mais claramente progressistas pode citar a "Spiral Architect" e "A National Acrobat", mas ainda faltava o "clássico", com uma boa formação de "Sabbath Bloody Sabbath" e "Killing Yourself to Live". O disco foi outro grande sucesso e considerado um ponto importante na carreira artística.
Neste período, houve uma série de acontecimentos na banda. Todos os membros tiveram sérios problemas de dependência de drogas, em especial Osbourne e Ward que, após a admissão do cantor, fizeram uso de LSD todos os dias por mais de dois anos. Uma mudança de gravadora (de Vertigo para a Warner) tinha atrasado o lançamento do seu novo álbum, Sabotage, publicado somente em 1975. Do ponto de vista musical, o álbum é um dos mais variados do grupo, alternando as canções de heavy metal de "Hole in the Sky" e "Symptom of the Universe", para o canto gregoriano de "Supertzar", e sons de pop rock deAm I Going Insane (Radio)




O declínio e a despedida de Osbourne

O próximo álbum, Technical Ecstasy de 1976, foi álbum de acesos debates com os seus adeptos, devido a um som mais flexível e para a presença de maestro e sintetizadores musicais. Embora alguns considerem positivamente o disco como muito ambicioso e inovador, que ajudou a desiludir os fãs do estilo inicial do grupo.
Em 1977, após a turnê de Technical Ecstasy, Osbourne deixou o grupo, conseqüência de tristes vicissitudes pessoais, devido a morte do seu pai, para além dos problemas derivados da sua dependência de álcool e drogas já impagável. Os restantes membros do grupo chegaram experimentar durante alguns meses com o cantor Dave Walker (ex-Fleetwood Mac), seguido pelo momentâneo regresso de Osbourne para o item de 1978, o álbum Never Say Die!.
Este trabalho segue as pegadas do álbum anterior, com sons eletrônicos e experimentais (Don Airey nos teclados). Em qualquer caso, a resposta foi negativa pública, e garantiu como uma das piores da formação, sendo a faixa-título, a única para desfrutar de uma boa popularidade entre os seus fãs.
Em 1979, devido à irreversível conflito com outros membros da banda, Osbourne foi despedido pela sua tendência para o abuso de drogas e álcool. Após a saída de Osbourne, o grupo não apresentou uma formação sólida, atingindo muitas vezes, o ponto de instabilidade e assolando vários músicos durante a sua próxima carreira.

BLACK SABBATH - SABOTAGE

O DISCO MAIS IMPORTANTE DO BLACK SABBATH


BLACK SABBATH - SABBATH BLOODY SABBATH


BLACK SABBATH - SABBATH BLOODY SABBATH

MÁGICO!

BLACK SABBATH - VOLUME IV

BLACK SABBATH - VOLUME IV


SINCERAMENTE NÃO SABERIA DIZER QUANTAS VEZES OUVI ESSE VINIL. COMPREI EM UMA LOJA DA RUA DIREITA EM SÃO PAULO. ERA OFFICE-BOY DA VARIG E FICAVA IDOLATRANDO OS VINIS. UM A UM FOI CHEGANDO EM MINHAS MÃOS. ALGUNS SÃO ETERNOS. ESSE É UM DELES.

BLACK SABBATH - MASTER OF REALITY

BLACK SABBATH - MASTER OF REALITY

O TERCEIRO ALBÚM DO SABBATH TRAZ CLÁSSICOS COMO CHILDREN OF THE GRAVE. UM ALBÚM QUE DEMONSTRA A FORÇA DA BANDA QUE CONQUISTAVA GRADATIVAMENTE O POSTO DE MAIOR REPRESENTANTE DO ROCK PAULEIRA!

BLACK SABBATH - A MAIS INFLUENTE BANDA DE TODOS OS TEMPOS


COMO FANÁTICO INCONDICIONAL PELO SOM DO BLACK SABBATH NÃO PODERIA INICIAR ESSE BLOG DE OUTRA MANEIRA. ESCOLHI O PRIMEIRO DISCO PORQUE ELE REPRESENTA TODA A ESSÊNCIA DO ROCK PAULEIRA PRATICADO NOS ANOS 70 E QUE INFLUENCIOU TODAS AS BANDAS QUE SEGUIRAM ESSE ESTILO.
ESSE SERÁ UM BLOG EXTREMAMENTE SELETIVO COM POUCAS POSTAGENS PRIVILEGIANDO APENAS DISCOS QUE DEIXARAM MARCAS (INDEPENDENTE DO ESTILO) NA HISTÓRIA DO ROCK E SUAS VERTENTES.

ATITUDE CLASSIC ROCK


GALERA DECIDI ABRIR ESSE NOVO BLOG PARA ATENDER AOS PEDIDOS APENAS DE DISCOS CLÁSSICOS.

É MAIS UM TRABALHO DO ATITUDE UNDERGROUND EM DEFESA DO ROCK´N´ROLL!

sábado, 28 de março de 2009

JOSÉ RENATO - UM SER DA NOITE INVADE O ATITUDE FANZINE!



HOJE ATITUDE FANZINE RECEBE UM DOS SERES DA NOITE: JOSÉ RENATO. ELE FAZ PARTE DE UMA EQUIPE QUE REALIZA UM TRABALHO SENSACIONAL, CONTA COMO COMEÇOU A CURTIR ROCK, HISTÓRIAS, INDICA DISCO E MOSTRA GRANDE CONSCIÊNCIA EM RESPOSTAS SOBRE CULTURA LIVRE E POLÍTICA.
(na foto, José Renato e Celso )

Inicialmente a EQUIPE ATITUDE UNDERGROUND agradece a sua disponibilidade em nos atender e para começarmos nossa conversa gostaríamos que nos contasse quem é o JOSÉ RENATO.

R.Bom, eu tenho 50 anos (51 dia 14 de abril próximo), natural de Guaratinguetá/SP e residindo atualmente em São José dos Campos/SP, casado, dois filhos, um neto e daqui a uma semana também uma neta. Trabalho com Suporte de Informática nos Correios, desenhista artístico e enxadrista (classificado como forte enxadrista amador, não que isto represente muita coisa) e professor de Xadrez

OS SERES DA NOITE realizam um grande trabalho de distribuição de música com qualidade. Conte-nos um pouco sobre como surgiu à idéia de criar um blog e como tem sido a receptividade do público internauta.

R Na realidade a idealização do Blog foi toda do Cesar (Ser da Noite) e começou em 2006. Eu só fui conhecer Blogs de uma forma geral a partir do final de 2007, numa história bastante curiosa: Eu estava procurando um Disco (do America, se não me engano) e não encontrava de jeito nenhum. Como meus filhos tinham (tem) Orkut, pedi a eles verificarem pra mim se tinha alguma coisa a respeito do tal do Disco. Ele pesquisou e veio com uma lista de Sites. blogspot.com do qual eu nunca tinha ouvido falar e aí obtive a explicação. Depois disto não parei mais até hoje.Num destes acessos eu conheci o Seres da Noite e de cara criei uma empatia muito grande pelo seu idealizador, pois era um dos poucos que sempre respondia quando eu ou qualquer outro deixava uma pergunta nos comentários e via de regra atendia nossos pedidos. Num desses pedidos que alguém fez no Blog eu tinha o CD e me dispus a compartilhar (só não sabia como). Pacientemente o Cesar me deu um passo-a-passo, tirou dúvidas, e a partir daí passei a ser contribuinte ocasional do Blog. Posteriormente em 2008 recebi o convite para ser membro efetivo e estou lá até hoje.






Seres da Noite é um blog que está sempre trazendo clássicos para a galera. Como é que vocês com seguem tantas raridades?
R. Todos nós que fazemos parte do Seres da Noite somos antes de tudo apreciadores da boa música, em especial de Rock, e, antes mesmo da criação do Blog tínhamos um acervo bastante razoável de CD´s e Vinís. Além disso, estamos diariamente fazendo pesquisa de material por toda a Net na busca não só de raridades, mas também de novidades, fatosNovos, interessantes, enfim, nós do Blog sempre estamos atentos com o objetivo de sempre apresentar algo que venha a agradar a nós e aos nossos freqüentadores.


Como e quando você começou a curtir rock e qual banda você considera a primeira a lhe dizer: aumenta que isso aqui é rock´n´roll!
(foto Mark Farner)

R. Eu ouço rádio desde pequeno e invariavelmente um ou outro som chama mais a atenção, mas aprendi a essência do Rock na adolescência, participando de um grupo de amigos do meu primo (na verdade considero meu irmão) que se reunia na casa dele para trocar informações, novidades e ouvir som. Lá sempre alguém levava um disco novo que ouvíamos, dávamos Opinião, enfim... Isto me ajudou a ter certo senso crítico e a formar uma cultura musical baseada em Rock, já que era a grande maioria do material ali exposto. Comecei a ouvir praticamente de tudo, mas tive um "quê" a mais quando ouvia Led Zeppelin (o primeiro vinil que comprei foi o Led Zeppelin I), Grand Funk Railroad, Thin Lizzy, Black Sabbath e Pink Floyd.

Das postagens que você realizou qual você indicaria para nossos leitores e quais as suas razões?
R.Na realidade eu posso indicar quase todas, pois eu só posto aquilo que eu gosto efetivamente ou algo que alguém solicita e eu vejo que se enquadra na diretriz do Blog. Neste último caso raramente posto algo que eu não gosto, mas pode acontecer. No mais indico tudo o que coloquei no Blog.




Como você analisa as transformações que o rock passou a partir dos anos 70 (auge do True Rock) aos nossos dias? Você ainda vê o rock com energia para preservar um espírito rebelde?

R. Eu acredito que o fato histórico está diretamente associado à forma com que nós nos rebelamos contra alguma coisa que nos incomoda, e, neste caso, a música serve como válvula de escape para esta rebeldia. Sempre que algo nos incomoda de forma geral ou tentamos resolvê-la (se está ao nosso alcance) ou insurgimos contra na esperança de que alguém resolva.O Rock acabou se tornando um caminho ideal para este "grito de rebelião", mas, como todo meio que não tem regras específicas acaba sendo deturpado na sua essência e por vezes tratado como meio de prática de insanidade (total ou temporária) e perde a verdadeira essência da expressão. O Punk Rock, por exemplo, foi um ato nocivo ao movimento rock,Em minha opinião, pois apregoava a violência pela violência, de forma gratuita, e a partir daí, surgiram vários movimentos (principalmente na Europa) de vândalos que apenas se preocupavam em destruir. Fora isto, o Glam Rock, por exemplo, foi outra aberração caminhando na direção quase oposta e, salvo raras exceções, pasteurizou o Rock visando apenas lucros financeiros e imediatismo de sucesso na mídia, estrelato, etc, produzindo milionários sem qualquer amor à arte. Isto parece ter diminuído muito com o surgimento do movimento grunge, em Seatle, que pareceu ser uma "luz no fim do túnel" e de lá pra cá, o Rock parece ter retomado a sua inicial virtude de rebeldia com qualidade. Uma coisa é certa, apesar de todos os movimentos em contrário o nosso bom e velho Rock´n´Roll continua firme e forte, enquanto houver pessoas como nós (eu, você e todos aqueles que conseguiram captar a essência, o sentimento, a alma daqueles que plantaram a semente) que mantém a chama acesa e que atrai novos seguidores sempre.

Como surgiu a idéia do boteco do seres da noite?

R. O Boteco do Seres foi uma idéia minha aproveitando o "gancho" de alguns comentários surgidos em algumas postagens, tipo:- Isto aqui tá parecendo um Boteco... ou- Esta eu vou ouvir tomando uma...- Depois desta, só tomando uma...E outros inúmeros comentários sobre o fim de semana, etc. Na época a gente tava reestruturando o Blog, daí a idéia de nos finais de semana todo mundo postar o que quiser, da forma que quiser, como num boteco onde todos se encontram para falar de tudo e tomar uma cerveja, jogar sinuca, etc. Fazemos tudo isto com as postagens e os comentários...Na verdade é uma oportunidade de alguém que não vai a um Boteco sentir o "clima" de um Boteco, usando a música como parâmetro, motivo, pano de fundo, ou seja, lá o que for.

Recentemente vocês fizeram uma postagem do Wood & Stock o que nos remete a duas idéias: A CONTRACULTURA COMO UTOPIA e a CONTRACULTURA COMO DISTOPIA. Como você analisa esses dois momentos, um de esperança de uma sociedade melhor e outro de enquadramento as regras sociais.
R.Esta postagem não é minha, de modos que não posso falar pelo Miguel, mas falo aqui como parte integrante do Blog e, neste caso são duas coisas:a- A postagem foi feita por se tratar de material artisticamente muito bom (esta é a opinião de alguém que conhece o trabalhodo Angeli como cartunista e que nunca tinha visto este material - eu, no caso) e estar completamente casado com a diretriz do Blog.b- A possibilidade e oportunidade de mostrar coisa nossa também, importante, e que obrigue pessoas a pensar. Acho que este é o principal problema no mundo de hoje: tudo já chega praticamente pronto, pra criança principalmente, o que deixa uma margem muito pequena para usarmos a nossa criatividade e senso crítico. Provocar alguma reação é dever de toda mídia, da qual fazemos parte.

Já que entramos no assunto UTOPIA, você acredita na política? Quais são suas razões?
R. Eu acredito na política como instrumento de negociação, de gerencia, integração, enfim, é um instrumento do qual devemos lançar mão como forma de organização da sociedade, necessária para o crescimento da mesma e para que tudo se suceda dentro de uma certa ordem, mas não acredito nos políticos de uma forma geral, já que a maioria absoluta deles tende a desvirtuar a essência da definição e da palavra, usando-a não para o bem coletivo, mas ao próprio benefício.


Dia 21 de Abril estaremos realizando o PRIMEIRO HEAVY METAL ASILO com o objetivo de fazer um grande encontro da galera metal oitentista. Gostaria de saber sua opinião sobre esse evento e sobre esse vídeo (indicado pelo amigo Laaz de Portugal) http://www.youtube.com/watch?v=HOEp-xxqu3E&feature=PlayList&p=6D0B7BE7C513E46C&index=119

R. Com relação ao evento acho excelente, desde que tudo seja organizado visando os fãs (o público que irá assistir), pois, sendo assim, dificilmente acontecerá algo de ruim e todos sairão ganhando, pois certamente o evento será falado por anos e anos e novos iguais com certeza irão ocorrer. Estamos carentes de eventos desta natureza e o público certamente irá comparecer em massa e á partir daí só dependerá dos músicos fazerem a sua parte.Quanto ao vídeo, digamos que este sou eu amanhã, rsrsrsrsrsrsrs.

O que você achou dessa iniciativa do ATITUDE FANZINE de entrevistar a galera parceira da EQUIPE ATITUDE e mostrar ao mundo que está fazendo essa revolução mundial de distribuição de cultura livre?
R. Acho que todo mundo que tem algo a dizer, experiências a transmitir e faz coisas boas e importantes merecem ter seu trabalho divulgado para que o público em geral veja que no mundo ainda tem algumas trincheiras abertas com pessoas lutando pela cultura, pelo livre arbítrio, pela paz e não estão alienados e conformados, pois assim, quem sabe, estas pessoas possam contagiar outras e no fim a gente possa fazer a diferença.

Cultura livre para muitos é uma forma disfarçada de incentivo a pirataria, como você analisa essa questão?
R. É complicado realmente e muito polêmico este assunto, mas eu sou de opinião que tem que haver sempre um bom senso em tudo o que fazemos. No meu caso, por exemplo, eu faço isto porque acredito que se não fosse desta forma ninguém iria conhecer e/ou reconhecer o trabalho de toda essa gente que nós divulgamos no Blog, mas sou contra, por exemplo, você tirar vantagem financeira deste tipo de trabalho sem o devido reconhecimento ao autor da obra. Por isso, muito do material que divulgo eu tenho o original em casa. Se não tenho foi porque não encontrei, ou porque o preço exigido foi muito além do que eu avaliei como justo. Acho que o mercado de discos está a meu ver inflacionado principalmente porque tem poucas pessoas querendo ganhar muito dinheiro à custa de muita gente (nós consumidores no caso), e também porque não ligam para a arte propriamente dita, mas sim para o consumismo imediato agravado pelo contexto do que citei acima a respeito da pasteurização, já que tudo chega pronto, fácil para o consumidor e este não quer perder tempo pensando, questionando se é bom ou ruim. Apenas consome por necessidade... Por isso bato na tecla de que quem pensa tem que por vezes forçar uma situação para obrigar outras pessoas a conhecer outra situação longe da mesmice e do imediatismo. Esta é a nossa importância real, fazer as pessoas pensarem e então tentar mudar o Status Quo capitalista que se instalou no mundo.

Quais são suas bandas preferidas? Gostaríamos que você escolhesse um disco e mandasse um link e a resenha para ser postado junto a essa entrevista.

R.- Eu poderia enumerar um monte delas aqui, o que não é o caso, mas minha paixão mesmo é por Rock dos anos 70 (desde o Hard Rock até Progressivo, Folk, enfim, tudo o que seja de bom gosto). Para este evento escolhi uma Banda que tem muito a ver comigo e com o seu Blog, o KISS, e um disco que a meu ver se tornou a redenção da banda após um período de muitos problemas internos e de falta de qualidade musical. Este projeto "Psycho Circus" envolveu muito mais que o CD, pois na época eles tinham acabado de se reunir com a formação original e lançaram os quadrinhos (muito bons por sinal e que eu tenho também) e mais uma série de outros eventos e produtos que proporcionaram à banda ficar em paz novamente com o seu fiel público. Houve muita especulação em torno do disco, principalmente envolvendo Peter Criss e Ace Frehley, ambos com problemas de alcoolismo, drogas e de relacionamento com Gene e Paul por acertos financeiros, etc. Fato é que os créditos foram para eles, mas na realidade Peter Criss só participou de uma faixa: "Into the Void" e Frehley de tres: "Psycho Circus", "Into the Void" e "You Wanted the Best". Quem na realidade tocou nas outras faixas foram Bruce Kullic (Lead Guitar em "Within"), Tommy Thayer (Lead guitar nas outras músicas) e Kevin Valentine (drums nas outras músicas). O Link é: http://sharebee.com/0cad3bf1.


Qual disco você colocaria no altar do rock´n´roll?



R. Três discos que admiro muito mesmo são "The Dark Side of The Moon" (Pink Floyd), "Fly By Night" (Rush) e Led Zeppelin IV. Estes, com certeza estão no "Top Ten." da minha lista. Mas existem dezenas de Discos e conjuntos os quais tenho profunda admiração e seria muito difícil falar de uns deixando outros de lado.


Se você pudesse que montar uma banda hipotética, qual seria a formação que você gostaria de ver atuando em um show?
R. Esta é fácil: Fred Mercury - Lead Vocals, Jimmy Hendrix and Jimmy Page - Guitars, Jack Bruce - Bass e Neil Peart - Drums.Não sei se esta formação iria funcionar como conjunto, mas que individualmente são ótimos, com certeza são!

Em 1983, você foi no Kiss, inclusive relatou sua experiência no Atitude Underground. Qual é em sua opinião a principal diferença entre aquele momento underground e o atual?
No Brasil eu considero que naquela época tínhamos um delicado momento de transição para a democracia e tudo estava meio confuso e ainda sem um rumo definido. As pessoas estavam como que tentando se encaixar, se situar no contexto e esta situação fazia com que muitas pessoas se escondessem num estereótipo e se recusavam a sair dele com receio de serem mal interpretados ou acarretarem reações negativas, enfim, a maioria não queria verdadeiramente se expor e isto acabou criando um individualismo nocivo em todos os níveis da sociedade. Hoje os parâmetros são outros, as estruturas são outras, porém o casulo ainda persiste, na minha opinião. A pessoa ainda tem medo, não pelos mesmos motivos daquela época, mas porque são vítimas dos motivos daquela época. A diferença é que hoje já podemos nos expressar melhor e mais livremente, mas ainda temos medo de fazê-lo.


Percebemos que existe uma união muito grande entre a equipe do SERES DA NOITE, vocês já pensaram em expandir essa união realizando um encontro de blogueiros?
R. Esta "sintonia mental" no Seres da Noite existe e é transcendental, pois o Miguel ainda não conheço sequer por telefone (apenas por E-Mail), o Celso eu conheci quando visitei meus irmãos em Brasília no ano passado e o Cesar fiquei conhecendo pessoalmente apenas há duas semanas quando fiquei dois dias hospedado em sua casa, mas são pessoas que me passam a sensação de eu já tê-las conhecido desde pequeno, tamanha a empatia, a afinidade e a equalidade de pensamento que temos. Isto ajuda muito para que o Blog faça sucesso já que passamos confiança, sinceridade e clareza de opinião e todos passam a respeitar isto. Quanto à reunião sim, isto tem sido um constante pensamento de todos, mas esbarra na disparidade de localização dos Blogueiros, pois o nosso Brasil é imenso e ficaria muito difícil coincidir as agendas de todos em um único dia e local. Mas ainda estamos pensando no assunto e enquanto isto a gente se reúne de vez em quando, normalmente no Rio de Janeiro onde mora a maioria...
Quais shows você assistiu nos últimos tempos?
R.Não tenho ido a shows ultimamente por problemas de tempo e algumas prioridades financeiras que não me permitiram ter este tipo de extravagância. O último que assisti se não me engano foi também do Kiss no autódromo de Interlagos em São Paulo em abril de 1999 (foi meu presente de aniversário daquele ano).
Tem saudade da época do vinil? Sinceramente: qual tem a melhor qualidade - vinil ou cd?
R. O CD eu acho mais prático (melhor ainda o mp3), mas em termos de qualidade e realidade sonora nada ainda supera o Vinil. Acho que o Vinil traduz mais a realidade da onda sonora, mas tem a dificuldade de armazenagem e do material utilizado.

Das bandas que surgiram nos últimos tempos alguma lhe fez dizer: O ROCK ESTÁ VIVO!!!

R. Com certeza sim e isto está evidente na minha última postagem no Seres. A banda Black Bônus, por exemplo, é uma clara alusão de que ainda há esperança e que o Rock está mais vivo que nunca. Bandas como Nightwish, The Ladder, The Lizzards, Steel Train e The Recounters também podem ser citados como exemplos de que a "molecada" está um pouco mais "antenada" e procurando fazer música com qualidade e não apenas para consumo imediato.




Todo roqueiro tem histórias engraçadas para contar. Você teria alguma que pudesse partilhar com a galera?
R. Certamente tenho muitas histórias hilárias que aconteceram (e outras nem tanto), mas cito algumas curiosidades que muitos roqueiros, principalmente os próximos da minha idade, já passaram:Como já disse eu ouvia muito rádio desde criança, pois minha mãe gostava de música, mas ela queria sempre ouvir uma rádio diferente da minha e o rádio ficava na sala. Quando ela ia para o quintal estender roupa ou ia para a cozinha fazer almoço eu ia discretamente lá e mudava de estação. Ela voltava, passava pela sala e ia para o quarto e eu fazendo tarefa, quieto. Ela voltava do quarto e me dava uma bronca enorme, pois eu tinha mudado de estação (detalhe: ela nem percebeu quando foi para o quarto). Mal ela saia para a cozinha eu ia lá e mudava de novo e assim ficávamos até eu ter que almoçar e ir para a escola.Quando ganhei minha primeira eletrola, fiquei radiante! Éramos pobres e meu pai aproveitou uma oferta na "Eletroradiobrás" (lembram?) e comprou uma Phillips, cujas caixas de som eram a própria tampa (de plástico) que fechava a eletrola e pasmem era na cor "abóbora radiante" (horrível, diga-se de passagem, mas eu estava muito feliz com ela), só que meus pais não me deixavam ouvir meus discos (que eu ganhava nas gincanas e promoções das rádios - daí eu ficar atento às minhas rádios favoritas) e os que eu pedia emprestado de meu primo, porque eram muito "barulhentos". Então eu ficava no meu quarto trancado, sentado no chão perto da tomada onde estava ligada a eletrola com as duas caixas pressionadas aos ouvidos até sangrar para poder extrair o máximo de som que eu pudesse daquela maravilha que era o Rock'n' Roll e quantas vezes eu perdi a hora de ir à escola (e levei surra por causa disso) porque não ouvia minha mãe chamar...


Para finalizar uma pergunta clássica do ATITUDE FANZINE: DEUS SALVA E O ROCK ALIVIA? Após responder a essa questão filosófica, fique a vontade para falar sobre o que desejar e deixar uma mensagem para todos os que freqüentam o atitude fanzine. Um grande abraço e continue com esse trabalho fantástico no SERES DA NOITE.

R. Eu acho que este Ser, esta Entidade Maior a que convencionamos chamar de Deus está realmente acima de tudo e o Rock em sua essência maior nos ajuda a passar por esta vida com mais clareza de visão (na tradução macro da palavra), com a sensação de estar vivo, com a plena capacidade de que podemos ser algo e nos divertir muito com isto e que a arte é necessária para o crescimento do ser humano e sua constante evolução.Só tenho a agradecer a oportunidade de mostrar quem eu sou e tentar passar um pouco das minhas experiências de vida, e ser útil de alguma forma para quem puder ler e utilizar estas palavras para coisas boas, pois o nosso sofrido mundo carece de pessoas que produzem o bem e a paz. Tenham certeza que nosso trabalho é sério e estamos sempre tentando fazer o melhor e transmitir apenas coisas boas. Long Live to Rock'n'Roll!
VALEU JOSÉ RENATO, FOI UM PRAZER PODER PARTLHAR COM A GALERA ATITUDE UM POUCO DE SUA HISTÓRIA. NÓS SOMOS OS VERDADEIROS CONSTRUTORES DO MUNDO ROCK, ALGUNS FICAM NO TOPO, COMO ESTRELAS, MAS QUEM SUSTENA ESTÁ AQUI NO MUNDO REAL E NÓS FELIZMENTE FAZEMOS PARTE DESSE MUNDO.