RADIO A FERRO E FOGO

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sexta-feira, 19 de junho de 2009

JIMI HENDRIX - UMA HISTÓRIA QUE NÃO PODEMOS ESQUECER!!



"JOHNNY ALLEN HENDRIX/JAMES MARSHAW HENDRIX/JIMI HENDRIX" (27.11.42/18.09.70)



Se alguém lhe perguntasse, "qual é o melhor e mais famoso guitarrista de Seattle?", o que você responderia? Kurt Cobain? Tá brincando!! Na verdade ele era negro, ficou famoso primeiro na Inglaterra para depois ser reconhecido em seu país, Estados Unidos da América e, morreu precocemente no auge de uma carreira de menos de cinco anos. Deixou um legado de mais de 800 horas de gravações que talvez nunca sejam divulgadas. Mudou completamente o conceito de como tocar uma guitarra. Foi também o pioneiro na utilização de efeitos como distorção, que arrancava de velhos amplificadores saturados no talo. Ajudou/inspirou fabricantes a criar pedais de efeitos na forma que conhecemos hoje. Aquele de quem estamos falando nasceu Johnny Allen Hendrix, no dia 27 de Novembro de 1942 às 22:15 no King County Hospital, em Seattle. O pai, James "Al" Hendrix, tempos depois mudaria o seu nome para James Marshall Hendrix. Marcaria o mundo a ferro e fogo, porem, simplesmente como JIMI HENDRIX.


Segundo relatos de familiares, Jimi sempre gostou de música. Nunca leu nem escreveu partituras. Sua técnica era ouvir e aprender com mestres como Buddy Holly e Robert Johnson entre outras feras. Em 1958 forma a sua primeira banda, "The Velvetones", com duração de poucos meses. No verão do próximo ano com a sua primeira guitarra elétrica comprada pelo pai, uma Supro Ozark 1560S, começa a tocar com "The Rocking Kings". Nos anos 61 e 62 , período em que esteve alistado na aeronáutica até ser afastado devido a um ferimento num salto de pára-quedas forma "The King Casuals" com o baixista Billy Cox. Como Jimmy James, acompanharia artistas como Little Richard, entre outros.


Aparentemente, os primeiros registros sonoros de Jimi Hendrix são da época em que ele era integrante da banda de uma cidadão chamado Curtis Knight. Um disco lançado no Brasil em 1972 pela antiga gravadora Top Tape, "JIMI HENDRIX - IN THE BEGINNING", trás um texto dizendo ser esse álbum da fase pré "JIMI HENDRIX EXPERIENCE"..Esse material é de 1966 e nenhuma das seis músicas desse disco foram compostas por Jimi Hendrix, sendo uma delas "The house of rising sun", música que foi um grande sucesso com o grupo "The Animals", na voz poderosa de Eric Burdon


Depois de um tempo acompanhando Little Richard, forma "The Jimmy James and the Blue Flames". É lícito dizer que Jimi Hendrix começou a ser descoberto para o mundo em 1966 ,em Nova York, durante uma apresentação em Greenwich Village, a grosso modo, uma espécie de bairro do Bexiga (São Paulo) antes da decadência, num lugar chamado "Café Wha?". Entre os frequentadores , naquele memorável dia, estava Chas Chandler, baixista do The Animals que, visualizou em Hendrix o grande potencial que ele realmente tinha. Hendrix então, viajou com Chandler para a Inglaterra onde, com Noel Redding no baixo e Mitch Mitchell na bateria, formaríam o legendário "THE JIMI HENDRIX EXPERIENCE".


O cenário POP Britânico naquele distante 1966, era extremamente dinâmico. O primeiro grande sucesso da banda na Inglaterra foi "Hey Joe". Em 1967 a banda grava dois álbuns: "Are You Experienced?" e "Axis: Bold As Love". Faz duas grandes turnês Européias e também uma como banda de apoio dos horríveis Monkees, banda com "músicos" que no início, nem sabiam tocar e, em apresentações ao vivo, dublavam os verdadeiro músicos que tocavam escondidos atrás das cortinas. Detonam em Junho de 67 no "The Monterey Pop Festival", onde um Hendrix ensandecido incendeia literalmente a guitarra frente a um público ainda mais ensandecido. É interessante ressaltar a grande diferença entre o significado da palavra POP (popular) ontem e hoje. No Monterey se apresentaram também, entre muitos, Janis Joplin e The Who. Hendrix, Janis e The Who, eram POP!! E, o que é POP hoje? É melhor nem responder! Fariam também em 67 cinco sessões na Rádio BBC de Londres. Parte desses registros podem ser ouvidos no álbum "The Jimi Hendrix Experience Radio One", com 17 faixas incluindo uma versão de "Day Tripper" dos Beatles.

Da chamada discografia oficial, alem dos dois citados acima, Jimi Hendrix gravaria com Noel Redding e Mitch Mitchell o álbum duplo "Eletric Ladyland" com 16 faixas, incluindo clássicos como "Voodoo Chile", "Burning of the Midnight Lamp" e "All Along the Watchtower" de Bob Dylan. A produção e a direção é do próprio Hendrix. A capa é polêmica: 19 mulheres nuas, algumas segurando álbuns anteriores da banda. Esse trabalho é de 68. O sucesso e o reconhecimento alem das fronteiras de vários países não foram suficientes para manter os três membros da banda juntos. Um concerto no dia 24 de Maio de 1969 no "International Sports Arena", em San Diego, Califórnia , sinalizava que a banda estava próxima do fim, o que aconteceria no mês seguinte, após a apresentação do Experience em Denver, Colorado, onde foi gravado a última apresentação da formação original do "Jimi Hendrix Experience". Dessa ainda chamada discografia oficial, Hendrix gravaria com "The Band of Gypsys" (com Billy Cox no baixo e Buddy Miles nas baquetas) um álbum com o mesmo nome. Em Agosto de 69, antes da formação do "The Band of Gypsys", com o nome de "Gypsy Sun & Rainbows", com Mitch Mitchell, Billy Cox, Juma Sultan e Jerry Velez, se apresentaria no fantástico "The Woodstock Music & Art Fair", festival que resultou num documentário e álbuns ao vivo, onde está registrada a estraçalhante versão do Hino Americano executada por Jimi e sua Guitarra.

Hendrix retornaria com "The Jimi Hendrix Experience" sem o Noel Redding, substituido por Billy Cox, amigo pessoal , ex-baixista do Band of Gypsys entre outras atividades com o velho amigo. Duas faixas gravadas ao vivo com a nova formação podem ser ouvidas no álbum "The Jimi Hendrix Concerts". São elas, "Red House", gravada no dia 17 de Julho de 1970 em Nova York e "Hey Joe", gravada no dia 30 de maio de 1970 na California. Hendrix era um maníaco por gravações. Essa condição é facilmente explicável , como já foi citado, por ele não ler nem escrever partituras. Uma melodia, um "riff" novo, idéias novas, fatos comuns numa mente em constante ebulição/erupção criativa , eram gravados, não importando o local (Jimi Hendrix sempre carregava pequenas unidades de gravação). Estivesse num hotel, numa "Jam" com amigos, apresentações ao vivo, Jimi simplesmente registrava tudo em fita magnética . Dentro desse contexto, seu maior desejo era um estúdio de gravação construído nos seus moldes e necessidades .Esse desejo se materializou, muito embora meio incompleto, em Maio de 1970 no "Eletric Lady Studios", em Greenwich Village, o mesmo bairro que assistiu ao nascimento do mito, onde em meio a obras a serem finalizadas, Hendrix, Billy cox e Mitch Mitchel gravaram as faixas do que deveria ter sido um álbum duplo com o nome "First Rays of the New Rising Sun"



A MORTE DO GÊNIO



A sombra da morte sempre pairou sobre o show business. Uma sombra aditivada por drogas. Muitas drogas. Essa sombra se manifestou de forma dantesca no dia 18 de Setembro de 1970 no apartamento de Monika Danneman, namorada de Jimi Hendrix. Hendrix voltou para esse apartamento na manhã desse dia, onde depois de comer um lanche e escrever um poema, que seria apresentado por Eric Burdon do The Animals, já citado, frente às câmeras da BBC de Londres como uma nota de suicídio, tomou vários comprimidos para dormir de nome Quinalbarbitone . Dormiu. Quais serão os sonhos de um homem na sua última noite? Muitas pessoas sonham com a morte e acordam aliviadas. E quando o sonho é verdadeiro e não existe um dia seguinte?
Hendrix foi encontrado morto afogado no próprio vômito causado pelo consumo excessivo do maldito comprimido. O ultimo texto de nome "A História da Vida" falava de como a vida é mais rápida do que um piscar de olhos enquanto a do amor é um alô e até logo, até um próximo encontro. Eric Burdon mais tarde discordaria de suas próprias declarações de que o texto era uma nota de suicídio uma vez que vários textos de Hendrix sempre abordaram a temática vida/amor/morte . Hendrix experimentava uma nova fase de criatividade com estúdio novo, álbum novo, milhares de planos. Um homem que vive a vida nessa intensidade não pode pensar em suicídio. Não é lógico ,muito embora, nem sempre o cérebro funcione seguindo padrões ditos lógicos. Talvez praticasse uma espécie de autodestruição não concebida. O usuário de determinadas substâncias sabe do mal que elas produzem mas não acredita que um dia, alguma delas, poderá causar a sua morte.
A HERANÇA
A palavra herança remete a uma ampla gama de possibilidades. A primeira com certeza é a do modelo, a do exemplo deixado pelo criador, inspirando vários artistas com estilo e criatividade próprias mas, com características marcantes da matriz inspiradora. Vários guitarristas foram e são influenciados pelo grande Jimi Hendrix. O magnífico e também falecido Steve Ray Voughan , talvez seja o maior representante dessa linhagem de guitarristas influenciados pelo mestre. É impossível encontrar um grupo de Hard Rock, Blues, etc., que não tenha no repertório, banda de "covers" ou não, uma música de Jimi Hendrix..


Incontáveis são também os guitarristas que declaradamente despertaram para esse fantástico instrumento de possibilidades infinitas, depois de ouvir "Purple Haze", "Little Wing", ou qualquer outra obra prima dessa herança infinita. Herança, infelizmente, também significa cobiça, mesquinharia, oportunismo, falta de respeito, entre outras manifestações, daquilo que o ser humano tem de pior.
Al Hendrix, o pai, em 1970, logo depois da morte do filho, recebeu cerca de 20 mil dólares que Jimi carregava com ele quando foi achado morto e também alguns pertences de uso pessoal e algumas guitarras. Só depois de 75 começou a receber algum dinheiro sobre os direitos autorais da obra de Hendrix. Vários discos sem nenhum critério e controle foram lançados utilizando parte do grande acervo deixado, entre os quais "Midnight Lightning"e "Freedom". Ed Chaplin que foi o primeiro agente americano de Hendrix, recebía porcentagens sobre os três discos de Hendrix lançados com "The Jimi Hendrix Experience" e todos os lucros com o "Band of Gypsys" e, também lançou dezenas de LPs da época em que Jimi acompanhava o tal de Curtis Knight. Devido a obrigações contratuais, os últimos trabalhos de Hendrix com Billy Cox e Mitch Mitchell no Eletric Ladyland, como já foi citado anteriormente, que fariam parte de um álbum duplo com o nome "First Rays Of The New Rising Sun" ("Primeiros Raios de Um Novo Sol Nascente"), que marcaría uma nova fase na carreira de Jimi e banda, com a sua morte, foi mutilado em três, "The Cry Of Love", "Rainbow Bridge" e "War Heroes". Só em 1997, depois que a família de Hendrix ganhou na justiça o direito sobre a sua obra, esse trabalho foi lançado na integra, um CD com 17 músicas , com um encarte repleto de fotos e toda a história dessa verdadeira epopéia. É importante citar , também, as dezenas de discos piratas, a maioria gravações ao vivo de qualidade duvidosa.
A SAGA
Apesar dos abutres, a saga continua . Muitos perguntam o que Jimi Hendrix estaría fazendo hoje, caso estivesse vivo. Claro que só podemos especular a respeito. Talvez, trancado no Eletric Ladyland, hoje dirigido por seu pai, criando mais alguns clássicos. Ou então, garimpando novos talentos numa produtora/gravadora que viesse a fundar (a família dirige a "Hendrix Records"). A "Jimi Hendrix Eletric Guitar School", criada e dirigida também pela família, com certeza se sentiria honrada com a presença do mestre na sua direção, se é que se pode chegar a esse nível de especulação. Como única certeza, Jimi Hendrix faz muita falta. Num tempo de guitarristas quase sempre preocupados tão somente com técnica e velocidade, mesmo alguns que usam Hendrix como inspiração conforme já foi dito, a sensibilidade e o vigor musical do gênio parece que nunca mais serão igualados. Steve Morse (Deep Purple), Joe Satriani, Steve Vai, Jonhnny Winter,Tony Iommi (Black Sabbath), Martin Barre (Jethro Tull), Ritchie Blackmore, entre muitos outros, são grandes guitarristas com certeza.
Hendrix , porém, tinha como diferencial, uma espécie de magia, encantamento e uma alta capacidade de improviso que nenhum vídeo-aula é capaz de ensinar. No palco, um mago de esvoaçantes roupas coloridas , um ser híbrido fundido em sua Fender ,que alternava momentos de fúria e calmaria musical com domínio total sobre a audiência. Hendrix faz muita falta. Mas, como diz uma música do Iron Maiden, "only the good die Young" ("apenas os bons morrem jovens"). Que ele continue vivendo em nossos olhos, ouvidos, corações e mentes até o final dos tempos. (Niva dos Santos-28.05.00)
Links Interessantes:
Jimi Hendrix - Site Oficial
Jimi Hendrix na MCA Records
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domingo, 14 de junho de 2009

THE MOODY MARSDEN BAND - LIVE IN HEL UNPLUGGED


CLÁSSICO... ALTAMENTE RECOMENDADO!

INUSITADO: THE CHARQUE SIDE OF THE MOON


LEIA ISSO E BAIXE:

O lado sórdido da luaUma homenagem com um sabor salgado e bem peculiar. Um dos maiores discos da história do rock, o antológico The Dark Side of the Moon, do Pink Floyd, recebe uma nova interpretação toda à base da guitarrada paraense, com o carinhoso título de Charque Side of the Moon – em Belém, o charque é a carne bovina salgada preparada para um banquete (em outras regiões conhecida como “Carne-de-sol”) que também denomina, carinhosamente, a genitália feminina.Luiz Félix, guitarrista e vocalista da banda La Pupuña – e um dos mais fervorosos fãs da banda inglesa – resolveu dar à obra o seu olhar particular sobre o disco de 1973. “A idéia era manter a concepção do disco todo, mas dar a ele um sotaque paraense”, conta o músico, que trabalhou durante 45 dias trancafiado no estúdio do parceiro Fabrício Jomar, co-autor da obra.Boa vontade, fidelidade e uma forte dose de imaginação foram fundamentais para a homenagem paraense ao clássico inglês. O disco contou com 15 participações especiais e os custos não ultrapassaram R$ 500. Entre as participações estão nomes da nova geração do rock paraense, como a vocalista da banda Madame Saatan, Sammliz, que canta em Money; Pio Lobato e Guilherme (da banda Cravo Carbono) em On the run e Gaby Amarantos - cantora de technobrega que empresta seus gritos a The great gig in the sky. O trabalho reúne também músicos de outros segmentos como Mestre Vieira (Mestres da Guitarrada) e o grupo de carimbó Os Baioaras, que coloca uma percussão pesada em Time.A miscelânia de estilos musicais, no entanto, não compromete o conceito do álbum e mantém a fidelidade da gravação, como a separação de sons entre os canais, a ordem das músicas e todos os detalhes de The Dark Side... – aqui substituídos por elementos regionais, como a risada de Fafá de Belém em Brain damage, sinos da Basílica de Nazaré (em Time) e “barcos pô pô pô” (em Speak to me).*Por Marcelo Damaso - Fonte: http://www.overmundo.com.br/

sábado, 13 de junho de 2009

JESUS CHRIST SUPERSTAR - TRILHA SONORA



VERSÃO ORIGINAL COM IAN GILLAN NO VOCAL
http://rapidshare.com/files/216794711/Soundtrack__1970_USA__Jesus_Christ_Superstar.rar

YMA SUMAC - MIRACLES (1971)


DISCO PSICODÉLICO. CANTORA PERUANA DE MÚSICA LÍRICA FLERTANDO COM O ROCK DOS ANOS 60.
VALE A PENA CONHECER!

AVE SANGRIA -PERFUME y BARATCHOS


MAIS PSICODELIA BRASILEIRA NESSE AMBIENTE CONTRACULTURAL

FRANK MARINO & MAHOGANY RUSH - LIVE 1977


EXCELENTE POWER TRIO LIDERADO PELO MAGO DAS GUITARRAS FRANK MARINO
ALTAMENTE RECOMENDADO!

FRANTIC - CONCEPTION (1970)


GRANDE DISCO COM MUITA GUITARRA

SAM APPLE PIE - EAST 17


A TRIBUTE TO STEVE RAY VAUGHAN


MAGNÍFICO

IMPACTO CINCO - LÁGRIMA AZUIS (PSICODELIA BRASILEIRA)


FONTE: BRNUGGETS

COUNTRY JOE E THE FISH - FRESH FISH FOR THE MIND AND BODY


CASS ELLIOT - SOMEBODY GROOVY


UMA DAS VOZES MAIS MARCANTES DA FLOWER POWER

RUBY JONES - STONE JUNKIE (1971)


quinta-feira, 11 de junho de 2009

LED ZEPPELIN - LOS ANGELES - 1977











Disc 1 01. Introduction02. The Song Remains The Same03. The Rover Intro04. Sick Again05. Nobody's Fault But Mine06. Over The Hills And Far Away07. Since I've Been Loving You08. No Quarter09. Ten Years Gone
Disc 2 01. The Battle Of Evermore02. Going To California03. Black Country Woman04. Bron-yr-Aur Stomp05. White Summer06. Black Mountain Side07. Kashmir08. Trampled Underfoot
Disc 3 01. Out On The Tiles / Moby Dick (with Keith Moon)02. Guitar Solo03. Achilles Last Stand04. Stairway To Heaven05. Whole Lotta Love06. Rock And Roll

Jimmy Page :: John Paul Jones :: Robert Plant :: John Bonham . (Special Guest Musician: Keith Moon)

QUEEN - MERRYCHRISTMAS HAMMERSMITH (BOOTLEG 1975)




THANK YOU RAREMP3

STEELY DAN - LIVE




THANK YOU RAREMP3 EQUIPE

terça-feira, 9 de junho de 2009

JANIS JOPLIN - LIVE IN AMSTERDAN COM KOSMIC BLUES BAND (1969)


GRANDE SHOW DA VOZ DOS ANOS 60 E DE TODA CONTRACULTURA

JORGE MAUTNER - CONTRACULTURA BRASILEIRA


Rafael Sampaio – Carta Maior

RIO DE JANEIRO - Henrique George Mautner, mais conhecido como Jorge Mautner, iniciou sua carreira artística em 1958, quase por acaso. “Fui artisticamente descoberto na Revista Diálogo, onde textos meus foram publicados por Paulo Bonfim, Guilherme de Almeida e pelo filósofo Vicente Ferreira da Silva”, afirma ele, em entrevista à Carta Maior concedida durante a Bienal de Arte e Cultura da UNE.“Filiei-me ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) em 1963 e publiquei minha saudação a Brasília, que é o livro Kaos. Antes mesmo da cidade estar pronta, estive por lá, em 1958 e 1959”, afirma Mautner, que segue como um dos mais vigorosos artistas de sua época.Premiado com o Jabuti de Revelação Literária, em 1962, pelo livro Dança da Chuva e da Morte, Mautner participou do Tropicalismo, movimento artístico tupiniquim capitaneado por Caetano Veloso, Gilberto Gil, Torquato Neto, Gal Costa, entre outros. Conhecido pela alcunha de “artista maldito”, Mautner inspirou-se nos hippies e no movimento beatnik para criar, escrever e compor.Autor de dez livros, como Kaos (1963), Narciso em Tarde Cinza (1965), Vigarista Jorge (1965), Fragmentos de Sabonete (1973), Sexo do Crepúsculo (1982) e Floresta Verde Esmeralda (2002), Mautner ainda é poeta, cartunista, violinista, pianista, compositor, artista plástico, cineasta e cantor. Há três meses, ele lançou uma autobiografia, chamada O Filho do Holocausto, na qual conta detalhes de sua vida que até então permaneceram obscuros.Seu lado mais famoso é o de compositor musical. Mautner é considerado um dos mais gravados compositores em vida no Brasil. Dentre as suas criações, estão as músicas Lágrimas Negras, gravada por Gal Costa; O Rouxinol e Herói das Estrelas, gravadas por Gilberto Gil; e também Maracatu Atômico, que fez história na década de 70 e retornou como sucesso retumbante na voz e na ginga de Chico Science, morto há exatos dez anos em um acidente automobilístico.Dentre tantas criações de Jorge Mautner, encontra-se o filme O Demiurgo, considerado por Glauber Rocha como “o melhor filme já feito sobre o exílio”. Gravada em Londres em 1970, esta película reúne diversos artistas expulsos do país, como Jards Macalé, Dedé Veloso, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Leilah Assunção, Roberto Aguilar, Sandra Gadelha e o próprio Mautner, em uma trama chamada pelo artista de “chanchada filosófica”.Hoje, Mautner mantém o Pontão da Cultura do Kaos, que já visitou 22 pontos em cinco estados do país (São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Rio Grande do Norte). As apresentações performáticas de Mautner e Jacobina, montadas com causos, poesias e canções, abordam temas históricos que inspiram novos olhares sobre o mundo. No próximo dia 10 e fevereiro, fará a primeira apresentação do Pontão de Cultura do Kaos de 2007. O evento, aberto ao público, acontecerá às 15h no Instituto Pensarte (Alameda Nothamnn, 1029), e terá a participação do maestro Jacobina e do músico Jean Kuperman.



Leia a entrevista exclusiva que Mautner concedeu à Carta Maior:


Carta Maior - O que você acha que está sendo feito de mais importante, em termos de cultura afro-brasileira, no Brasil?


Jorge Mautner - A cultura afro-brasileira inaugurou, desde uma nova possibilidade de mundo, uma nova visão, que é algo além da mistura e da miscigenação. É um amálgama, nas palavras de Jorge Caldeira [autor do livro Noel Rosa, de Costas para o Mar], que não foi só feito com a independência de José Bonifácio em 1823, mas foi muito mais.O amálgama brasileiro é reinterpretado a toda hora. E existe uma absorção dos elementos que compõem esta alquimia, sejam eles indígenas, negros, europeus. Os bantos [grupo étnico africano] logo se misturaram com os índios e inventaram o Cururu [dança típica do Mato Grosso, organizada nas festas de São Benedito], o Cateretê ou Catira [típico do interior de São Paulo e Minas Gerais], e também esse obra amálgama criou a nossa viola caipira, e o nosso samba, que é antiqüíssimo.É bom lembrar a artística maravilhosa de Abdias Nascimento, que foi homenageado aqui, na Bienal da UNE. E também lembrar que a cultura negra invade tudo. O que é o Rock n’ Roll? O que é Rhythm and Blues? Veja você: o próprio Pavarotti quer cantar com o Caetano Veloso. Então, hoje em dia, a cultura negra tem uma abrangência enorme. A nossa música, assim como o futebol, tem ginga afro-brasileira. É a manha e a artimanha, e isso me lembra a capoeira, que é uma arte marcial inacreditável.Muita gente acha que a capoeira é só música e luta, mas não. Há uma linguagem simultânea, tríplice, que mistura a brincadeira, a dança, e a luta também. Ou seja: quando hoje se fala em multiplicidade, em simultaneidade, no mundo digital e quântico, basta olhar para a nossa cultura e vamos ver que isso já existe há muito tempo. Nossa cultura renova-se sempre, apesar de ter raízes antigas. Veja o hip-hop, o funk e o rap.Quero lembrar, inclusive, que o rap é literatura. Se a letra foi abandonada em outros estilos musicais, como a música eletrônica, com o rap a letra ganha importância. A letra está ligada às crises sociais, mas também às crises existenciais. Não existe mais essa separação do gênero musical, como quando comecei minha carreira: “eu faço letra de música social” ou “eu produzo música individual”, não, hoje em dia tudo está amalgamado, e o melhor, que é com clareza total.O Brasil é um gigante que se fingiu de invisível até agora. Mas não dá mais. Ou o mundo brasilifica-se, ou vira nazista. Nós somos a chave para compreender o futuro. Não é só o futebol, a música, as artes... É como já disse: “Jesus de Nazaré, os tambores de candomblé”.Na França, de onde vem a nata da realeza da Filosofia mundial, há um grupo de jovens que lançarão um livro chamado Teoria Rebelião conosco [do Ponto de Cultura do Kaos]. Estes jovens se intitulam “Os Sem-Filosofia” e estão desesperados com a situação mundial. Eles pedem auxílio aos artistas e intelectuais brasileiros para acabar com a terrível “compartimentação do conhecimento” que vitimou os europeus.


CM - O que dizer do maestro Julio Medaglia [criador do arranjo musical de “Tropicália”, canção de Caetano Veloso], que considera o hip-hop e o rap como “anti-música” por não haver melodia, apenas um ritmo monocórdico?


JM – Acho estranho, porque o funk, o rap e o hip-hop são de uma grande sofisticação, porque vão além da música tradicional. Tudo no Brasil começou como o mangue beat, que reúne a dissonância da música eletrônica e o ritmo dos tambores recifenses.Agora, pense: o rock quando surgiu era considerado pecado, considerado subversivo, mas nunca deixou de ser ouvido pelas pessoas. Indo além: o próprio samba era proibido pelo governo federal, até o início do Estado Novo, por ser altamente subversivo. Na década de 30, no Brasil, você poderia ouvir chorinho, lundu, modinha, mas o samba era um perigo.Está aí a origem do nome da primeira escola de samba do Rio de Janeiro, “Deixa Falar”, da qual faz parte o músico Luiz Melodia e que hoje se chama Escola de Samba Estácio de Sá.


CM – A propósito do tema “Deixa Falar”, você foi o primeiro artista brasileiro a ser exilado e um dos primeiros a ter sua obra censurada. Conte um pouco dessa época.


JM - Eu fui artisticamente descoberto em 1958 na Revista Diálogo, onde textos meus foram publicados por Paulo Bonfim, Guilherme de Almeida e pelo filósofo Vicente Ferreira da Silva. Em 1962, recebi o prêmio Jabuti de Revelação Literária, com Deus da Chuva e da Morte. Eu conto tudo isso numa autobiografia recente, publicada pela editora Agir, chamada O Filho do Holocausto. Bom, em 1963, eu me filiei ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) e publiquei Kaos com K, que para mim é uma saudação para Brasília. Antes mesmo de a cidade ficar pronta, estive por lá, em 1958 e 1959. Na época eu também escrevia uma coluna no jornal Última Hora, chamada de Bilhetes do Kaos. Um ano depois do golpe, em 1965, publiquei dois livros,Narciso em Tarde Cinza e o famoso Vigarista Jorge; por causa deles e por um disco com as músicas Radioatividade e Não, Não, Não eu fui enquadrado na Lei de Segurança Nacional.Fui exilado para Nova York, depois para o México e depois fiquei sabendo que Caetano Veloso e Gilberto Gil estavam em Londres. Lá, em 1969, eu os encontrei e filmei uma chanchada-filosófica chamada O Demiurgo, que tem vários artistas no elenco, incluindo os dois e eu mesmo.Caetano e Gil sempre quiseram voltar para o Brasil. Mas o comando da ditadura estava com os militares “linha-dura”, com [Garrastazu] Médici no poder. E os partidos não acreditavam que o regime estivesse chegando ao fim. Então a linha moderada do regime militar deu um sinal de que nós, artistas, poderíamos voltar para acelerar o processo de redemocratização. Então eu, Gil e Caetano chegamos ao Brasil em 1972.


CM – Enquanto você esteve no exílio, o regime militar chegou a monitorar suas atividades?


JM– Sim. Havia um sujeito que me procurava a toda hora, pedia meu endereço, e dizia ser meu fã, em Nova York. Eu recebia a visita do companheiro Roberto Schwartz, do PCB, uma vez por mês. Esqueci de dizer, mas fiz parte do Partidão por 30 anos. Bom, lá nos EUA, eu continuei minhas atividades políticas e reunia-me com os Panteras Negras, com os Students for a Democratic Society e outros grupos. A minha esposa, a Ruth, desconfiava desse sujeito que me seguia, ela dizia haver algo estranho. O sujeito disfarçava bem, porque conhecia a minha produção artística e também tinha uma “bagagem artístico-literária”. Anos depois, em 1985, eu já estava no Brasil e participei de um show no Rio de Janeiro. O tal sujeito foi me procurar no show para dizer: “Você lembra de mim? Naquela época, eu estava em missão pelo SNI [Serviço Nacional de Inteligência] e acabei virando seu fã”. Foi uma história engraçada. Além desse fato, eu sabia que havia espiões da ditadura seguindo de perto os passos de Gil e de Caetano, em Londres.


CM – Como ex-militante do PCB, qual tua opinião sobre a pauta racial dentro da esquerda brasileira, nos anos 1960? Pergunto isso porque foi tema de um debate ocorrido aqui na Bienal da UNE.


JM – O problema é o seguinte: a concepção do Partido era européia, e ele atuava no plano abstrato. Para o Partido, estas questões raciais eram alienadas. Não podia haver etnia, isto era coisa dos fascistas. Então, na esquerda, existia esse preconceito errado, que limitava a nossa atuação. Limitou a tal ponto que alguns setores da esquerda negavam o indivíduo e o desejo de prazer. Eu vou lembrar aqui o Leon Trotsky que, na véspera de sua morte, nos últimos escritos publicados no México, fez uma autocrítica. Ele assume que errou muito ao menosprezar a importância das etnias, do indivíduo, dos nacionalismos locais e das culturas. Acho que foi o grande erro dele, que era o mais abstrato e internacionalista de todos os revolucionários. Enfim, ele mesmo admitiu isso por escrito.Não tenho dúvidas de que o turbilhão existencialista, a realidade tão múltipla, a realidade aguda do ser humano, foi negada por tradição. É, de certa forma, uma herança do colonialismo. Existia esse favorecimento da erudição, do militante que é doutor e dos que não são doutores. Mas acho que tudo isso foi refeito no Brasil, de um jeito ou de outro. Porque aqui é a nação onde há o amálgama da predominância negra na sociedade, incluindo na esquerda. Aqui o candomblé foi reinventado e na África ele é imanentista, geográfico. Por uma genialidade, no Brasil, foram criados os arquétipos muito antes de Carl Gustav Jung [psicanalista suíço].


CM – Mautner, conte para nós sobre seus mais recentes projetos com os Pontos de Cultura.


JM – Pois é, tem o Ponto de Cultura do Kaos, onde eu trabalho. E desde março do ano passado estou visitando vários Pontos pelo país todo, viajando para a Amazônia, para Brasília, para São Paulo, para Goiás, para Pernambuco, para Pirinópolis, para Natal... O primeiro Ponto de Cultura que visitei foi em Belém do Pará, para encontrar o mestre Verepeto, um ícone do carimbó [dança indígena surgida na Ilha de Marajó]. Depois fui para a pequena cidade de Abaetetuba [localizada no Pará], em que fiquei duas semanas para ver os remanescentes de quilombos.Visitei Pontos de Cultura na zona da mata do Recife, como o terreiro de Xambá [primeiro quilombo urbano de Pernambuco]. Trata-se da única casa de candomblé com uma memória histórica preservada, com lembranças das perseguições sofridas. Há até um museu, em um dos andares da casa. Também na zona da mata, eu conheci muito do maracatu.É impressionante o que você encontra pelo Brasil afora. Em São Paulo eu encontrei um Ponto de Cultura evangélico, cuja música tradicional é o reggae. Trata-se de uma novidade antropológica sem fronteiras. Neste lugar, Nelson [Jacobina] e eu tocamos música de candomblé, de umbanda, e todos os presentes nos acompanharam e cantaram. Cada Ponto de Cultura vai além da imaginação, o entusiasmo é total e o amor pelo Brasil é absoluto, mas não é xenófobo, é de um otimismo inacreditável.

THE STOOGES - FUNHOUSE


segunda-feira, 8 de junho de 2009

BOSTON - DON´T LOOK BACK


WISHBONE ASH - SAME 1970


TRIUMPH - LIVE IN OTTAWA 82


TRIUMPH - LIVE AT THE US FESTIVAL


COVERDALE E PAGE - ENSAIOS 1993




UM DOS MAIORES ENCONTROS DO ROCK!

MIGUEL ABUELO & NADA (1974-1978)


MÚSICO ARGENTINO FALECIDO EM 1988. ESSE DISCO POSSUI MOMENTOS QUE SÃO CLÁSSICOS. VALE A PENA CONHECER!
PAULÃO

JEFF COOPER AND THE STONES WINGS - TRIBUTE TO JIMI HENDRIX


EXCELENTE DISCO. ALTAMENTE RECOMENDADO!

domingo, 7 de junho de 2009

BLACK SABBATH - COME TO THE SABBATH (1970)


BLACK SABBATH - ANGEL AND DEMON

BLACK SABBATH - BLACK NIGHT IN SAN FRANCISCO


BLACK SABBATH - DEMO-TAPE 1969


UMA PÉROLA CLASSIC ROCK
GRATO A EQUIPE GALERIAMP3

NAZARETH - RAZAMANAZ




UM DISCO PARA OUVIR NO MÁXIMO VOLUMR

NAZARETH LIVE AT BBC 1972-1977



As origens do Nazareth remontam a 1961, ano em que Pete Agnew fundou o "The Shadettes". A primeira formação deste grupo foi: Pete Agnew (guitarra e vocal), Brian 'Pye' Brady (guitarra), Alfie Murray (guitarra), Alan Fraser (bateria) e Bobby Spence (baixo).
O grupo ganhou consistência, nos anos de 1964 e 1965, com a chegada de Darrel Sweet e Dan McCafferty. Em 1968, dois acontecimentos muito importantes na história da banda: o ingresso do lendário guitarrista Manny Charlton e a mudança do nome para Nazareth.
Até então o grupo limitava-se a fazer covers; porém, com Manny integrado ao grupo, os escoceses passaram a compor material próprio.
Após a mudança para Londres, lançaram seu primeiro disco, chamado Nazareth, em 1971.
Em 1972 chamaram a atenção no mundo da música com o seu segundo álbum - Exercises -, o trabalho mais lento já realizado pela banda.

Todas as formações do Nazareth
Fase I(1968-1978)
Dan McCafferty - vocais
Manny Charlton - guitarra
Pete Agnew - baixo,vocais
Darrel Sweet - bateria
Fase II(1978-1980)
Dan McCafferty - vocais
Manny Charlton - guitarra
Zal Cleminson - guitarra
Pete Agnew - baixo,vocais
Darrel Sweet - bateria
Fase III(1980-1983)
Dan McCafferty - vocais
Manny Charlton - guitarra
Billy Rankin - guitarra
John Locke - teclado
Pete Agnew - baixo,vocais
Darrel Sweet - bateria
Fase IV(1983-1990)
Dan McCafferty - vocais
Manny Charlton - guitarra
Pete Agnew - baixo,vocais
Darrel Sweet - bateria
Fase V(1990-1994)
Dan McCafferty - vocais
Pete Agnew - baixo,vocais
Darrel Sweet - bateria
Billy Rankin - guitarra
Fase VI(1994-1999)
Dan McCafferty - vocais
Pete Agnew - baixo,vocais
Darrel Sweet - bateria
Jimmy Murrison - guitarra
Ronnie Leahy - teclado
Fase VII(1999-2003)
Dan McCafferty - vocais
Pete Agnew - baixo,vocais
Lee Agnew - bateria
Jimmy Murrison - guitarra
Ronnie Leahy - teclado
Fase VIII(2003 até os dias atuais)
Dan McCafferty - vocais
Pete Agnew - baixo,vocais
Lee Agnew - bateria
Jimmy Murrison - guitarra
O AUGE

Em 1973, a banda procurava por um produtor para seu próximo álbum, que haveria de ter um som bem mais pesado que o anterior. A escolha não poderia ter sido melhor: Roger Glover. Segundo Dan McCafferty, "Roger Glover acabou envolvendo-se naquele álbum, pois o Nazareth estava abrindo para o Deep Purple na parte inglesa da turnê. Estávamos procurando um produtor, e então tocamos nossas Demos para o Roger, que obviamente já havia nos visto ao vivo. Ele gostou do material e fomos para o estúdio. Tudo foi muito simples, pois todos sabíamos o que queríamos dentro da banda, e o Roger, por estar em turnê conosco, também sabia. Gravamos tudo em duas semanas, e tínhamos que fazer duas músicas por dia (risos). Teve que ser um trabalho bem objetivo!" (trecho de entrevista publicada na revista Roadie Crew, edição n° 76 - maio/2005 - com reportagem de Claudio Vicentim e fotos de Ricardo Zupa).
Assim, surgiu Razamanaz, que lançou o Nazareth ao estrelato e culminou com duas músicas qualificadas entre as dez mais tocadas no Reino Unido - "Broken Down Angel" e "Bad Bad Boy".
Os dois álbums que se seguiram, Loud 'N' Proud e Rampant, também foram produzidos por Glover, mas o sucesso foi um pouco menor.
O mais famoso álbum do Nazareth, Hair of the Dog, foi produzido pela própria banda e surgiu em 1975, sendo um marco para o Rock dos anos 70. Sua interpretação da música dos Everly Brothers "Love Hurts" resultou em disco de platina nos Estados Unidos e teve sucesso similar no Reino Unido. A este se seguiram uma série de álbums que estão no Top 100 do Billboard 200.
Em 1978, o guitarrista Zal Cleminson (Sensational Alex Harvey Band) juntou-se ao grupo, gravando apenas dois álbuns com o Nazareth. Zal, todavia, deixou sua marca: seu dueto com Manny Charlton no álbum No Mean City é até hoje lembrado como um dos melhores trabalhos com guitarras já realizados em estúdio. Zal foi substituído por Billy Rankin, na época com apenas 19 anos.
Em 1981 gravaram o festejado "Snaz", álbum originado de um show realizado pelos escoceses em Vancouver, Canadá, no dia 13 de maio daquele ano.
Um período difícil
Nos anos 80, o sucesso da banda já não era mais o mesmo, mas eles continuaram na estrada, procurando novos caminhos para o grupo.
O álbum "2XS", de 1982, trouxe as faixas "Love Leads To Madness" e "Dream On", que marcaram o retorno do Nazareth às rádios do mundo inteiro. A primeira delas, inclusive, foi um grande sucesso da trilha sonora da novela global "Sol de Verão".
Porém, nos dois álbuns seguintes (Sound Elixir e The Catch), a banda recebeu fortes críticas, sendo acusada de deixar um pouco de lado o rock and roll e se dedicar a um som mais pop. A balada "Where Are You Now?" foi o único hit deste período conturbado.
Billy saiu da banda em 1983 e o Nazareth voltou, assim, ao seu quarteto original.
O álbum Cinema (1986) trouxe de volta ao repertório da banda o seu rock competente, mas isso não foi suficiente para resgatar o grande sucesso dos anos 70.
Em 1990 foi a vez de Manny Charlton deixar a banda, para dedicar-se à carreira de produtor. Com isto, Billy Rankin foi chamado novamente, desta vez com a difícil tarefa de substituir um mito.
O início da recuperação
Muitos pensaram que a saída de Manny colocaria um ponto final na carreira do Nazareth, mas o amor ao rock levou os escoceses a continuarem na estrada. Billy, por sua vez, mostrou-se à altura do cargo.
No ano de 1992, o álbum No Jive foi muito bem recebido e devolveu ao Nazareth parte do prestígio que havia sido abalado nos anos 80.
Em dezembro de 1994, Billy deixou o Nazareth pela segunda vez e Jimmy Murrison foi escolhido como substituto.
Em 1995, a banda teve o ingresso, como tecladista, do experiente músico Ronnie Leahy.
No ano de 1999 surge o álbum Boogaloo, pouco divulgado, mas certamente um dos melhores álbuns já lançados pela banda.
Ainda em 99, mais precisamente em 30 de abril daquele ano, o inesperado: o baterista Darrel Sweet falece, vítima de um fulminante ataque cardíaco, minutos antes de um show que a banda realizaria nos Estados Unidos, na primeira parte da turnê de divulgação deste novo trabalho.
Após uma pequena pausa de alguns meses para absorver o duro golpe pela morte do amigo, os veteranos escoceses encontraram forças para voltar à estrada.
Pete chamou seu filho Lee Agnew, que era roadie da bateria de Darrel, para substituí-lo: o Nazareth estava de volta para continuar a turnê do álbum Boogaloo.
Nazareth no século XXI: rock e maturidade
Em 2002 lançaram seu primeiro DVD gravado ao vivo - Homecoming - onde os talentosos músicos da banda mostram que continuam em plena forma.
Em 2003, Ronnie resolve sair do grupo e o Nazareth volta a ter o line-up tradicional: vocal, guitarra, baixo e bateria.
Os DVD's From The Beginning e Live From Classic T Stage foram lançados no ano de 2005 e retratam dois momentos distintos da carreira da banda: o primeiro traz várias passagens dos anos 70 e o segundo foi gravado no mesmo ano de seu lançamento, em Londres.
Em 4 de agosto de 2006, mais um duro golpe para os escoceses: faleceu John Locke, ex-tecladista da banda, aos 62 anos, vítima de câncer.
O Nazareth é hoje considerado uma das bandas mais influentes no cenário do rock, sobretudo entre aquelas que ainda continuam em atividade. Seu rock vitorioso persiste, apesar das muitas dificuldades encontradas pelo caminho. A trajetória de sucesso destes escoceses tem sido atualmente considerada um ótimo exemplo para os músicos que estão em início de carreira, bem como para aqueles que sentem-se desestimulados após alguns fracassos na busca do sucesso. O motivo é que os veteranos Dan McCafferty e Pete Agnew jamais desanimaram diante das adversidades encontradas, enfrentando-as sempre com muita garra e amor ao trabalho que exercem.
FONTE: WIKIPEDIA